A Engenharia Poética de Manoel: feito de Barro

Autores

  • Therence Santiago Alves Feitosa Departamento de Comunicação e Semiótica da PUC-SP

DOI:

https://doi.org/10.11606/extraprensa2019.154054

Palavras-chave:

Manoel de Barros, Barroco, Semiótica da Cultura, Poesia, América Latina

Resumo

A presente investigação se concentrou em analisar alguns poemas de Manoel de Barros. Foi pretendido perceber e apontar como as narrativas de sua poética são compostas por diversos elementos barrocos em relação. Tais composições imbrincadas mostram formas possíveis de entrelaces dos diversos materiais disponíveis aqui, na América Latina. Fora utilizado na investigação a forma de pensar radicalmente qualitativa no que fere a performance dos dados que emergiram durante o processo investigativo. Foi possível perceber que Manoel em suas construções poéticas confeccionou elementos gráficos que extrapolaram as palavras. Elementos que produziram imagens, sons, cheiros. Tais gestos poéticos evidenciaram profusões impares entre os sujeitos, as paisagens e os objetos da cultura.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Therence Santiago Alves Feitosa, Departamento de Comunicação e Semiótica da PUC-SP

    Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC - SP

    Mestre em História Social pela PUC-SP

    Professor na UNIP (Universidade Paulista) e na UNIB (Universidade Ibirapuera)

    Membro do Grupo de Estudos Comunicação, Cultura, Barroco e Mestiçagem (PUC-SP)

