Intelligere
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Intelligere: Revista de História Intelectual é um periódico científico quadrimestral, eletrônico, quadrilingue (português, espanhol, francês e inglês) dedicado aos estudos de História Intelectual e História das Ideias. Criada em 2015 por iniciativa do Grupo de Pesquisa em História Intelectual, do Departamento de História da Universidade de São Paulo, a revista Intelligere conta com um amplo conselho científico, formado por pesquisadores de diversas universidades do Brasil e do exterior.Universidade de São Paulo / Centro Interunidades de Historia da Cienciapt-BRIntelligere2447-9020<p>Autores que publicam em <em>Intelligere</em> concordam com os seguintes termos:</p> <ol type="a"> <ol type="a"> <li class="show">Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</li> <li class="show">Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li> <li class="show">Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</li> </ol> </ol> <p> </p> <p> </p>Expediente
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ExpedienteEquipe Editorial
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2023-12-202023-12-20c10.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.223071Apresentação e sumário
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/223069
Apresentação e sumárioEquipe Editorial
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2023-12-202023-12-20iii10.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.223069Sobre o gesto infantil na primeira poesia de Hilda Hilst e Eglê Mallheiros (ou: os anos 1950, uma propedêutica)
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/219077
<p>O artigo se ocupa dos três primeiros livros de poemas de Hilda Hilst – <em>Presságio</em>, <em>Balada de Alzira</em> e <em>Balada do festival</em> – e do primeiro de Eglê Malheiros – <em>Manhã</em> –, questionando-lhes sobre o que guardam do gesto infantil como potência literária. Para tanto, busca situá-los na década de 1950, quando foram publicados, atentando para o movimento intelectual no qual se inserem, assim como à primeira recepção crítica da obra de Hilst, assinada por Lygia Fagundes Telles. A partir dessas considerações, são tensionadas as leituras do existencialismo e do marxismo, respectivamente em Hilst e em Malheiros, observando como, a partir do conflito com esses postulados teóricos, o gesto infantil se coloca como potência estética capaz de dar forma ao tempo. O trabalho se conclui apontando à permanência da in-fância na obra das escritoras ao correr da segunda metade do século XX.</p>
ArtigosHilda HilstEglê MalheirosMarxismoExistencialismoanos 1950Natan Schmitz KremerAlexandre Fernandez Vaz
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2023-12-202023-12-2010012910.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.219077Expediente
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217850
ExpedienteEquipe Editorial
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2023-10-272023-10-27c10.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217850Filosofia, certeza, ética
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217849
EditorialEstevão C. de Rezende Martins
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2023-10-272023-10-27vxi10.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217849Apresentação e sumário
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217848
Apresentação e sumárioEquipe Editorial
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2023-10-272023-10-27iiv10.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217848Sobre a credibilidade da religião
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217740
<p>Este artigo propõe dois critérios para a credibilidade da religião, onde "religião" é entendida como um sistema de crenças. Distinguimos entre sistemas de crenças científicas (SBS) e religiosas (RBS) e nos concentramos nelas neste estudo, embora não descartemos outras, como as metafísicas ou visões de mundo. Os critérios consistem em duas teses e duas normas. As duas teses defendem a proposta de que, para cada sistema de crença específico, há um limite superior e um limite inferior para sua credibilidade. O limite superior (limite inferior) é um limite além (abaixo) do qual uma justificativa racional desse sistema de crenças é impossível. A norma 1 diz que não se deve exigir que o grau de credibilidade de um RBS seja maior do que o de qualquer SBS, nem notavelmente maior do que o limite superior de algum SBS. A norma 2 diz que, se for exigido que o nível exigido para a credibilidade de um SBS seja maior ou igual ao limite inferior do mesmo, isso também deve ser exigido para um RBS, caso contrário, haverá poucos ou fracos motivos para sua credibilidade. A menos que ambas as normas sejam cumpridas, é impossível uma justificativa racional do respectivo sistema de crenças. As normas são entendidas como normas metodológicas do respectivo sistema de crenças.</p>
