A vida em folhas de papel: escrita mediada na América Portuguesa

Autores

  • Silvia Rachi Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2016.115375

Palavras-chave:

Minas colonial, cultura escrita, iletrados

Resumo

Escrever é revelar. Forma de se colocar no mundo, de expressar ideias, recorrendo aos fragmentos do passado e às idealizações do amanhã. Ato de manifestação pessoal, pode, contudo, materializar-se pelas mãos de outrem. Por caminhos convencionais ou inusitados, homens e mulheres, em diferentes épocas, deixaram registradas suas versões da própria existência. No esforço de resgatar as lembranças, de fazer sentir os afetos, de expressar crenças e valores, sujeitos iletrados, valendo-se de um mediador, colocaram no papel suas representações do real e, desse modo, atuaram socialmente. Estratégicas ou não, as palavras e as expressões davam passagem, em fatias de textos, aos interiores, aos relacionamentos, às memórias, aos desejos. Aqui, tecemos breve discussão sobre o lugar e a importância da escrita mediada em Minas Gerais, no final do século XVIII e início do XIX, e buscamos destacar a potencialidade dos testamentos post mortem para o estudo dos usos da escrita nesse contexto. Para efeito de análise, dialogamos com autores da linguística e pesquisadores referenciais no estudo da sociedade colonial.

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Biografia do Autor

  • Silvia Rachi, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
    Docente no curso de História (disciplinas: Minas colonial e Brasil colônia e Império). Assistente de coordenação do Centro de Memória e de Pesquisa Histórica da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Professora de metodologia na Pós-graduação em Ensino de História da PUC Minas

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Publicado

2016-06-30

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

RACHI, Silvia. A vida em folhas de papel: escrita mediada na América Portuguesa. Revista de História, São Paulo, n. 174, p. 267–298, 2016. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2016.115375. Disponível em: https://revistas.usp.br/revhistoria/article/view/115375.. Acesso em: 26 abr. 2024.