O quilombismo em espaços urbanos: 130 após a abolição

Autores

  • Paula Carolina Batista Universidade de Campinas (Unicamp)

DOI:

https://doi.org/10.11606/extraprensa2019.153780

Palavras-chave:

quilombo urbano, resistência, quilombismo, memória, programação

Resumo

Este artigo pretende investigar como dois espaços culturais da cidade de São Paulo, que se autodenominam “quilombos urbanos”, aproximam-se da ideia de “quilombismo”, cunhada por Abdias do Nascimento.

Identificando-se como “quilombos urbanos”, os espaços Terça Afro, na zona norte de São Paulo, e Aparelha Luzia, na região central da cidade, estão organizados com a proposta de serem focos de resistência negra. Esses dois espaços têm características em comum: são coordenados por negros e oferecem uma programação que aborda cultura, identidade, literatura, arte, memória, questões que envolvem a negritude – sempre de forma que o negro esteja em evidência e tenha seu espaço de fala garantido.

 

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Biografia do Autor

  • Paula Carolina Batista, Universidade de Campinas (Unicamp)

    Jornalista, especialista em Mídia Informação e Cultura pelo Celacc-USP e mestranda no programa de pós-graduação em divulgação científica e cultural da Unicamp.

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Publicado

2019-10-17

Edição

Seção

GT2 - Comunicação, cultura e diversidade

Como Citar

O quilombismo em espaços urbanos: 130 após a abolição. (2019). Revista Extraprensa, 12, 377-396. https://doi.org/10.11606/extraprensa2019.153780