A Arte é divina demais para ser normal

drags queers e políticas de subjetivação na cena transformista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2019.162603

Palavras-chave:

Drag queer, Políticas de Subjetivação, Arte

Resumo

Os autores discutem, dentro da cena transformista, o que seriam as Drag Queers, aquelas que buscariam performar a drag além da caricatura do feminino, trazendo em suas performances críticas sobre a norma, a normalidade e a normalização da própria cena, enquanto estética colonial, mas, também, marcas sociais da abjeção, da marginalidade e da invisibilidade. A drag queer, se utiliza do feio, do anormal e do monstruoso como positivação de subjetividades marginalizadas de quem são, quase sempre, representantes e desfruta da política queer enquanto modo de autoafirmação.

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Biografia do Autor

  • Djalma Thürler, Universidade Federal da Bahia
    Pós-Doutor em Literatura e Críyica Literária, Professor Adjunto da UFBA e Coordenasdor do Grupo de Pesquisa em Cultura e Sexualidade (CuS)

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Publicado

2019-12-30

Edição

Seção

Dossiê 24: Dissidências de gênero e sexualidade nas literaturas de LP

Como Citar

A Arte é divina demais para ser normal: drags queers e políticas de subjetivação na cena transformista. (2019). Revista Crioula, 24, 222-238. https://doi.org/10.11606/issn.1981-7169.crioula.2019.162603