ArtigosCredibilidade da religiãoSistema de crença científicaLimiar de credibilidadeGrau de credibilidadePaul Weingartner
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2023-10-272023-10-2730433310.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217740Metafísica e Crítica da Metafísica
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217738
<p>.</p>
ArtigosWolfgang Röd
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2023-10-272023-10-279411110.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217738Dilemas morais e políticos na época da pandemia do coronavírus
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217737
<p>Neste artigo, proponho uma análise filosófica dos graves dilemas morais e políticos dilemas morais e políticos com os quais fomos confrontados durante o período da pandemia de Covid-19, antes e depois da disponibilidade do vírus corona. 19, antes e depois da disponibilização das vacinas. Eu me baseio em uma variedade de teorias normativas teorias normativas, principalmente da filosofia moral, e tento fornecer uma avaliação comparativa da aplicação de princípios consequencialistas e deontológicos, bem como de conceitos conceitos da ética da virtude, com o objetivo de destacar sua complementaridade.</p>
ArtigosDilemas morais e politicosLiberalismoUtilitarismoDeontologia kantianaVirtudes epistêmicas e moraisStelios Virvidakis
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2023-10-272023-10-2728430310.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217737Singularidade e problemas de coordenação: Lições da Pandemia de 2020
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217736
<p>Há indícios de que uma Singularidade Tecnológica possa estar no horizonte? Na tentativa de responder a essas perguntas, os autores fizeram uma pequena introdução à área de pesquisa de segurança em inteligência artificial. Os autores revisam alguns dos paradigmas atuais no desenvolvimento de sistemas inteligentes autônomos, buscando evidências que possam indicar a chegada de uma possível Singularidade Tecnológica. Por fim, os autores apresentam uma reflexão a partir da pandemia da COVID-19, que mostrou que o maior problema da sociedade global na gestão de riscos existenciais é a falta de capacidade de coordenação como sociedade global.</p>
ArtigosSigularidadeInteligência ArtificialRisco ExistencialPandemia de CoronavírusNythamar de OliveiraNicholas Kluge Corrêa
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2023-10-272023-10-2740543110.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217736Propuesta para una dimensión social de la Globalización en tiempos de pandemia: ¿Podemos contribuir a un desarrollo del proceso de Globalización que sea más ético y socialmente sostenible?
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217735
<p>Se trata de ofrecer una conceptualización del proceso de la globalización contemporánea, bajo la perspectiva de una reflexión teórico-práctica, a saber, desde valores universalmente aceptados y compartidos, que conduzcan, a su vez, a un desarrollo de la globalización socialmente robusto y a la buena “gobernanza” de la globalización centrada no en utopías, sino en la resolución de los problemas reales de las personas mediante acuerdos y contratos. Se expone también el nuevo concepto de “desglobalización” y cómo la pandemia del covid-19, que está “globalizada,” está teniendo unas consecuencias sanitarias, económicas y sociales, llenas de incertidumbre como nunca se había experimentado y que nos plantea grandes retos globales.</p>
ArtigosGlobalizaciónFactores multicausalesPrincipio éticos y socialesGlobalización más ética y socialDesglobalizaciónPandemiaCovid-19Comunidad GlobalCooperaciónInter y transdisciplinariedadAcuerdos contratos nacionales y internacionalesNicanor Ursua
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2023-10-272023-10-2737540410.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217735Eventos naturais e responsabilidade moral
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217734
<p>Neste artigo pretendo discutir a questão dos supostos desastres naturais, a partir de uma perspectiva moral. Para tal, pretendo, em primeiro lugar, analisar o próprio conceito de desastre natural, distinguindo juízos descritivos acerca de eventos naturais e juízos valorativos, que envolveriam uma interpretação negativa acerca da ocorrência de certos eventos naturais. Em seguida, pretendo analisar a responsabilidade dos seres humanos em face das consequências negativas de tais eventos. Com isso pretendo analisar algumas escolhas por formas de vida feitas por seres humanos, o risco inerente as mesmas e o nosso compromisso moral com a prevenção de eventos naturais, cujas consequências possam vir a ser desastrosas. Para concluir pretendo esboçar algumas medidas morais e políticas necessárias à prevenção de desastres e apontar, senão para uma solução, ao menos para uma forma de vida mais responsável e comprometida.</p>
