Revisitando conceitos antropológicos clássicos em um museu imaginado

Autores

  • Giovana Acacia Tempesta Universidade de Brasília
  • João Paulo Siqueira de Araújo Universidade de Brasília
  • Diego Rodrigues de Loiola Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v28i2p47-66

Palavras-chave:

história da antropologia, diversidade cultural, museus

Resumo

O presente trabalho consiste em um exercício de imersão no fictício “museu da antropologia” criado por nós. Trata-se de um convite para uma aproximação imaginosa aos conceitos e perspectivas formuladas por antropólogos europeus e norte-americanos no período compreendido entre 1870 e 1950. O artigo ressalta ainda a importância dos museus na contemporaneidade, em termos da promoção de reflexões sobre o valor das diferenças humanas e, por conseguinte, pretende contribuir para o desenvolvimento de uma atitude de respeito perante as diferentes culturas, povos, grupos sociais e modos de estar no mundo.

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Biografia do Autor

  • Giovana Acacia Tempesta, Universidade de Brasília

    Sou doutora em Antropologia Social pela Universidade de Brasília. Atualmente estou vinculada ao PPGAS/DAn/UnB como pesquisadora-colaboradora. No Mestrado pesquisei as práticas de resguardo de parto e menstruação entre os povos Wapichana e Macuxi, em Roraima. Desde 2015 meu interesse se voltou para a antropologia do parto e, de modo mais amplo, para a antropologia da saúde, com foco nos temas da corporalidade, noção de pessoa e diferentes concepções de saúde e bem-estar.  Meu currículo completo pode ser acessado no seguinte endereço eletrônico: http://lattes.cnpq.br/1886467002421810

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Publicado

2019-12-04

Edição

Seção

Artigos e Ensaios

Como Citar

Revisitando conceitos antropológicos clássicos em um museu imaginado. (2019). Cadernos De Campo (São Paulo - 1991), 28(2), 47-66. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v28i2p47-66