Sobre a noção de três espaços no cinema

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2019.159116

Palavras-chave:

espaço pictórico, espaço arquitetônico, espaço fílmico, Éric Rohmer, Fausto

Resumo

Em sua tese de doutorado sobre o filme Fausto (1926), do alemão F. W. Murnau, o cineasta francês Éric Rohmer identifica no cinema, ou pelo menos no tipo de cinema mais convencional e narrativo que lhe interessa, três aspectos do espaço que ele denomina: pictórico, arquitetônico e fílmico. Como veremos, se essa divisão pode, por um lado, servir a uma função didática ligada ao aprendizado sobre a composição visual das imagens fílmicas, ela se revela, por outro lado, reducionista e artificial ao ignorar, ou ao menos desprezar, a componente temporal do cinema em favor de sua faceta espacial.

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Biografia do Autor

  • Cristian Borges, Universidade de São Paulo (USP), Brasil

    Cristian Borges é professor do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão e do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais da Universidade de São Paulo (USP). Doutor em Cinema e Audiovisual pela Universidade Sorbonne Nouvelle – Paris III e mestre em Cinema pela Universidade de Bristol (ambos com bolsa da Capes), foi pesquisador-visitante de pós-doutorado na Columbia University e na Tisch School of the Arts da New York University (com bolsa da Fapesp) e professor convidado na Universidad Iberoamericana do México. Cineasta, realizou sete curtas-metragens em cinco países e foi um dos fundadores do Festival Brasileiro de Cinema Universitário da Universidade Federal Fluminense (UFF). Organizou mostras e livros no Centro Cultural Banco do Brasil e na Cinemateca Brasileira sobre Agnès Varda, Alain Resnais, o Novo Cinema Independente Alemão e Harun Farocki. Diretor do Cinusp e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual (Socine), é também vicecoordenador do Laboratório de Investigação e Crítica Audiovisual da USP (Laica). Nos últimos anos, tem se dedicado a pesquisas relacionadas ao movimento nas/das imagens e às relações entre cinema e dança, tendo realizado recentemente três curtasmetragens de dança com alunos do Curso Superior do Audiovisual da USP e bailarinos da São Paulo Companhia de Dança.

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Publicado

2019-08-31

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Sobre a noção de três espaços no cinema. (2019). ARS (São Paulo), 17(36), 135-143. https://doi.org/10.11606/issn.2178-0447.ars.2019.159116