https://revistas.usp.br/revistalabverde/gateway/plugin/WebFeedGatewayPlugin/atomRevista LABVERDE2022-10-15T12:12:03-03:00Maria de Assunção Ribeiro Francolabverde@usp.brOpen Journal Systems<p>A Revista LABVERDE, criada em 2010 pelo Laboratório LABVERDE, com periodicidade semestral (março-agosto), tem por objetivo divulgar o andamento e resultado das pesquisas científicas, a nível de pós-graduação e promover eventos e encontros científicos, em suas áreas de atuação. Esta decisão editorial de produção somente em suporte digital teve a intenção de tornar a Revista mais ágil, facilitando tanto a colaboração quanto a leitura de pesquisadores, profissionais e demais interessados em temáticas instigantes e abordagens inovadoras na área de Arquitetura Urbanismo e Design.</p> <p> </p>https://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/203555Editorial Dossier #2: Soluções baseadas na Natureza para a resiliência urbana na América Latina2022-11-28T08:53:36-03:00Taícia Helena Negrin MarquesMaria de Assunção Ribeiro Franco
<p class="corpotexto">As Soluções baseadas na Natureza (SbN) vêm ganhando repercussão nos países da América Latina a partir principalmente da consolidação de enfoques ecossistêmicos já aplicados localmente tais como, Infraestrutura Verde, Infraestrutura Natural e Adaptação baseada em Ecossistema. As SbN demonstram ser uma alternativa para enfrentar a escassez de recursos naturais, tornar as cidades mais resilientes às mudanças climáticas e promover novos formatos de planejamento que considerem a complexa problemática socioambiental urbana desses países.</p>
2022-11-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Maria de Assunção Ribeiro Franco, Taícia Helena Negrin Marqueshttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/189374Mercantilização de Parques: o SbN na produção de Espaços Verdes em Lima2022-11-28T10:00:05-03:00Victor Peña Guillen
<p>Soluções baseadas na natureza (SbN), propor alternativas para aumentar o acesso aos serviços ecossistêmicos da cidade, por meio a instalação de infraestrutura natural. No entanto, devido ao seu caráter tecnicamente, essas propostas não questionam o mecanismo que produz o espaço; seu papel é principalmente orientado para fornecer o procedimento de planejamento e projetar usando as funções do ecossistema, disponíveis no local, para criar um valor que seja aceito pela sociedade. Nesse sentido, o SbN eles intervêm melhorando as funções do ecossistema. Ainda assim, a configuração territorial subjacente permanece funcional para a dinâmica capitalista de circulação de bens e distribuição desigual e acumulação de riqueza no espaço. O estudo atual aborda as estratégias de SbN e as questiona em relação à estrutura descrita de distribuição de espaço no mercado livre. O método selecionado é empregado para identificar e analisar essas estratégias utilizando o referencial teórico da Ecologia Política Urbana. Esta análise busca identificar as contribuições do NbS que buscam uma solução estrutural para a distribuição e acesso desigual dos espaços verdes urbanos. Sugere-se um direcionamento para garantir ao SbN um papel na promoção da ação social junto com a valorização dos espaços verdes. A chave para esse esforço é abraçar o caráter espacial do SbN e o grande papel que ele tem na prática e na experiência da vida social.</p>
2022-11-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Victor Peña Guillenhttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/188504Proposição de wetlands como Solução Baseada na Natureza para situações emergenciais: o caso da Vila Gênesis, Campinas2022-11-28T09:54:24-03:00Karen MurakavaVera Santana Luz
