"E foi então que eu me entendi mulher"

O olhar negro-feminino sobre a opressão interseccional de gênero, raça e sexualidade

Autores

  • Oluwa Seyi Salles Bento Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2019.162574

Palavras-chave:

Conceição Evaristo, Interseccionalidade, Literatura Afro-brasileira, Autoria feminina

Resumo

O presente ensaio pretende analisar o conto “Isaltina Campo Belo”, de autoria da escritora mineira Conceição Evaristo e discutir como é tratada a questão da interseccionalidade de gênero, sexualidade e raça na Literatura afro-brasileira de autoria feminina. Sem perder de vista o referencial teórico pertinente ao tema, intentamos compreender de quais mecanismos de construção de narrativa a autora lança mão a fim de apresentar uma protagonista complexa e não apenas uma vítima de suas experiências de vida

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Biografia do Autor

  • Oluwa Seyi Salles Bento, Universidade de São Paulo

    Mestranda do programa de pós-graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua portuguesa do departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Universidade de São Paulo. Bolsista CAPES

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Publicado

2019-12-30

Edição

Seção

Dossiê 24: Dissidências de gênero e sexualidade nas literaturas de LP

Como Citar

"E foi então que eu me entendi mulher": O olhar negro-feminino sobre a opressão interseccional de gênero, raça e sexualidade. (2019). Revista Crioula, 24, 156-166. https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2019.162574