Finda a língua, fim da linha

Autores

  • Paulo Sérgio de Souza Jr. Universidade Estadual de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v4i7p35-44

Palavras-chave:

Maiakóvski, quotidiano, futuro, comunismo, suicídio.

Resumo

A obra de Vladímir Maiakóvski, entremeada de grandezas e engrandecida ao longo das décadas por seu poder de comoção social, apresenta um ponto-cego que, acreditamos, não pode ser deixado de lado — embora tenha sido em grande parte ignorado, em prol da imagem de força e bravura que interessaram, sobretudo, ao Regime. Assim, palavras como ‘futuro’ e ‘quotidiano’ — que, em sua obra, têm a força de conceitos —, quando levadas a sério, permitem que depreendamos a forte e ambígua relação do poeta com a necessidade de rompimento com a tradição, da qual, para ele, dependiam tanto a política quanto o amor, além da própria poesia. Trabalhar com essa dimensão de sua obra é procurar, atrás do mito criado por um governo, a dimensão de uma  escrita que se ateve à tentativa de fugir da mera repetição do passado, encontrando nessa busca os seus limites.

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Publicado

2011-10-15

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Souza Jr., P. S. de. (2011). Finda a língua, fim da linha. Revista Criação & Crítica, 7, 35-44. https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v4i7p35-44