A pulsão de morte no primeiro Ferenczi: quietude, regressão e os primórdios da vida psíquica

quietude, regressão e os primórdios da vida psíquica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v24i2p231-245

Palavras-chave:

Ferenczi, pulsão de morte, regressão, quietude

Resumo

Este artigo procura expor e discutir o uso que Ferenczi faz da ideia de pulsão de morte, ainda na década de 1910. Apresentamos a história e o contexto da utilização da ideia entre os primeiros psicanalistas e, em seguida, argumentamos que a primeira hipótese do analista húngaro sobre a pulsão de morte procurava relacionar um estágio de onipotência incondicional, característico, a seu ver, da vida intrauterina, com um estado de quietude originário, uma tendência à regressão e uma concepção do narcisismo primitivo. Cada um desses aspectos é problematizado junto à teoria freudiana. Ao final, fazemos uma análise crítica da hipótese à luz das postulações de outros autores.

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Biografia do Autor

  • Eugênio Canesin Dal Molin, Centro Universitário Filadélfia (Unifil)

    Psicanalista. Membro-fundador do Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi. Professor Doutor do Centro Universitário Filadélfia (Unifil), Londrina, PR, Brasil.

  • Nelson Ernesto Coelho Junior, Universidade de São Paulo. Instituto de Psicologia

    Psicanalista. Professor Doutor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP), São Paulo, SP, Brasil.

  • Renata Udler Cromberg, Instituto Sedes Sapientiae

    Psicanalista do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Pós-doutora pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

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Publicado

2019-08-30

Como Citar

A pulsão de morte no primeiro Ferenczi: quietude, regressão e os primórdios da vida psíquica: quietude, regressão e os primórdios da vida psíquica. (2019). Estilos Da Clinica, 24(2), 231-245. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v24i2p231-245