O esporte em terras indígenas no Paraná: elementos para uma política pública

Autores

  • Juliana Dias Boaretto Universidade Estadual do Paraná. Centro de Ciências da Saúde
  • Giuliano Gomes de Assis Pimentel Universidade Estadual de Maringá. Centro de Ciências da Saúde

DOI:

https://doi.org/10.11606/1807-5509201700010247

Palavras-chave:

Políticas públicas, População indígena, Intercultural, Esporte, Lazer.

Resumo

Este artigo responde às seguintes questões: Para as populações indígenas do Paraná o que signifi cam as práticas corporais esportivas no lazer? Como eles interagem suas práticas locais com as manifestações não indígenas? Como podemos pensar políticas a partir das práticas sociais e do pensamento ameríndio? Em termos metodológicos, desenvolvemos pesquisa-ação junto às populações Guarani, Xetá e Kaingang. Foram realizados inventários “in loco”, consultando lideranças sobre necessidades e potencialidades esportivas de cada comunidade. Também realizamos, em articulação com este público, ações de formação de lideranças esportivas, construção de festivais, jogos estaduais e ações colaborativas de revitalização da cultura corporal desses povos. Os resultados apontam que a prática de hibridação cultural é recorrente em cada povo, mas com usos e ressignifi cações específi cas para cada terra indígena. Dentre as práticas corporais, o esporte é o elemento mais recorrente na interação multicultural, mas a pintura corporal, as lutas e as danças são eleitas para marcar a identidade da etnia junto à língua e ao artesanato. Concluímos que os povos participantes do estudo vêm no esporte dois mecanismos: a) ressignifi cação de suas práticas históricas; b) diálogo intercultural com a sociedade não indígena. Se o conhecimento deve se voltar ao interesse público, sugerimos que as políticas da área se pautem nessa intencionalidade nativa.

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Publicado

2017-12-19

Edição

Seção

naodefinida

Como Citar

O esporte em terras indígenas no Paraná: elementos para uma política pública. (2017). Revista Brasileira De Educação Física E Esporte, 31(1), 247-257. https://doi.org/10.11606/1807-5509201700010247