ArtigosEventos naturaisResponsabilidade moralMaria Clara Dias
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2023-10-272023-10-2727128310.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217734Utilitarismo e teoria da justiça
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217732
<p>O Utilitarismo, com especial referência ao Utilitarismo Clássico, tem sido considerado uma Teoria do Direito que padece dos defeitos de uma interpretação empirista e positivista. Assim, não teria uma resposta para algumas perguntas que interrogam sobre questões abstratas atinentes aos fundamentos da ordem jurídica. Neste texto se pretende argumentar que essa alegação é infundada.</p>
ArtigosÉticaUtilitarismoUtilitarismo ClássicoJeremy BenthamFilosofia do DireitoTeoria da JustiçaLuis Alberto Peluso
Copyright (c) 2023 Luis Alberto Peluso
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2023-10-272023-10-2743245010.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217732O que é uma sentença teórica? Estrutura e implicações sistemáticas de uma constante filosófica elementar nunca adequadamente tematizada
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217731
<p>Neste ensaio é tratado um tema aparentemente marginal e completamente desleixado por filósofos de todas as correntes, a saber: a estrutura e a relevância sistemática das sentenças teóricas. O conceito central explicativo é o conceito de operador teórico aplicado a sentenças.</p>
ArtigosSentençaSentença teóricaOperador teórico universalDimensão última do pensarSer primordialLorenz B. Puntel
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2023-10-272023-10-27457410.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217731Historism – Partisanship - Racism: On the Erosion of the Epistemic Foundations of Knowledge
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217730
<p>Muitas vezes chamado de “historismo”, o relativismo histórico-cultural em sua variante que remonta ao século XIX século XIX, tem sido frequentemente interpretado como a expressão de uma atitude fraca e insegura, e tem sido e foi combatido principalmente pelos dois grandes movimentos totalitários do século XX. Contra o historismo mais contra o historismo mais recente, o pós-modernismo e suas exigências de tolerância, que supostamente são úteis apenas para a classe dominante, seus oponentes proclamam classe dominante, seus oponentes proclamam valores, normas morais e critérios cognitivos que estão intimamente ligados à etnia e à raça desses críticos. Até mesmo a universalidade cognitiva é mera ideologia para eles.</p>
ArtigosHistorismoPós-modernismoArbitrariedade de valoresPartidarismo moral e epistêmicoNovo racismoKarl Acham
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2023-10-272023-10-2711213910.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217730A resiliência da Filosofia
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217729
<p>Um docente (aposentado) de filosofia, homenageando um colega, também aposentado, reflete sobre a articulação filosofia-escola, a partir da análise do ensino de filosofia na Faculdade de Letras de Lisboa, designadamente entre 1957-2000. Em termos de conclusão, aponta para a permanência do legado da filosofia grega na arquitectura disciplinar da escola ocidental, em desafio ciência/filosofia, devendo-se à resiliência desta a dinamização/superação da cultura que tem dominado a escola ocidental - laboratório de redutora racionalidade científica e técnica.</p>
ArtigosCulturaDisciplinasEscolaLinguagemLisboaJoaquim Cerqueira Golçalves
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2023-10-272023-10-27759310.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217729Fora da história não há salvação? Filosofia da história no início do século 21
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217728
<p>.</p>
ArtigosEstevão C. de Rezende Martins
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2023-10-272023-10-2717520710.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217728UnB, uma universidade inovadora: Relações Internacionais como campo de estudo no Brasil
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217727
<p>O campo de estudos sobre Relações Internacionais foi implantado no Brasil pela Universidade de Brasília que, em 1974, estabeleceu o primeiro curso regular sobre o tema. Este ensaio faz um relato analítico dessa experiência para a UnB e para o meio intelectual e político no Brasil que, por sua vez, passava por grandes transformações econômicas, sociais e políticas.</p>
