Paisagens culturais industriais: uma abordagem sobre a gestão integrada e sustentável do patrimônio industrial.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.posfau.2019.125056

Palavras-chave:

Patrimônio industrial, Paisagem cultural, Gestão integrada, Sustentabilidade

Resumo

O artigo reflete sobre a combinação de dois conceitos: patrimônio industrial e paisagem cultural. Dessa maneira, propõe-se a análise de ações de gestão integrada e sustentável do patrimônio industrial, no sentido de unificar as políticas públicas de preservação do patrimônio cultural inerente ao processo de industrialização com as de planejamento urbano e de desenvolvimento sustentável e socioeconômico, por meio da integração das disciplinas e das partes interessadas e da participação da comunidade na tomada de decisão. Além de uma revisão bibliográfica dos conceitos em questão, o artigo analisa dois planos de gestão integrada e sustentável do patrimônio industrial: o Programa de Desenvolvimento Local Sustentável da vila de Paranapiacaba, no Brasil, e o programa do Internationale Bauausstellung Emscher Park, na região do Vale do Ruhr, na Alemanha.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

BERGER, Stefan; WICKE Christian. Um imaginário pós-industrial? A popularização do patrimônio industrial no Ruhr e a representação de sua identidade regional. Revista Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 27, n. 54, p. 231-254, jun. 2014. Disponível em: http://bit.ly/2PaymQm. Acesso em: 20 dez. 2016.

BERQUE, Augustin. Paysage-empreinte, paysage-matrice: éléments de problématique pour une géographie culturelle. L’Espace Géographique, Paris, v. 13, n. 1, p. 33-34, 1984. Doi: 10.3406/spgeo.1984.3890.

BLOTEVOGEL, Hans Heinrich. Industrielle Kulturlandschaft im Ruhrgebiet. Die Geschichte einer schwierigen Annäherung. Duisburg: Institut für Geographie, 2001. (Diskussionspapier 3).

BUCHANAN, R. Angus. Industrial archaeology in Britain. Harmondsworth: Penguin, 1972. 446 p.

CASANELLES, Eusebi. Le patrimoine industriel, un nouveau patrimoine. Journée Internationale des Monuments et des Sites, Le Patrimoine Industriel, Charenton-le-Pont, 2006. Disponível em: http://bit.ly/2rJAHtM. Acesso em: 20 dez. 2016.

CASTELLO, Lineu. Da sustentabilidade da subjetividade: o projeto IBA Emscher Park. Arquitextos, São Paulo, ano 4, n. 042.01, nov. 2003. Disponível em: http://bit.ly/361m18d. Acesso em: 20 dez. 2016.

CAUQUELIN, Anne. Paysage, rhétorique et patrimoine. In: JEUDY, Pierre-Henri (org.). Patrimoine en folie. Paris: Editions de la Maison des Sciences de l’Homme, 1990. p. 227-234. Doi: 10.4000/books.editionsmsh.3764.

CLAVAL, Paul. A geografia cultural. 3. ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2007. 458 p.

COMITÊ INTERNACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO INDUSTRIAL – TICCIH. Carta de Nizhny Tagil sobre o patrimônio industrial. Paris, jul. 2003.

CONSELHO DA EUROPA. Recommandation nº R(95)9 relative à la conservation des sites culturels intégrée aux politiques du paysage. Strasbourg Cedex: Comité des Ministres, 1995.

CONSELHO DA EUROPA. Convention européenne du paysage. Florence, 2000. (Série de Traités Européens n. 176).

CONSELHO INTERNACIONAL DE MONUMENTOS E SÍTIOS – ICOMOS. Princípios conjuntos do ICOMOS-TICCIH para a conservação de sítios, estruturas, áreas e paisagens de património industrial. Dublin, 2011.

CRUZ, Thais Fátima dos Santos. Paranapiacaba: a arquitetura e o urbanismo de uma vila ferroviária. 2007. Dissertação (Mestrado em Teoria e História da Arquitetura e do Urbanismo) – Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos, 2007. Doi: 10.11606/D.18.2007.tde-10122007-090438.

CRUZ, Thais Fátima dos Santos. Intervenções de restauro em Paranapiacaba: entre teorias e práticas. 2013. Tese (Doutorado em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.

DEL POZO, Paz Benito. Patrimonio industrial y cultura del territorio. Boletín de la A. G. E., Sevilla, n. 34, p. 213-227, 2002. Disponível em: http://bit.ly/2sDOUsC. Acesso em: 20 dez. 2016.

