Walking ethnography e entrevistas na análise de experiências estéticas no Cerrado

Autores

  • Valéria Ghisloti Iared Universidade Federal do Paraná
  • Haydée Torres de Oliveira Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.1590/s1678-4634201706161972

Palavras-chave:

Etnografia em movimento, Investigações móveis, Entrevistas, Educação ambiental, Fenomenologia hermenêutica

Resumo

Pautado na fenomenologia-hermenêutica, o estudo se propõe a comparar e discutir diferentes possibilidades para coleta de dados durante uma pesquisa que procurou compreender, em profundidade, o significado da experiência estética para um grupo de dezessete pessoas em relação ao Cerrado. Essas possibilidades surgiram em decorrência da preocupação em responder à questão de pesquisa, em que as pesquisadoras buscaram dialogar com outras opções teórico-metodológicas. Sendo assim, o estudo se embasou em leituras clássicas como Merleau-Ponty e Gadamer e, gradativamente, ampliou-se o escopo teórico, incorporando autores(es) contemporâneos como Sarah Pink e Tim Ingold. Logo, o artigo apresenta as limitações e potencialidades de dois tipos de coleta de dados – walking ethnography e entrevistas – como possibilidades metodológicas para compreender a experiência estética desse grupo no Cerrado. Baseado em um paradigma interpretativo, o objetivo do presente artigo é tecer considerações sobre a potencialidade de se ampliar o diálogo com outras perspectivas metodológicas a fim de proporcionar maior consistência para a investigação. Identificou-se que as entrevistas e o walking ethnography forneceram diferentes perspectivas e foram complementares. Considerou-se, então, que a entrevista possibilitou conhecer as memórias de infância, histórico de envolvimento ético e político dos(as) participantes, enquanto que o foco do walking ethnography residiu nas práticas corporais e multissensoriais no Cerrado. As respostas afetivas testemunhadas durante o walking ethnography foram consideradas elementos fundamentais para a compreensão da experiência em uma abordagem fenomenológica e ampliaram as possibilidades de análise do presente estudo.

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Publicado

2018-01-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Walking ethnography e entrevistas na análise de experiências estéticas no Cerrado. (2018). Educação E Pesquisa, 44, e161972. https://doi.org/10.1590/s1678-4634201706161972