ArtigosHistória da Universidade no BrasilCiência PolíticaRelações InternacionaisCiência e Ensino Universitário no BrasilEiiti Sato
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2023-10-272023-10-2715217410.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217727Putting Science to Work
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217725
<p>Embora seja incontestável que existe uma relação íntima entre a ciência teórica e o progresso tecnológico, a relação é persistentemente deturpada. O que é especialmente mal compreendido é quão indireta é a aplicação em tecnologia e engenharia de leis científicas. Isso não é diminuir a importância da ciência básica, mas situá-la corretamente. Permite-nos também identificar o sentido em que a tecnologia é uma aplicação da ciência, e explicar como ela participa plenamente de sua racionalidade.</p>
ArtigosCiência teóricaProgresso tecnológicoCiência aplicadaDavid Miller
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2023-10-272023-10-27144410.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217725Ceticismo e Filosofia Analítica
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217724
<p>Esse texto propõe a consideração da Filosofia Analítica como herdeira das questões céticas antigas e moderna em sua discussão sobretudo no campo da epistemologia. Seguimos então a hipótese de que no início da Modernidade a retomada do ceticismo antigo levou ao desenvolvimento ceticismo moderno que por sua vez abriu caminho para o antidogmatismo e o pensamento crítico característicos da Filosofia Analítica contemporânea.</p>
ArtigosFilosofia AnalíticaCeticismoEpistemologiaDanilo Marcondes
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2023-10-272023-10-2714015110.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217724Berkeley e o relógio vazio. Um exercício em filosofia da ciência
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217485
<p align="justify"><span style="font-family: Garamond, serif;"><span style="font-size: medium;">Neste artigo forneço evidências para a visão, frequentemente questionada na literatura, de que Berkeley concebeu e explorou sistematicamente, desde seus cadernos de juventude até sua última grande obra, </span></span><span style="font-family: Garamond, serif;"><span style="font-size: medium;"><em>Siris</em></span></span><span style="font-family: Garamond, serif;"><span style="font-size: medium;">, um projeto filosófico coerente e unificado para a filosofia natural, cujos fundamentos metafísicos são a imaterialidade e inatividade causal dos corpos, derivados, a seu turno, de uma teoria do conhecimento estritamente empirista. Elegendo como eixo principal o tratamento dado por Berkeley à aparente irregularidade dos fenômenos naturais, procuro mostrar que há recursos suficientes, dentro de seu próprio sistema, para lidar com as múltiplas dificuldades que têm sido apontadas para que nele se enxergue a busca de um objetivo bem definido, anunciado explicitamente nos subtítulos dos </span></span><span style="font-family: Garamond, serif;"><span style="font-size: medium;"><em>Princípios</em></span></span><span style="font-family: Garamond, serif;"><span style="font-size: medium;"> e dos </span></span><span style="font-family: Garamond, serif;"><span style="font-size: medium;"><em>Três Diálogos</em></span></span><span style="font-family: Garamond, serif;"><span style="font-size: medium;">: investigar as “principais causas de erros e dificuldades nas ciências”, para que sejam tornadas “mais fáceis, úteis e enxutas”. Em que pese o risco de eventuais anacronismos, sugiro, como recurso adicional de análise do projeto berkeleyano, alguns possíveis paralelos entre ele e a forma pela qual o problema do realismo científico já vinha sendo efetivamente tratado desde, pelo menos, Descartes, e que em nossos dias alcançou proeminência nos debates entre filósofos da ciência.</span></span></p>
ArtigosGeorge BerkeleyInatividade casual dos corposFilosofia naturalExplicações científicasRealismo científicoSilvio Seno Chibeni
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2023-10-272023-10-2720824010.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217485Some reflections on the methodology of philosophy
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217484
<p align="justify"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Garamond, serif;"><span style="font-size: medium;">The metaphilosophical thesis is put forth that the three main areas of any serious philosophical reflection are: ontology, epistemology, and (philosophical) semantics. To some extent, they can be dealt with independently from each other, but on a certain level of sophistication in the analysis, their mutual relationships have to be taken into account.</span></span></span></p>
