Estado estético e vida ética absoluta: entre Schiller e Hegel

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9772.i13p167-188

Palavras-chave:

Ética, Estética, Tragédia, Schiller, Hegel

Resumo

O artigo trata de demonstrar a validade da pressuposta relação entre o pensamento de Schiller e de Hegel, a partir de dois conceitos, à primeira vista, independentes ou mesmo divergentes entre si: estado estético [ästhetischer Staat] e vida ética absoluta [absolute Sittlichkeit]. A partir de um plano de fundo comum, isto é, o momento de passagem entre os séculos XVIII e XIX, o diagnóstico da modernidade como um estado de privação e a cisão entre os domínios sensível e racional, surge a exigência de uma solução para tal problema, que leve em conta a reciprocidade e a unidade dos âmbitos humanos, o particular e o universal, na construção de um estado pautado pela liberdade. Dessa tarefa, como o presente trabalho defende, resultam dois projetos únicos, que podem ser lidos em complementariedade, uma vez que ambos almejam um fim próximo e sua execução pode ocorrer de forma coordenada. Sustenta-se que, enquanto a proposta de Schiller por uma educação estética da humanidade incide na construção de um estado estético alinhado a uma concepção de ética e justiça que exige liberdade, autonomia e reconciliação, a proposta de Hegel igualmente pressupõe, no desenvolvimento da chamada vida ética absoluta, uma formação estética da sociedade moderna.

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Biografia do Autor

  • Norton Gabriel Nascimento, Universidade Federal de Santa Catarina

    Doutorando do Departamento de Filosofia da UFSC.

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Publicado

2019-12-20

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Nascimento, N. G. (2019). Estado estético e vida ética absoluta: entre Schiller e Hegel. Rapsódia, 1(13), 167-188. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9772.i13p167-188