<p>Perante a contradição entre o direito à habitação e o direito ao meio ambiente, são priorizadas formas de provimento imediato e emergencial de populações, como suprimento da demanda não atendida pelo estado quanto ao déficit de moradia e de saneamento, inclusive para proteção do sistema hídrico. Mediante a precariedade da infraestrutura sanitária em áreas periféricas urbanas, caracterizadas por fragilidades socioespaciais e ambientais, elegeu-se o estudo de caso de setor da Vila Gênesis, Campinas, onde há uma comunidade ocupando área definida como de proteção ambiental, lindeira ao Ribeirão Anhumas. O artigo apresenta a investigação de tratamento de esgotos através de processo de fitorremediação por wetlands ou jardins filtrantes como Solução baseada na Natureza (SbN), buscando evitar a contaminação, com técnicas de fácil instalação e manutenção, com potencial de qualidade paisagística, no recorte territorial estabelecido, que padece pela precariedade das habitações e ausência de infraestruturas, vertendo o esgoto diretamente no córrego. A metodologia consiste na investigação de referências bibliográficas e documentais sobre o saneamento no Brasil e em São Paulo e de técnicas de fitorremediação por sistemas wetlands ou jardins filtrantes, para proceder a ensaios de instalação no estudo de caso, mediante levantamento cartográfico e aerofotogramétrico. Os estudos teóricos e os dados urbano-territoriais e marcos legais levantados apontaram para o déficit de saneamento de esgotos, cujo desdobramento corrobora na importância desses sistemas para atender a carência em comunidades caracterizadas por fragilidades socioespaciais e ambientais. Os resultados alcançados apresentam um ensaio de implantação de wetlands de sistema francês como processo de tratamento de efluentes descentralizado para o estudo de caso, cujo alcance aponta para a possibilidade de replicabilidade em situações semelhantes.</p>
2022-11-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Vera Santana Luz, Karen Murakavahttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/188817Soluções Baseadas na Natureza e adaptação climática no Brasil: estudo de cidades costeiras vulneráveis2022-11-25T14:39:08-03:00Deize Sbarai Sanches XimenesIvan Carlos Maglio
<p>As cidades costeiras brasileiras vêm sofrendo riscos devido aos eventos climáticos, e o rápido desenvolvimento urbano agrava este cenário de perdas humanas e ambientais. O primeiro grande impulso às estratégias de adaptação climática no planejamento foi o desenvolvimento do Plano Nacional de Adaptação à Mudança do Clima, que orienta a integração do uso e ocupação do solo à preservação ambiental e prevenção aos riscos de desastres naturais. Neste contexto de vulnerabilidade urbana a eventos extremos, as Soluções baseadas na Natureza (SbN) são importantes estratégias de conservação da biodiversidade, destacando-se as medidas de adaptação baseadas em ecossistemas (AbE), que fortalecem a resiliência urbana, e vem ganhando destaque pelos seus múltiplos benefícios; utilizam da conservação e restauração de ecossistemas para oferecer serviços ambientais e possibilitam defesas naturais contra enchentes e deslizamentos. As cidades costeiras brasileiras como Salvador, Recife, Rio de Janeiro e Santos são consideradas com alta vulnerabilidade às mudanças climáticas, e vem desenvolvendo ações de adaptação e índices de vulnerabilidade que analisamos neste artigo. No caso de Santos, no Estado de São Paulo, em seu Plano de Mudanças Climáticas, foi proposto projeto de AbE na área urbana de Monte Serrat para a recuperação e ampliação dos remanescentes de Mata Atlântica com a participação da comunidade local. Concluiu-se que há um grande potencial para soluções baseadas na natureza - SbN, e em especial de medidas AbE, nas cidades costeiras mais vulneráveis a riscos climáticos, mas ainda há poucas ações concretas aplicadas para ampliar a segurança da população e a recuperação ambiental. Com a evolução da adaptação climática no Brasil há uma demanda emergencial por prognósticos e identificação de riscos climáticos na escala local, e em ações de AbE para ampliar a prevenção de risco. Para tal é necessário maior disseminação do conhecimento técnico-científico em vulnerabilidade climática, intercâmbio com redes mundiais em resiliência urbana e maior investimento em ações de AbE no âmbito da adaptação climática.</p>
2022-11-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Deize Sbarai Sanches Ximenes, Maglio, Ivan Carloshttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/193142Soluções baseadas na natureza para a resiliência urbana na América Latina2022-01-27T18:04:40-03:00Taícia Helena Negrin MarquesMaria de Assunção Ribeiro Franco2021-12-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2021 Taícia Helena Negrin Marques, Maria de Assunção Ribeiro Francohttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/189334Várzeas construídas como Soluções Baseadas na Natureza (SbN) para readequação de rios e córregos urbanos2022-11-28T09:11:32-03:00João Pedro Coelho BeliniFilipe Chaves GonçalvesJoaquin Ignacio Bonnecarrère Garcia
