Pesquisar (n)o crime: A transformação das dificuldades pragmáticas em prazer analítico

Autores

  • Karina Biondi Universidade Estadual do Maranhão, São Luis

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v26i1p294-308

Palavras-chave:

Método, crime, pesquisa de campo

Resumo

Fazer pesquisa junto a pessoas que se dedicam a atividades criminosas tem certas particularidades e impõe algumas dificuldades. Neste artigo, abordarei duas delas a partir de situações vivenciadas em campo, a primeira relacionada com os riscos envolvidos na vida (e na pesquisa) do crime e a segunda, com minha condição de mulher pesquisando um universo povoado em grande parte por homens. No decorrer da exposição, apresentarei desafios, dilemas, reflexões, escolhas e tratamentos oferecidos em cada uma delas. Como espero deixar claro no decorrer do artigo, adversidades, situações de risco e percalços envolvendo relações de gênero podem, para além da produção de constatações ou de denúncias, dizer muito sobre as questões formuladas pelos interlocutores e os métodos que acionam para enfrentá-las, trazendo rendimentos analíticos importantes para a pesquisa.

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Biografia do Autor

  • Karina Biondi, Universidade Estadual do Maranhão, São Luis
    Karina Biondi é bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo, mestre e doutora em Antropologia Social pela Universidade Federal de São Carlos. Atualmente, é Professora Adjunta na Universidade Estadual do Maranhão. Autora de Junto e Misturado: Uma Etnografia do PCC, traduzido para o inglês com o título Sharing this Walk: An Ethnography on Prison Life and the PCC in Brazil.

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Publicado

2018-06-19

Edição

Seção

Especial

Como Citar

Pesquisar (n)o crime: A transformação das dificuldades pragmáticas em prazer analítico. (2018). Cadernos De Campo (São Paulo - 1991), 26(1), 294-308. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v26i1p294-308