Para uma crítica política do capitalismo – a partir de Rahel Jaeggi

Autores

  • José Ivan Rodrigues de Sousa Filho Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v22i4p63-83

Palavras-chave:

crítica do capitalismo, teoria crítica, Rahel Jaeggi, crítica política, heteronomia econômica

Resumo

Neste artigo, sublinha-se a renovação da crítica do capitalismo pelas teóricas críticas contemporâneas Albena Azmanova, Nancy Fraser e Rahel Jaeggi (1). Em seguida, aponta-se como Rahel Jaeggi destaca-se com uma elaboração metateórica que visa aprofundar eticamente as dimensões funcional e moral da crítica do capitalismo (2). Por último, defende-se que, apesar dos ganhos da contribuição jaeggiana, é necessário desdobrar politicamente a crítica do capitalismo para mostrar como o capitalismo é, em vez de uma ordem puramente econômica e economicamente inelutável, uma ordenação político-econômica, politicamente engendrada e imposta, que fetichiza as relações de produção capitalistas e naturaliza a heteronomia econômica (3).

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Adorno, T. W. (2003). “Late capitalism or industrial society? The fundamental question of the present structure of society”. Translation by Rodney Livingstone. In: Tiedemann, R. (ed.). Can one live after Auschwitz? A philosophical reader. Stanford: Stanford University Press.

Azmanova, A. (2014). Crisis? Capitalism is doing very well. How is Critical Theory? Constellations, 21(3), pp.351-365.

Anderson, J. (2011). “Situating Axel Honneth in the Frankfurt School tradition”. In: Petherbridge, D. (ed.). Axel Honneth: critical essays. With a reply by Axel Honneth. Leinde, Boston: Brill.

Bressiani, N. (2016). Uma nova geração da teoria crítica. Discurso, 46(1), pp.231-249.

Brick, B., & Postone, M. (1976). Introduction. Friedrich Pollock and the “primacy of the political”: a critical reexamination. International Journal of Politics, 6(3), pp.3-28.

Campello, F. (2014). O Hegel de Honneth. Pólemos, 3(6), pp.97-123.

Fraser, N. (2016). Contradictions of capital and care. New Left Review, 100, pp.99-117.

Habermas, J. (2013) Teoria e práxis: estudos de filosofia social. Tradução de Rúrion Melo. São Paulo: Editora UNESP.

____________. (2016a). Teoria do agir comunicativo. v.1: Racionalidade da ação e racionalização social. Tradução de Paulo Astor Soethe. São Paulo: WMF Martins Fontes.

____________. (2016b). Teoria do agir comunicativo. v.2: Sobre a crítica da razão funcionalista. Tradução de Flávio Beno Siebeneichler. São Paulo: WMF Martins Fontes.

Hartmann, M., & Honneth, A. (2006). Paradoxes of capitalism. Translation by James Ingram. Constellations, 13(1), pp.41-58.

Honneth, A. (1998). Democracy as reflexive cooperation: John Dewey and the theory of democracy today. Political Theory, 26(6), pp.763-783.

____________. (2001). Recognition or redistribution? Changing perspectives on the moral order of society. Theory, Culture & Society, 18(2-3), pp.43-55.

____________. (2007). “Recognition as ideology”. In: Brink, B. v. d., & Owen, D. (eds.). Recognition and power: Axel Honneth and the tradition of critical social theory. Cambridge: Cambridge University Press.

____________. (2015). O direito da liberdade. Tradução de Saulo Krieger. São Paulo: Martins Fontes.

Horkheimer, M. (2003). “Teoría tradicional y teoría crítica”. In: Teoría Crítica. Traducción de Edgardo Albizu y Carlos Luis. Buenos Aires: Amorrortu.

Jaeggi, R. (1999). Der Markt und sein Preis. Deutsche Zeitscjrift für Philosophie, 47(6), pp.987-1004.

____________. (2009). “Rethinking ideology”. In: De Bruin, B., & Zurn, C. (eds.). New waves in political philosophy. Hampshire: Palgrave Macmillan.

____________. (2014). Alienation. Translation by Frederick Neuhouser and Alan E. Smith. New York: Columbia University Press.

____________. (2016). What (if anything) is wrong with capitalism? Dysfunctionality, exploitation and alienation: three approaches to the critique of capitalism. The Southern Journal of Philosophy, 54, Spindel Supplement: Exploitation, pp.44-65.

____________. (2017). “Crisis, contradiction, and the task of a critical theory”. In: Bargu, B., & Bottici, C. (eds.). Feminism, capitalism, and critique: essays in honour of Nancy Fraser. Basingstoke: Palgrave Macmillan.

Kellner, D. (1984). Herbert Marcuse and the crisis of Marxism. Basingstoke: Macmillan.

Marcuse, H. (2015). O homem unidimensional: estudos da ideologia da sociedade industrial avançada. Tradução de Robespierre de Oliveira, Deborah Christina Antunes & Rafael Cordeiro Silva. São Paulo: EDIPRO.

Marramao, G. (1975). Political economy and Critical Theory. Translation by Ray Morrow. Telos, 24, pp.56-80.

Marx, K. (2014). O capital: crítica da economia política. Livro I: O processo de produção do capital. Tradução de Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo.

Melo, R. (2013). Marx e Habermas: teoria crítica e os sentidos da emancipação. São Paulo: Saraiva.

Nobre, M. (2013). “Marx: teoria do valor-trabalho e fetichismo”. In: Curso livre de teoria crítica. 3ª ed. Campinas: Papirus.

____________. (2012). Teoria Crítica: uma nova geração. Novos Estudos, 93, pp.23-27.

Polanyi, K. (2001). The great transformation: the political and economic origins of our time. 2. ed. Boston: Beacon Press.

Pollock, F. (1990). “State capitalism: its possibilities and limitations”. In: Arato, A., & Gebhardt, E. (eds.). The essential Frankfurt School reader. New York: Continuum.

Streeck, W. (2012). As crises do capitalismo democrático. Tradução de Alexandre Morales. Novos Estudos, 92, pp.35-56.

Downloads

Publicado

2017-12-20

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Para uma crítica política do capitalismo – a partir de Rahel Jaeggi. (2017). Cadernos De Filosofia Alemã: Crítica E Modernidade, 22(4), 63-83. https://doi.org/10.11606/issn.2318-9800.v22i4p63-83