Pimenta Bueno e uma visão ampla sobre a origem do câncer no início do século XX

Autores

  • Carlos Henrique Fioravanti

DOI:

https://doi.org/10.11606/khronos.v0i7.159251

Palavras-chave:

Origem do câncer, História da medicina, História da oncologia, Alfredo Leal Pimenta Bueno

Resumo

O médico parense Alfredo Leal Pimenta Bueno (1886-?), professor na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte, hoje integrada à Universidade Federal de Minas Gerais, apresentou uma visão ampla e original sobre a origem do câncer em uma série de de 19 artigos publicados em 1927 e 1928 na revista Brasil Médico. Inte-grando química, física, físico-química, bioquímica, genética, citologia, patologia, histologia e fisiologia, ele analisou como o câncer poderia surgir, até mesmo sem qualquer causa conhecida ou aparente, fazer as células perderem suas funções específicas e regredirem ao estado embrionário, quando são pouco diferenciadas entre si, e constituir uma síndrome, que poderia se manifestar localmente, em um órgão ou tecido mais sensível. Por limitações conceituais e instrumentais de sua época, ele não pôde ir além na confirmação ou retificação de suas conclusões, mas muitas de suas conclusões estavam corretas, como o acúmulo de ácidos – a acidose – no interior da célula tumoral. A compreensão aprofundada dos mecanismos hereditários mais profundos só seria possível depois da descoberta da estrutura da molécula de DNA, um dos alvos principais das mutações que favore-cem o crescimento de tumores, em 1953.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Carlos Henrique Fioravanti
    Graduado em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo pela Universidade de São Paulo (1983), especialização pelo Reuters Institute for the Study of Jornalism da Universidade de Oxford, Inglaterra (2007) e doutorado em Política Científica e Tecnológica pela Universidade Estadual de Campinas (2010).

Downloads

Publicado

2019-08-31

Como Citar

Pimenta Bueno e uma visão ampla sobre a origem do câncer no início do século XX. (2019). Khronos, 7, 8. https://doi.org/10.11606/khronos.v0i7.159251