O ensino a distância e a falência da educação

Autores

  • Maria Helena Souza Patto Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1517-97022013000200002

Palavras-chave:

Ensino a distância, Universidade virtual, Política educacional, Relação professor-aluno

Resumo

A partir da análise do discurso oficial em defesa do ensino superior a distância, identificam-se os silêncios que o estruturam. De um lado, esse discurso ignora a dimensão ideológica da ciência e da técnica; de outro, desconsidera a complexidade da relação pedagógica. A ausência de ambos os temas, tão fundamentais, faculta a defesa da aplicação de tecnologias de comunicação e de informação no processo educativo sem que sejam investigadas as consequências deletérias de tal procedimento sobre a formação do educando. O texto destaca a educação concebida como formação e a contrapõe à semi ou pseudoformação, nos termos de filósofos da Escola de Frankfurt. A partir de um exame da natureza das atividades previstas em cursos a distância, questiona-se a própria existência de um professor e de um aluno nessa modalidade de ensino, bem como de uma relação entre eles que garanta a formação ético-política de um educando atento às relações de poder presentes nas instituições sociais, no conhecimento científico e no exercício profissional. Tal estado de coisas demanda pesquisa sobre os resultados alcançados pelos cursos a distância, sobretudo por aqueles que se destinam à formação de professores.

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Publicado

2013-06-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O ensino a distância e a falência da educação. (2013). Educação E Pesquisa, 39(2), 303-318. https://doi.org/10.1590/S1517-97022013000200002