Proveniência e Intemperismo da Formação São Carlos, Cretáceo Superior, e significado tectônico na borda leste da Bacia Bauru, SE Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v19-144173Palavras-chave:
Bacia Bauru, Geoquímica, Proveniência, IntemperismoResumo
A geoquímica dos elementos maiores e traço tem sido usada como importante ferramenta para o estudo da proveniência, evolução tectônica e climática das bacias sedimentares. A Formação de São Carlos é uma unidade do Cretáceo Superior que ocorre na borda leste da Bacia Bauru. Apesar dos estudos paleontológicos e paleodeposicionais realizados nesta unidade nos últimos anos, pouco se sabe sobre as condições tectônicas e climáticas que atuam nos primeiros estágios da sedimentação, bem como, sua relação estratigráfica com outras unidades da bacia. A hipótese deste trabalho consiste em avaliar se as formações São Carlos e Araçatuba possuem correspondência e compreender a evolução da margem leste da bacia. Dessa forma, realizaram-se estudos geoquímicos utilizando Fluorescência de Raios-X em arenitos, siltitos e folhelhos da Formação São Carlos. Através do uso do índice de intemperismo químico, os óxidos dos elementos maiores indicam que, com valores entre 57,12 e 71,58%, os processos de intemperismo moderados, possivelmente associados ao clima árido-semiárido, afetaram a área de origem. Rochas alcalinas, granitos, gnaisses e metassedimentos foram os principais litotipos da área fonte. Os diagramas ternários indicam que o ambiente tectônico era equivalente à margem continental passiva, coincidindo com as regiões da Serra do Mar e, em segundo lugar, Soerguimento Alto Paranaíba. Com base nos elementos maiores e traços, suas razões, e dados já publicados da bacia, foi elaborado um modelo paleogeográfico da borda leste da Bacia Bauru, concluindo-se que a área de origem dos sedimentos foi constituída por rochas intermediárias e félsicas, às vezes recicladas por processos sedimentares.
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