Docklands: disputas intestinas na formação da paisagem urbana de Londres

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2019.157633

Palavras-chave:

Docklands, requalificação urbana, produção do espaço, política urbana

Resumo

Ao longo de se sua história a área de Londres que hoje conhecemos como Docklands foi objeto de muitas disputas econômicas e políticas. Sua paisagem urbana constitui, e constituiu ao longo do tempo, o epifenômeno de tais contendas. Por um lado, empresas buscam espaços estratégicos e investem em tecnologia para se tornarem mais produtivas e competitivas. Por outro lado, governos, instituições, partidos e associações políticas definem suas ações em prol de diferentes projetos cidade, que por sua vez são estruturados em dois eixos ideológicos opostos: um mais liberalizante e outro mais socializante. As duas linhas políticas, representadas pelos partidos trabalhista e conservador, se alternaram no poder. Nesse processo, ambos os grupos políticos foram obrigados ceder quando confrontados com as consequências de suas ações ideologicamente orientadas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • André Lima de Alvarenga, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
    Pós-Doutorado na Universidade Federal Fluminense com bolsa PNPD/CAPES.

Referências

BARNES, J., COLENUTT, B. e MALONE, P., London: Docklands and the State. In: MALONE, P., City, capital and water. London: Routledge, 1996. pp. 14-36.

BEARD, N. London Docklands: an example of inner city renewal. Geography, vol. 64, no. 3, pp. 190–195, 1979. www.jstor.org/stable/40570212.

BROWNILL, S., Turning the East End into the West End: the lessons and legacies of the London Docklands Development Corporation. In: IMRIE, R. e THOMAS, H. (Orgs.) British urban policy: an evaluation of the urban development corporation, Londres: Sage, 1999. pp. 43-63.

BROWNIL, S. e O’HARA, G., From planning to opportunism? Re-examining the creation of the London Docklands Development Corporation, Planning Perspectives, vol 30, n.4, pp. 537-570, 2015.

BUTLER, T. Re-urbanizing London Docklands: gentrification, suburbanization or new urbanism? International Journal of Urban and Regional Research, vol. 31, n. 4, pp. 759-781, 2007. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/j.1468-2427.2007.00758.x

CHURCH, A. Transport and urban regeneration in London Docklands: a victim of success or a failure to plan? Cities, vol. 7, n. 4, pp. 289-303, 1990. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0264275190900275.

DAVIDSON, M. e LEES, L. New-build ‘gentrification’ and London’s riverside renaissance, Environment and Planning, vol. 37, pp. 1165-1190, 2005. https://journals.sagepub.com/doi/10.1068/a3739

DUARTE, Ronaldo Goulart. O processo de reabilitação e renovação urbana na cidade do Rio De Janeiro e suas perspectivas. Revista electrónica de Geografía Y Ciencias Sociales, vol. IX, n. 194 (44), 2005. http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn-194-44.htm.

EDWARDS, B. London Docklands: urban design in an age of deregulation. Oxford: Butterworth-Heinemann, 1992.

HINSLEY, H. e MALONE, P. London: planning and design in Docklands. In: MALONE, P., City, capital and water. Londres: Routledge, 1996.

KOLLEWE, J., Canary Wharf timeline: from the Thatcher years to Qatari control. S.l, The Guardian, 2015. https://www.theguardian.com/business/2015/jan/28/canary-wharf-timeline-london-building-docklands-thatcher.

LOVELL, J. Stevedores and dockers: a study of trade unionism in the Port of London, 1870-1914. Londres, Palgrave Macmillan, 1969.

MOGG, E. London in miniature: surroundings and villages: Londres, 1806. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:1806_Mogg_Pocket_or_Case_Map_of_London,_England_-_Geographicus_-_London-mogg-1806.jpg/ Acessado em 17/04/2019.

MONIÉ, F. Cidades, portos e cidades portuárias na era da integração produtiva. RAP, vol. 40, n. 6, pp. 975-995, 2006. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-76122006000600003&script=sci_abstract&tlng=pt.

PAGE, Stephen. The London Docklands: redevelopment schemes in the 1980s. Geography, vol. 72, n. 1, pp. 59-63, 1987. http://www.jstor.org/stable/40571222.

SCHUBERT, D. Transformation processes on waterfronts in seaport cities: causes and trends between divergence and convergence. In: KOKOT, W., GANDELSMAN-TRIER, M. at alli. Orgs. Port cities as areas of transition: ethnographic perspectives. Bielefeld: Transcript, 2008. pp. 25-46. https://doi.org/10.14361/9783839409497.

SCOTT, S. The river Thames and the Tower of London. 1771. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Samuel_Scott_-_The_Thames_and_the_Tower_of_London_Supposedly_on_the_King%27s_Birthday_-_Google_Art_Project.jpg. Acessado em 17/04/2019.

SMITH, N. Toward a theory of gentrification: a back to the city movement by capital, not people. Journal of the American Planning Association, vol. 45, n. 4, pp. 538-548, 1979. https://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1080/01944367908977002?needAccess=true

WARD, R. "London: the emerging docklands city." Built Environment, vol. 12, n. 3, pp. 117-127, 1986.

WELLER, E. River Thames with the Docks from Woolwich to the Tower, 1882. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Thames_river_1882.jpg

YOUSAF, A. Canary Wharf after sunset. 2014. https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Canary_Wharf_after_sunset_(14950863732).jpg. Acessado em 17/04/2019.

http://www.pla.co.uk/Port-Trade/History-of-the-Port-of-London-pre-1908.

http://www.visionofbritain.org.

Downloads

Publicado

2019-06-17

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Docklands: disputas intestinas na formação da paisagem urbana de Londres. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), [S. l.], v. 23, n. 2, p. 342–360, 2019. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2019.157633. Disponível em: https://revistas.usp.br/geousp/article/view/157633.. Acesso em: 28 mar. 2024.