No tom, como manda o figurino: a estética da chanchada pela música e a moda

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v13i2p203-224

Palavras-chave:

Chanchada, música de cinema, moda

Resumo

Este texto pretende demonstrar como o processo de nomadismo e movência dos textos artísticos pode interferir nas formas de sensibilidade e, consequentemente, nos processos de comunicação estética. Para tanto, tomamos versões paródicas de filmes da década de 1950, com o fim de verificar: 1) como a apropriação paródica estabelece uma semântica particular, considerando o trânsito entre arte e o espetáculo de entretenimento popular; 2) como as novas versões modificam o estatuto da obra e por conseguinte, sua fruição. Para este estudo, tomam-se elementos das linguagens da moda e da música. Concluímos que para além de novas formas de sensibilidade, tais obras constituem memória cultural, no seio da cultura midiática.

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Biografia do Autor

  • Heloísa de Araújo Duarte Valente, Universidade Paulista

    Professora titular no Programa de Comunicação e Cultura Midiática da Universidade Paulista (UNIP).

  • Solange Wajman, Universidade Paulista

    Professora titular no Programa de Comunicação e Cultura Midiática da Universidade Paulista (UNIP).

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Publicado

2019-09-02

Edição

Seção

Em Pauta/Agenda

Como Citar

Valente, H. de A. D., & Wajman, S. (2019). No tom, como manda o figurino: a estética da chanchada pela música e a moda. MATRIZes, 13(2), 203-224. https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v13i2p203-224