    Membro do Grupo de Estudos ECOAR - USP- EACH - PROMUSP

Referências

AGAMBEN, GLISSANT, ZUMTHOR: Voz. Pensamento. Linguagem. / orgs. Maria Rosa Duarte de oliveira, Maria José Palo. – São Paulo: EDUC, 2013.
AMÉRICO, E. K. O conceito de fronteira na semiótica de Iuri Lótman. Bakhtiniana, São Paulo, 12 (1): 5-25, Janeiro/Abril. 2017.
ANDRADE, Oswald. Feira das sextas. Organização e introdução Gênese Andrade. São Paulo. Globo, 2004.
Bakthin, dialogismo e construção do sentido/ organização Beth Brait. Campinas. Editora da Unicamp, 2005.
Bakthin: conceito chave / organização Beth Brait. São Paulo: Contexto, 2014.
BARBERO, Jesús Martín. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2013.
BARROS, Manoel. Poesia Completa. São Paulo: LeYa, 2013.
BARTHES, Roland. O grau zero da escrita: seguido de novos ensaios. São Paulo. Martins Fontes, 2000.
BARTHES, Roland. O prazer do texto. São Paulo: Perspectiva, 2015.
BASTIDE, Roger. Antropologia Aplicada. São Paulo. Perspectiva, 2009.
BENJAMIM, Walter. A obra de arte na época de sua reprodutibilidade técnica. In: Os Pensadores. São Paulo, 1975.
BERGSON, Henri, Cartas, conferências e outros escritos. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
CAMPOS, Haroldo de. Metalinguagem e outras Metas. São Paulo. Editora Perspectiva, 1992.
CANCLINI, Néstor Garcia. Culturas Hibridas: Estratégias para entrar e sair da Modernidade. São Paulo: Editora da USP, 2015.
CANCLIINI, Néstor Garcia. A Sociedade sem Relato: Antropologia e Estética da Imanência. São Paulo. Editora da USP, 2016.
COLAPIETRO, Vincent. Pearce e a abordagem do Self. Uma perspectiva semiótica sobre a subjetividade humana. São Paulo: Intermeios, 2014.
DELEUZE, Gilles. Lógica do Sentido. São Paulo: Perspectiva, 1983.
DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Felix. Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia 1. São Paulo. Editora 34, 2011.
DELEUZE. Gilles. A dobra: Leibinz e o Barroco. Campinas-SP. Papirus, 2012.
DELGADO, Manuel. Sociedades Movedizas. Pasos hacia uma antropologia de las calles. Barcelona. Anagrama, 2007.
ESPINOSA, Benedictus de. Pensamentos metafísicos; Tratado da correção do intelecto; Ética; Tratado político; Correspondência. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
FLUSSER, Vilém. Gestos. São Paulo; Annablume, 2014.
FLUSSER, Vilém. Fenomenologia do brasileiro. RJ: UERJ, 1998.
FONSECA, Maria Augusta. Por que ler Oswald de Andrade. São Paulo. Globo, 2008.
FONSECA, Maria Augusta. Oswald de Andrade biografia. São Paulo. Globo, 2007.
FOUCAULT, Michel. Arqueologia do Saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1996.
GLISSANT, Édouard. Introdução a uma poética da diversidade. Juiz de Fora. Editora UFJF, 2005.
GRUZINSKI, Serge. O pensamento mestiço. São Paulo. Companhia das letras, 2001.
LATOUR. Bruno. Jamais fomos Modernos. São Paulo. Editora 34, 2013.
LÓTMAN, Iuri. A estrutura do texto artístico. Lisboa, Editorial Estampos, 1978.
LÓTMAN, Iuri, USPENSKII, Boris, IVANÓV, V. Ensaios de Semiótica Soviética. Lisboa. Livros Horizonte, 1981.
LÓTMAN, Iuri. Lá Semiosfera I. Semiótica de la cultura y del texto. (org. Desiderio Navarro) Madri. Catedra, 1996.
LÓTMAN, Iuri. Lá Semiosfera II, Madri. Catedra 1998.
LÓTMAN, Iuri. Lá Semiosfera III, Madri. Catedra 2000.
LYOTARD, J. F. O Pós-Moderno. Rio de Janeiro, José Olimpo, 1993.
MACHADO, Irene, Org. Semiótica da cultura e semiosfera. São Paulo. Annablume / Fapesp, 2007.
MACHADO, Irene. Analogia do dissimilar. São Paulo: Perspectiva, 2011.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da Percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
MORIN, Edgar. Cultura de massas no Século XX. O espírito do tempo. Rio de Janeiro, Forense – Universitária, 1977.
PIGNATARI, Décio. O que é comunicação poética. Cotia: Ateliê Editorial, 2005
PINHEIRO, Amálio. Barroco, cidade, jornal. São Paulo. Intermeios, 2013.
PINHEIRO, Amálio Org. O jornal e a cidade: um barroco de viés. São Paulo. Intermeios, 2015.
PINHEIRO, Amálio. Org. SALLES, Cecilia Almeida Org. Jornalismo Expandido: práticas, sujeitos e relatos entrelaçados. São Paulo. Intermeios, PUC-SP, 2016.
PIRES FERREIRA, Jerusa. “Cultura é Memória”. In: Armadilhas da Memória. São Paulo. Ateliê Editorial, 2004.
POMORSKA. Krystyna. Formalismo e Futurismo: a teoria formalista russa e seu ambiente poético. São Paulo. Perspectiva, 2010.
ROCHA, Reuben da Cunha. Em torno da poética da pesquisa: semiosfera como epistemologia. Semeiosis: semiótica e transdisciplinariedade em revista. Setembro de 2010.
SALLES, Cecilia Almeida. Gesto: inacabado processo de criação artística. São Paulo. Intermeios, 2011.
SARDUY, Severo. Barroco. Lisboa: Veja, 1989.
SCHNAIDERMAN, Boris. Semiótica Russa. São Paulo. Editora Perspectiva, 1979.
Semiótica Russa / organizador Boris Schnaiderman. São Paulo: Perspectiva, 2010.
TINIANOV, Iuri. O problema da linguagem poética I: o ritmo como elemento construtivo do verso. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1975.
TYNJANOV, Yurij. Avanguardia e tradizione. Bari. Dedalo Libri, 1968.
TODOROV, Tzvetan. As estruturas narrativas. São Paulo. Perspectiva, 2013.
TODOROV, Tzvetan. Simbolismo e Interpretação. São Paulo. Editora Unesp, 2014.
TODOROV, Tzvetan. A vida em comum: ensaios de antropologia geral. São Paulo. Editora Unesp, 2014.
VICENTE, Vânia. Arte e verdade em Merleau-Ponty: ecos de um entrelaçamento. São Paulo: Humanitas: Fapesp, 2018.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Metafisicas Canibais elementos para uma antropologia pós estrutural. São Paulo. Cosac Naify, 2015.
VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Encontros. Rio de Janeiro. Azougue, 2008.
ZUMTHOR, Paul. Performance, Recepção e Leitura. São Paulo: Educ, 2000.
ZUMTHOR, Paul. Escrituras e Nomadismos. São Paulo. Ateliê Editorial, 2005.
WAGNER, Roy. A invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify, 2012.

Downloads

Publicado

2019-10-17

Edição

Seção

GT2 - Comunicação, cultura e diversidade

Como Citar

A Engenharia Poética de Manoel: feito de Barro. (2019). Revista Extraprensa, 12, 471-487. https://doi.org/10.11606/extraprensa2019.154054