ArtigosMetaphilosophyOntologyEpistemologySemanticsC. Ulises Moulines
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2023-10-272023-10-2781310.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217484Nova ordem mundial: oportunidades e desafios para a Lusofonia
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217483
<p align="justify"><span style="font-family: Garamond, serif;"><span style="font-size: medium;">Neste trabalho é abordada primeiro a nova ordem mundial emergente sob perspetiva histórica, levando em consideração as duas Grandes Guerras, o consequente multilateralismo, o surgimento do mundo bipolar pós segunda Grande guerra e a Ascensão e declínio do Mundo Unipolar sob a Hegemonia dos EUA. Seguidamente é descrita a força política e económica da China e da Rússia, os novos global players que dominarão a estruturação da nova ordem mundial juntamente com os EUA. Neste contexto é focada a possível influência da China e da Rússia nos países lusófonos, especialmente os situados na África e no Brasil. No final discute-se até que ponto a lusofonia pode e deve tornar-se um poder global, e a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) como expressão desse poder, deve enquadrar-se na nova ordem mundial. Os pressupostos desse enquadramento são discutidos e exigem, para além de uma unidade muito forte dos países lusófonos, uma estratégia de política externa para articular e traduzir a força lusófona numa abordagem integrada e fazer fluir sua força econômica e institucional em uma nova política mundial.</span></span></p>
ArtigosLusofoniaRelações InternacionaisNova ordem mundialGeopolíticaAurobindo Xavier
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2023-10-272023-10-2733437410.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217483Conceito e lógica em Frege
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217482
<p align="justify"><span style="font-family: Garamond, serif;"><span style="font-size: medium;">Um dos feitos mais notáveis alcançados por Frege no âmbito do seu trabalho lógico-filosófico foi o de ter proposto uma visão inteiramente nova do conceito. Como aqui se mostrará, é esta visão do conceito, em que o mesmo é tomado como uma função de um tipo específico, que, por sua vez, se encontra subjacente aos sucessos e insucessos da Lógica de Frege e do seu programa logicista.</span></span></p>
ArtigosFregeConceitoFunçãoProposiçãoLógicaAntónio Zilhão
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2023-10-272023-10-2724127010.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217482Os três mosqueteiros daqui
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/217481
<p>.</p>
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2023-10-272023-10-271710.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.217481Intelectuais peruanos em debate sobre indigenismo nas revistas América Indígena e Perú Indígena: do nacional ao continental (1950-1954)
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/1-35
<p style="margin: 0cm; text-align: justify; background: white;"><span style="font-family: 'Garamond',serif; color: #222222;">O artigo aborda um debate entre divergentes perspectivas indigenistas defendidas por intelectuais peruanos durante a primeira metade da década de 1950 nas revistas <em>América Indígena </em>e<em> Perú Indígena</em>, publicações dos Institutos Indigenistas Interamericano e Peruano (I.I.I. e I.I.P.), respectivamente. Mostramos como as discussões travadas pelos autores do país andino estiveram marcadas por uma perspectiva continental, não obstante reconhecessem as especificidades da questão indígena no seu cenário nacional. </span><span style="font-family: 'Garamond',serif; color: black;">Uma análise efetivamente complexa sobre o indigenismo exige ir além da perspectiva nacional para desvendar suas conexões externas, sobretudo a partir da década de 1940, quando se constituiu uma instituição de caráter continental, o I.I.I., que buscou não apenas congregar os debates sobre o tema como também fomentou a criação de institutos indigenistas nacionais a ela vinculados, como foi o caso do I.I.P., criado em 1946. </span><span style="font-family: 'Garamond',serif; color: black;">Portanto, desenvolvemos nossa análise do debate peruano a partir de uma abordagem transnacional, visando abarcar simultaneamente sua inserção no cenário nacional do Peru e seus diálogos continentais. </span><span style="font-family: 'Garamond',serif; color: black;">Neste estudo, conjugamos a perspectiva do contextualismo linguístico com recursos metodológicos da História dos Intelectuais, buscando enfatizar a dimensão da sociabilidade intelectual envolvida no debate analisado.</span></p>
