Haroldo de Campos e a poesia pós-utópica da agoridade

Autores

  • Monalisa Medrado Bomfim Universidade Federal de São Carlos

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2019.154992

Palavras-chave:

Pós-utopia, Princípio-esperança, Princípio-realidade, Octavio Paz, Walter Benjamin

Resumo

O capitalismo selvagem e predatório e o Estado repressivo e uniformizador caracterizaram o contexto histórico brasileiro após o golpe de 64. Esse cenário, ascende em Haroldo de Campos a necessidade de trazer a produção poética para o agora, para um contemporâneo que não é propriamente um momento pós-moderno, mas antes pós-utópico. Esse trabalho tem como objetivo realizar uma análise do ensaio Poesia e modernidade: da morte da arte à constelação. O poema pós-utópico, de Haroldo de Campos, relacionando-o com o livro Os filhos do barro, de Octávio Paz, o texto Sobre o conceito de história, de Walter Benjamin, e o livro O princípio esperança de Ernst Bloch, de modo a compreender e detalhar os conceitos da poesia pós-utópica. Por fim, esta caraterização visa identificar e ilustrar os traços pós-utópicos expressos na produção poética de Campos, mais especificamente nos poemas o anjo esquerdo da história e dialética do agora – 2, que compõem o livro Crisantempo: no espaço curvo nasce um.

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Biografia do Autor

  • Monalisa Medrado Bomfim, Universidade Federal de São Carlos

    Mestranda em Estudos de Literatura com bolsa CAPES, Departamento de Letras, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). E-mail: monabomfim@gmail.com

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Publicado

2019-07-30

Edição

Seção

Outras contemplações sobre a prosa e poesia nacional

Como Citar

Haroldo de Campos e a poesia pós-utópica da agoridade. (2019). Opiniães, 14, 226-242. https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2019.154992