Contribuição ao estudo da dosagem dos sôros antipeçonhentos: Confronto entre dosagens pela determinacão das anticoasulinas especificas do plasma e o poder antitoxico do sôro

Autores

  • Lucas de Assumpção Instituto de Hygiene de S. Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2359-537X.v0i33p3-28

Resumo

1) - Existe parallelismo entre o poder toxico do veneno de Lachesis lanceolatus e o seu poder coagulante. 2) - Não existe relação entre o poder toxico do veneno de Lachesis lanceolatus e o seu poder de neutralisação pelo sôro especifico. 3) - Ha differença, como verificaram Vital Brazil e J. Vellard, na relação existente enti:e os dois methodos de dosagens conforme se trate de veaeno crotalico ou de veneno bothropico. 4) - Em relação ao veneno Crotalico (Crotalus terrificus) as anticoagulinas do plasma correspondem approximadamente ao poder antitoxico do sôro, como foi verificado pelos auctores do methodo. 5) - Com o veneno bothropico (Lachesis lanceolatus) a relação entre as anticoagulinas do plasma e o poder antitoxico do sôro não é fixa, dependendo dos poderes coagulante e toxico desse veaeno: com o veneno padrão de jararaca (Lachesis lanceolatus) V. J. 1, de minima mortal igual a 0,060 mgr. e minima coagulante igual a 0,00045 mgr., o poder antitoxico desses sôros foi em media 4,3, vezes maior do que a dose mínima coaguhnte do pla"'ma; ao passo que, com o outro veneno padrão de jararáca V. J. 3, de mínima mortal igual a 0,020 mgr. e minima coagulante igual a 0,00015 mgr. o poder antitoxico dos mesmos sôros foi 9,9 vezes maior do que a dose mínima coagulante do plasma. 6) - Estas medias foram tiradas de dosagens de sôros antiophidicos e antibothropicos conjunctamente, mas separadamente ficou verificado não serem iguaes para esses dois sôros: nas dosagens com o V. J. l, no sôro antibothropico o seu poder antitoxico foi 3,6 vezes as anticoagulinas do plasma, ao passo que no sôro antiophidico foi 5,6 vezes; com o V. J. 3 as anti toxinas do sôro antibothropico são 8 vezes as anticoagulinas do plasma e 15,6 vezes em se tratando de sôro antiophidico. 7) - Os sôros antipeçonhentos têm, evidentemente, alem do seu poder especifico, uma actividade individual. 8) - Este trabalho focalisa diversos pontos que devem ser bem estudados, caso se queira aperfeiçoar os methodos actuaes de dosagem dos sôros antipeçonhentos.

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Contribuição ao estudo da dosagem dos sôros antipeçonhentos: Confronto entre dosagens pela determinacão das anticoasulinas especificas do plasma e o poder antitoxico do sôro. (2015). Boletim Do Instituto De Higiene De São Paulo, 33, 3-28. https://doi.org/10.11606/issn.2359-537X.v0i33p3-28