Variantes sociolinguísticas e a posteriorização das fricativas vozeadas em Alagoas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v22i1p41-53

Palavras-chave:

Nasalização, Posteriorização, Sociolinguística

Resumo

Resumo: Este artigo analisa a troca das fricativas vozeadas labiodental [v], alveolar [z] e palatal [ʒ] pela fricativa glotal [ɦ], processo chamado de posteriorização ou lenição, na variedade praticada Alagoas. Tendo como sustentação e metodologia a Sociolinguística Variacionista, mensuramos a influência de fatores linguísticos, basicamente o contexto fonológico posterior, e extralinguísticos, como o sexo, idade, escolaridade, profissão, local de nascimento e de moradia, para a ocorrência da posteriorização, visando traçar um perfil sociolinguístico do falante que pratica essa variedade em Alagoas. O corpus foi composto a partir da transcrição da fala de seis informantes, sendo três homens e três mulheres, obtido a partir de respostas a um questionário e da leitura direcionada realizada pelos seis informantes. As discussões dos resultados, incipientes, mostram que a nasalização influencia na posteriorização, havendo tendência maior desse fenômeno ocorrer em pessoas do sexo masculino, nascidas e criadas na zona rural. Tal estudo, entretanto, por seu caráter pioneiro e devido à limitação de seu corpus, pode servir de ponto inicial para pesquisas mais abrangentes.

 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Aprill P. The posteriorization of palato-alveolar fricatives in Quebec French: an effort-based approach. Ottawa Papers in Linguistics. 2007;35:1-24.

Bagno M. Preconceito linguístico. São Paulo: Parábola Editorial; 2015.

Barbosa PA, Madureira S. Manual de fonética acústica experimental. São Paulo: Cortez; 2015.

Bortoni-Ricardo SM. Educação em língua materna: a sociolinguística na sala de aula. São Paulo: Parábola Editorial; 2009.

Bortoni-Ricardo SM. Manual de sociolinguística. São Paulo: Contexto; 2014.

Cagliari LC. Análise fonológica. Campinas: Mercado de Letras; 2002.

Coelho IL, et al. Para conhecer sociolinguística. São Paulo: Contexto; 2015.

Fischer JL. Influências sociais na escolha de variantes linguísticas. In: Fonseca MSV, Neves MF, organizadores. Sociolinguística. Rio de Janeiro: Eldorado; 1974. p. 87-98.

Guy GR. Introdução à análise quantitativa da variação linguística. In: Guy GR, Zilles A. Sociolinguística quantitativa: instrumental de análise. São Paulo: Parábola Editorial; 2007. p. 19-46.

Labov W. Padrões sociolinguísticos. São Paulo: Parábola Editorial; 2008.

Paula AS. O trabalho de campo sociolinguístico. In: Costa JF, Santos RLA, Vitorio EGSLA, organizadores. Variação e mudança linguística no Estado de Alagoas. Maceió: Edufal; 2011. p. 29-42.

Rodrigues AGP, Araujo AA, Aragão MSS. Enfraquecimento de fricativas no atlas linguístico do Ceará: uma abordagem sócio-dialetal. Revista Trama. 2013;9(18):53-64.

Santos RL, Vitorio EGSLA. Teoria da variação e mudança linguística. In: Costa JF, Santos RLA, Vitorio EGSLA, organizadores. Variação e mudança linguística no estado de Alagoas. Maceió: Edufal; 2011. p. 13-28.

Seara IC, Nunes VG, Lazzarotto-Volcão C. Para conhecer fonética e fonologia do português brasileiro. São Paulo: Contexto; 2015.

Silva TC. Fonética e fonologia do português: roteiro de estudos e guia de exercícios. São Paulo: Contexto; 2002.

Tarallo F. A Pesquisa sociolinguística. São Paulo: Ática; 2007.

Downloads

Publicado

2020-08-06

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Variantes sociolinguísticas e a posteriorização das fricativas vozeadas em Alagoas. (2020). Filologia E Linguística Portuguesa, 22(1), 41-53. https://doi.org/10.11606/issn.2176-9419.v22i1p41-53