ArtigosIndigenismoIntelectuais peruanosRevistas culturaisNatally Vieira Dias
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2023-12-202023-12-2010.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.216041Günther Anders chega ao Brasil para impedir o fim do mundo
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/214790
<p>Esta resenha apresenta e discute a publicação brasileira de Wir Eichmannsöhne: offener Brief na Klaus Eichmann (2001), obra que reúne as cartas do filósofo alemão Günther Anders endereçadas a Klaus Eichmann – filho do algoz nazista Adolf Eichmann – nas décadas de 1960 e 1980. Versado diretamente da edição alemã por Felipe Catalani, Nós, filhos de Eichmann veio a público pela Editora Elefante (março/2023). O livro interrompe um hiato de pelo menos 16 anos do último volume de Anders publicado no país: a reedição de Kafka: pró & contra, pela Editora Cosac Naify, em 2007 – o original data de 1969 pela Editora Perspectiva. A resenha que segue enfatiza as principais categorias mobilizadas por Anders no decorrer de sua obra, em particular discrepância prometeica e monstruosidade. Falamos de seu estilo literário e seu rigor filosófico. Destacamos o tom crítico à sociedade moderna a partir de reflexões políticas e morais. Enfatizamos o vínculo de seu pensamento com uma tradição intelectual conhecida como antropologia filosófica. Observamos as relações entre responsabilidade e consciência histórica. Por fim, expressamos o desejo pela continuidade das traduções de Günther Anders no Brasil, em especial de seu monumental Die Antiquiertheit des Menschen (A obsolescência do homem).</p>
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2023-12-202023-12-2016718510.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.214790Tobias Barreto entre a menoridade e o discernimento: da crítica do direito penal à tarefa das Ciências Sociais no Brasil (1830-1884)
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/213967
<p>Dos primeiros escritos e polêmicas em Escada – PE aos debates em Recife, a trajetória de Tobias Barreto de Menezes (1839-1889) foi marcada pela atuação como poeta, advogado, Curador Geral de Órfãos, Juiz Substituto e professor comprometido com um projeto abolicionista, liberal e republicano. Daí emergiu a sua crítica ao direito penal, conforme se lê em “Menores e loucos em Direito Criminal” (1884). Tal debate se deu nos anos 1860 como parte do dispositivo da menoridade, isto é, a rede de saberes e poderes que tornou possível a emergência do menor delinquente como uma “questão social”. O artigo problematiza a crítica ao conceito de discernimento em Tobias Barreto, situando-a em sua proposição sobre o papel sociopolítico do Direito. Metodologicamente, opera-se com a análise do discurso, partindo da obra “Menores e loucos em Direito Criminal”, articulando-a com textos produzidos a partir dos anos 1870, a saber: artigos de imprensa, textos avulsos, poemas, escritos forenses e a legislação penal. Assim, as proposições deste intelectual negro e de origem humilde fizeram parte de um diagnóstico e um prognóstico sobre o papel das Ciências Sociais para reconhecer as leis e as instituições como efeito da cultura e das relações sociais de dominação e resistência. </p>
ArtigosTobias BarretoJustiça Juvenil no BrasilDireito CriminalDispositivo da MenoridadeJosé dos Santos Costa Júnior
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2023-12-202023-12-20679910.11606/issn.2447-9020.intelligere.2023.213967Expediente
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/213695
ExpedienteEquipe Editorial
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2022-06-262022-06-26cGuilherme de Ockham (1285-1347) e o problema da liberdade: direito, poder e comunidade cristã em fins da Idade Média
https://revistas.usp.br/revistaintelligere/article/view/213692
<p>A temática da liberdade consistiu na tópica fundamental de toda a produção escrita do franciscano Guilherme de Ockham (1285-1347). Em sua trajetória na Universidade de Oxford, dedicou-se à lógica, com ênfase na teoria das proposições, e envolveu-se na Questão dos Universais, posicionando-se favoravelmente aos nominalistas, para os quais o particular precede o universal. Exilado na corte de Luís da Baviera em Munique a partir de 1328, deu início a uma produção concentrada na temática do poder, em estreita associação com a doutrina franciscana da pobreza. Seus pressupostos podem nos fornecer pistas sobre o percurso das doutrinas medievais da justiça e sobre a persistência de seu éthos no tempo presente.</p>
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2022-06-262022-06-2611813810.11606/issn.2447-9020.intelligere.2022.213692