FIGUEIREDO, Vanessa Gayego Bello. Da tutela dos monumentos à gestão sustentável das paisagens culturais complexas: inspirações à política de preservação cultural no Brasil. 2014. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2014a.

FIGUEIREDO, Vanessa Gayego Bello. Gestão sustentável da paisagem cultural: legados e lições da experiência de Paranapiacaba. Revista CPC, São Paulo, n. 18, p. 29-55, 2014b. Disponível em: http://bit.ly/2Rj5Dfb. Acesso em: 20 dez. 2016. Doi: http://dx.doi.org/10.11606/issn.1980-4466.v0i18p29-55.

KÜHL, Beatriz Mugayar. Preservação do patrimônio arquitetônico da industrialização: problemas teóricos de restauro. Cotia: Ateliê Editorial, 2009. 328 p.

KÜHL, Beatriz Mugayar. Patrimônio industrial: algumas questões em aberto. Revista Eletrônica de Arquitetura e Urbanismo, São Paulo, n. 3, p. 23-30, 2010. Disponível em: http://bit.ly/380TnWw. Acesso em: 20 dez. 2016.

MEINING, Donald (org.). The interpretation of ordinary landscape: geographical essays. Londres: Oxford: Oxford University Press, 1979. 272 p.

MITCHELL, Nora; RÖSSLER, Mechtild; TRICAUD, Pierre-Marrie. Paysages culturels du patrimoine mondial: guide pratique de conservation et de gestion. Paris: Unesco, 2011. (Cahiers 26). Disponível em: http://bit.ly/381qwRF. Acesso em: 20 dez. 2016.

NASCIMENTO, Flávia Brito; SCIFONI, Simone. A paisagem cultural como novo paradigma para a proteção: a experiência do Vale do Ribeira-SP. Revista CPC, São Paulo, n. 10, p. 29-48, 1 out. 2010. Doi: https://doi.org/10.11606/issn.1980-4466.v0i10p29-48.

OOSTERBEEK, Luiz. Do Patrimônio ao Território: agendas para um futuro incerto. In: Padoin, Maria Medianeira; Novales, Ana Frega (org.). História: poder, cultura e fronteiras. Santa Maria: FACOS, 2017. p. 7-20.

OOSTERBEEK, Luiz. Gestão pública do património cultural: recentrar o paradigma. Al-Madan, Almada, II série, n. 22, p. 105-115, 2019.

PLIENINGER, Tobias; BIELING, Claudia (ed.). Resilience and the cultural landscape: understanding and managing change in human-shaped environments. Cambridge: Cambridge University Press, 2012. 366 p.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO ANDRÉ. Lei n°9.018/07. Zona Especial de Interesse do Patrimônio de Paranapiacaba, Santo André, 2007.

RAHÓLA, Eusebi Casanelles. Nuevo concepto de patrimonio industrial, evolución de su valoración, significado y rentabilidad en el contexto internacional. Revista del Instituto del Patrimonio Histórico Español, Madrid, n. 7, p. 59-70, 2007.

RIBEIRO, Rafael Winter. Paisagem cultural e patrimônio. Rio de Janeiro: Iphan, 2007. 152 p.

RUFINONI, Manoela Rossinetti. Preservação e restauro urbano: intervenções em sítios históricos industriais. São Paulo: Edusp, 2013. 360 p.

RÜSEN, Jör. Industriedenkmale und Geschichtskultur im Ruhrgebiet. Industriedenkmalpflege und Geschichtskultur, Essen, n. 2, 1998.

SAUER, Carl. The morphology of landscape. Oakland: University of California, 1925. p. 19-53. (Publications in Geography 2).

UNESCO WORLD HERITAGE COMMITTEE. Evaluation du dossier d’inscription du site: le paysage industriel et culturel de la mine de Zollverein. Paris, 2001a. Disponível em: http://bit.ly/35TIqUF. Acesso em: 20 dez. 2016.

UNESCO WORLD HERITAGE CONVENTION. The Zollverein Mines in Essen. Pit XII. A Monument Landscape of Universal Significance in the Heart of Europe. Paris, 2001b. Disponível em: http://bit.ly/34I8emF. Acesso em: 20 dez. 2016.

WEISSEHEIMER, Maria Regina. Paisagem cultural brasileira: do conceito à prática. Fórum Patrimônio, Belo Horizonte, v. 5, n. 2, p. 1-17, 2012.

Publicado

2019-12-19

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Paisagens culturais industriais: uma abordagem sobre a gestão integrada e sustentável do patrimônio industrial. (2019). PosFAUUSP, 26(49), e125056. https://doi.org/10.11606/issn.2317-2762.posfau.2019.125056