Jogo e morte na literatura cubana: reproduções da violência familiar e social em Guillermo Rosales

Autores

  • Antonio Martínez Nodal Instituto Cervantes
  • Carla Dameane Pereira de Souza Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-9651.v18i18p258-282

Palavras-chave:

Guillermo Rosales, Marcas autobiográficas, Violência social e família, Suicídio

Resumo

Este artigo objetiva analisar o livro El juego de la viola de Guillermo Rosales (1946-1993), considerando-se algumas problemáticas identitárias (sociais) e diferentes reproduções traumáticas da infância (familiares) inseridas no contexto meta-ficcional da obra do escritor caribenho. Como estratégia metodológica, foram utilizados métodos descritivos e de caráter bibliográfico. O conceito de violência e trauma baseou-se no pensamento de Arendt (2003, 2005), Dorfman (1972), Assmann (2011) e Butler (2003, 2015), ao passo que a discussão sobre o espaço autobiográfico e a obra de Rosales teve como fundamento as obras de Martínez (2003, 2007, 2015), Simal (2012, 2017), Vila (2015) e Alfonso (2015) e, finalmente, o suicídio no contexto histórico-narrativo cubano, toma como base o pensamento de Cabrera Infante (2015). Assim, no romance, foi possível apreender determinadas marcas autobiográficas, relativas à trajetória autodestrutiva de Rosales, fragmentadas segundo os aspectos geográfico, psicológico e criativo. Também se destaca a presença de uma memória violenta, em que são recorrentes as alusões à tortura, ao suicídio e à morte associadas aos espaços individual, filial e social.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Antonio Martínez Nodal, Instituto Cervantes

    Possui graduação em Português-Espanhol pela Escola Superior Madre Celeste (2014). Tem Mestrado em Literatura e Cultura na UFBA (Universidade Federal da Bahía, 2016-2018). Realizou especialização em Ensino de Língua Espanhola pela Universidade Cândido Mendes (2015). Possui o título de tradutor-intérprete de LSE (Língua de Sinais Espanhola). Formado como ator no Estudo Juan Carlos Corazza. Atualmente é professor do Instituto Cervantes, em Salvador. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Espanhol como Língua Estrangeira, atuando principalmente nos seguintes temas: língua espanhola, literaturas hispanófonas, fonética e fonologia da língua espanhola, teatro e o uso da dramatização nas aulas de ELE.

  • Carla Dameane Pereira de Souza, Universidade Federal da Bahia

    É Doutora em Estudos Literários: Literaturas Modernas e Contemporâneas (2013) e Mestre em Letras: Estudos Literários, Teoria da Literatura (2009) pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais. Realizou estágio de Doutorado na Universidad Nacional de San Antonio Abad del Cusco, no Peru, com bolsa Capes PDEE (2011-2012). Possui Graduação em Letras Espanhol pela Universidade Estadual de Montes Claros (2006). Atua nas áreas de Formação de Professores de Espanhol como Língua Estrangeira (E/LE). É pesquisadora na área de Estudos da Performance, Artes Cênicas, Literaturas e Culturas Andinas. É Professora Adjunta do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia. É Professora do Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura da UFBA atuando nas linhas de pesquisas Documentos da memória cultural e Estudos da tradução cultural e intersemiótica. É performer no Coletivo Pixote. Pesquisadora afiliada na Pontificia Universidad Católica del Perú (PUCP), onde realiza estudos de Pós-Doutorado.

Referências

Alberto, Eliseo. “Los años grises”. In: Revista Encuentro de la Cultura Cuban, 1, 1996,33-41.

Alfonso, Vitalina. “Guillermo Rosales: una voz ignorada pero imprescindible”. In: Espacio Laical, 3-4, 2015, 44-47.

Arendt, Hannah. La condición humana. Buenos Aires: Paidós, 2003.

Arendt, Hannah. Sobre la violencia. Madrid: Alianza Editorial, 2005.

