A representação musical do nativo americano no cinema

O uso das tópicas nativo americano selvagem, nativo americano nobre e da música indígena autêntica na trilha musical cinematográfica

Autores

  • Juliano de Oliveira Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes.
  • Rodolfo Coelho de Souza Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-7117.rt.2018.151142

Palavras-chave:

Música de cinema, Tópicas musicais, Estereótipos musicais, Música indígena

Resumo

Este artigo busca demonstrar as formas de representação do nativo americano por meio da música no cinema ao longo do século XX, partindo das primeiras coletâneas utilizadas para acompanhamento musical durante o cinema silencioso até a música original composta para filmes dos anos 1930 a 1990. Para tal, estenderemos o conceito de tópica musical, tal como formulado por Ratner, Agawu e Hatten, para o âmbito da música de cinema, a fim de compreender o desenvolvimento das tópicas nativo americano selvagem e nativo americano nobre, bem como experiências de inclusão da autêntica música indígena na trilha musical cinematográfica.

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Biografia do Autor

  • Juliano de Oliveira, Universidade de São Paulo. Escola de Comunicações e Artes.

    Juliano de Oliveira é graduado (2009) em Licenciatura em Música pela ECA/USP, campus Ribeirão Preto, mestre (2012) em Musicologia e Doutor (2017) em Teoria e Análise pela ECA/USP, campus São Paulo. É autor do livro “A Significação na Música de Cinema”, lançado em 2019 pela Paco Editorial. É integrante do Centro de Estudos em Música e Mídia (MusiMid) desde 2011. Tem experiência na área de artes, com ênfase em música, atuando principalmente nos seguintes temas: teoria e análise, significação na música de cinema, composição de trilha musical para vídeo e teatro, música eletroacústica e tecnologia musical. Produziu, entre fevereiro de 2011 e agosto de 2013, juntamente com o prof. Dr. Marcos Câmara de Castro, o programa “Clássicos em Pauta”, veiculado quatro vezes por semana, terça e quinta às 10h40 e 15h20, na Rádio USP de Ribeirão Preto. Desde 2015 atua como pianista e professor de teoria junto ao coral da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto.

  • Rodolfo Coelho de Souza, Universidade de São Paulo

    Rodolfo Coelho de Souza é Professor Titular do Departamento de Música da Universidade de São Paulo, vinculado à Faculdade de Filosofia Ciência de Letras de Ribeirão Preto. Atua como orientador de doutorado na Pós-Graduação em Música da Escola de Comunicações e Artes da USP. De 2000 a 2005 foi Professor do Departamento de Artes da UFPR. Graduou-se em Engenharia pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (1976), fez Mestrado em Musicologia na ECA-USP (1994) e Doutorado em Composição Musical na University of Texas at Austin (2000). Em 2009 realizou pesquisas de pós-doutorado na University of Texas at Austin com E. Antokoletz e R. Pinkston. Em 2006 tornou-se Professor Livre Docente. Em 2018 tornou-se Professor Titular. Atua nas áreas de Composição Musical, Tecnologia da Música e Musicologia Analítica. Foi coordenador do Lacomus — Laboratório de Computação Musical da UFPR (2001-2004) e atualmente é coordenador do LATEAM — Laboratório de Teoria e Análise Musical do DM-FFCLRP-USP. Foi editor do pediódico Musica Theorica da TeMA — Associação Brasileira de Teoria e Análise Musica e atualmente é presidente da TeMA para o biênio 2019-20. Entre suas composições musicais destacam-se: O Livro dos Sons (2010) para orquestra e sons eletrônicos, Concerto para Computador e Orquestra (2000) e Tristes Trópicos (1991). É bolsista de Produtividade em Pesquisa PQ2 do CNPq.

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Publicado

2018-12-28

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

A representação musical do nativo americano no cinema: O uso das tópicas nativo americano selvagem, nativo americano nobre e da música indígena autêntica na trilha musical cinematográfica. (2018). Revista Da Tulha, 4(2), 77-96. https://doi.org/10.11606/issn.2447-7117.rt.2018.151142