Maquiavel e tucídides: o(s) olhar(es) da história e as figurações de historiador

Autores

  • Francisco Murari Pires Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras; Departamento de História

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.v0ispep51-67

Resumo

O olhar da história tucidideana volta a plenificação de sua valia para o futuro, quer imediato quer longínquo, por que os homens desta temporalidade a reconheçam no presente de suas ações. Retirado em Sant'Andrea di Percussina, Maquiavel volta o olhar da história para o passado. Pelo circuito dos livros de seu escritório frequenta a Corte dos antigos. Refletindo sobre esse diálogo com os antigos, Maquiavel pondera o alcance do olhar que a história presente volta para o passado, a fim de que se mobilize recíproca interpelação de conhecimentos modernos e antigos sobre os modos por que nela agem os homens. Desde os inícios com Heródoto e Tucídides, o dilema da historiografia é posto: relatos verídicos contra mentirosos, neutralidade e isenção contra parcialidade e comprometimento. Por que as histórias são contadas a um público a que elas estão destinadas, como conformar modos narrativos para obter o reconhecimento da imparcialidade do historiador e veracidade de sua história:? Quais virtudes se exigem dele consoante as recomendações de preceitos e deveres narrativos que consagrem a autoridade de sua persona historiográfica? Por quais figurações retóricas de caracterização dessa persona de historiador Maquiavel e Tucídides enfrentaram o dilema assim disposto a responder pela utilidade a que esse saber almeja?

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Publicado

2010-06-30

Edição

Seção

Narrativa Historiográfica

Como Citar

Maquiavel e tucídides: o(s) olhar(es) da história e as figurações de historiador . Revista de História, [S. l.], n. spe, p. 51–67, 2010. DOI: 10.11606/issn.2316-9141.v0ispep51-67. Disponível em: https://revistas.usp.br/revhistoria/article/view/19136.. Acesso em: 28 mar. 2024.