Arfuch, Leonor. “Sujetos y narrativas”. In: Acta Sociológica, 53, 2010, 19-41.

Assmann, Aleida.“IV Corpo”.In: Assmann, Aleida. Espaços da recordação: formas e transformações da memória cultural. Campinas: Editora Unicamp, 2011, 259-316.

Butler, Judith. “Violencia, luto y política”. In: Iconos. Revista de Ciencias Sociales, 17, 2003, 82-99.

Butler, Judith. “Responsabilidade”. In: Butler, Judith. Relatar a si mesmo: crítica da violência ética. Belo Horizonte: Autêntica, 2015, 109-172.

Cabrera Infante, Guillermo. “Entre la historia y la nada (Notas sobre una ideología del suicidio)”. In: Cabrera Infante, Guillermo. Mea Cuba antes y después: escritos políticos y literarios. Barcelona: Galaxia Gutenberg, 2015, 569-607.

Dorfman, Ariel. Imaginación y violencia en América. Barcelona: Anagrama, 1972.

Grandes, Almudena. “Escribir es atravesar un espejo. Entrevista a Almudena Grandes”. [Entrevista cedida a] Pollini, Yemina. In: CEHELIS – Revista del Centro de Letras Hispanoamericanas,14, 2002, 347-362.

Hissa, Cássio Eduardo Viana. Entrenotas: compreensões de pesquisa. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.

Martínez, Ivette Leyva. “Guillermo Rosales o la cólera intelectual”. In: Rosales, Guillermo. La casa de los náufragos (Boarding Home). Madrid: Siruela, 2003, 101-117.

Martínez, Ivette Leyva. “El azaroso destino de El alambique mágico”. In: Revista Encuentro de la Cultura Cubana,47, 2007, 47-48.

Martínez, Ivette Leyva. “Guillermo Rosales y Carlos Victoria: visiones errantes de Miami”. In: Cuadernos Hispanoamericanos, 779, 2015, 24-33.

Rosales, Guillermo. El juego de la viola. Miami: Ediciones Universal, 1994.

Rosales, Guillermo. La casa de los náufragos (Boarding Home).Madrid: Siruela, 2003.

Rosales, Guillermo. Leapfrog and other stories. New York: New Directions Books, 2013.

Rosales, Guillermo. “Nadie es una isla”. In: Cuadernos Hispanoamericanos, 779, 2015, 34-37.

Ruiz, Martha E. Patraca. “El espejo duplicado al infinito. Celestino antes del alba” In: Miaja de la Peña, María Teresa. Del alba al anochecer. La escritura en Reinaldo Arenas. México: Iberoamericana, 2008, 71-79.

Simal, Mónica. Tres escritores de “la generación de Mariel” y el canon literario cubano: Reinaldo Arenas, Carlos Victoria y Guillermo Rosales. Dissertação.(Doutorado em Filosofia). Boston University, Boston, 2012.

Simal, Mónica. “Lecturas suicidas para repensar a José Martí: Carlos Victoria y la generación de Mariel”. In: Aparicio, Yannelys (ed.).Literatura y cultura cubanas en tiempos de cambio. Madrid: Editorial Verbum, 2017, 85-109.

Victoria, Carlos. El resbaloso y otros cuentos. Miami: Florida: Ediciones Universal, 1997.

Vila, María del Pilar. “Voces del desencanto y la violencia en la narrativa latinoamericana”. In: Basile, Teresa (coord.). Literatura y violencia en la narrativa latinoamericana reciente. La Plata: Universidad Nacional de la Plata, 2015, 128-143.

Downloads

Publicado

2019-11-29

Como Citar

Jogo e morte na literatura cubana: reproduções da violência familiar e social em Guillermo Rosales. Caracol, São Paulo, n. 18, p. 258–282, 2019. DOI: 10.11606/issn.2317-9651.v18i18p258-282. Disponível em: https://revistas.usp.br/caracol/article/view/155308.. Acesso em: 28 mar. 2024.