<p>A abordagem adaptativa do planejamento urbano busca construir uma capacidade de resiliência como etapa prévia para sustentabilidade. Em sintonia, o estudo adotou as Soluções Baseadas na Natureza (SbN) para propor a Readequação de rios e córregos urbanos, aliando interesses ambientais e socioeconômicos. Propôs-se assim a utilização de Sistemas de Tratamento por Várzeas Construídas (STVC). Estes congregam as funções das várzeas naturais, elementos da geomorfologia fluvial que são desconsiderados na drenagem urbana convencional, sendo otimizadas por elementos da Engenharia. Assim, como hipótese de pesquisa, considerou-se que os STVC atuariam no tratamento das águas pluviais, diminuindo a carga de poluição difusa carreada até os corpos hídricos pelo sistema convencional de drenagem. Além disso, que sua utilização também corroboraria com a retenção temporária de parte do volume escoado na bacia urbana, favorecendo sua infiltração. Logo, a proposição teve como objetivo aliar tanto o controle quantitativo como, principalmente, o qualitativo das águas urbanas, atuando como barreira protetora do ecossistema aquático. A concepção dos STVC se alinha ainda com o que propõe os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, ODS, propostos pela ONU. E, para verificação da hipótese inicial de atuação combinada quali-quantitativa, realizou-se revisão bibliográfica sobre as potencialidades da implantação de tais sistemas e a consideração do estudo de cenários. As conclusões do estudo permitem destacar o potencial, em termos da drenagem urbana sustentável, que os STVC conferem. Logo, acredita-se que um melhor detalhamento técnico, obtido pela implantação dos sistemas em escala real, pode gerar resultados que validem sua aplicação.</p>
2022-11-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 João Pedro Coelho Belini, Filipe Chaves Gonçalves, Joaquin Ignacio Bonnecarrère Garciahttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/189419Soluções baseadas na natureza: conceituação, aplicabilidade e complexidade no contexto latino-americano, casos do Brasil e Peru2022-02-01T12:43:00-03:00Taícia Helena Negrin MarquesDaniela RizziVictor FerrazCecilia Polacow Herzog
<p>O presente artigo se desenvolve a partir da sugestão de perguntas-chave sobre as Soluções baseadas na Natureza (SbN) e sua aplicabilidade no contexto latino-americano. Faz uma revisão bibliográfica e uma investigação temporal do termo com o objetivo de apresentar como as SbN vêm sendo conceitualizadas globalmente, refletindo sobre como vêm sendo compreendidas e aplicadas na América Latina. Ao apresentar dois estudos de caso, um no Brasil e outro no Peru, o artigo não apenas delineia uma reflexão sobre as SbN no contexto latino-americano, mas evidencia lacunas, lições aprendidas e sugere passos futuros que poderão contribuir com o desenvolvimento conceitual, o planejamento, a implementação e escalamento das SbN na região.</p>
2021-12-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2021 Taícia Helena Negrin Marques, Daniela Rizzi, Victor Ferraz, Cecília Herzoghttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/189292Soluções baseadas na natureza: quadro da ocupação da cidade de São Paulo por células de biorretenção2022-01-27T17:18:13-03:00Maria Cristina Santana PereiraLucas GobattiMariana Corrêa SoaresBrenda Chaves Coelho LeiteJosé Rodolfo Scarati Martins
<p>O planejamento da paisagem urbana para aplicação sistêmica de Soluções Baseadas na Natureza (SbN) difere do planejamento urbano convencional ao valorizar a conservação da biodiversidade existente, junto a gerir o crescimento das cidades e aumentar a provisão de Serviços Ecossistêmicos (SE). Neste contexto, tem-se observado na cidade de São Paulo, através do incentivo de poderes públicos locais, a implantação de células de biorretenção como jardins de chuva, canteiros pluviais e biovaletas, tipos de SbN, que promovem uma gama de SE e contribuem principalmente à melhoria da qualidade das águas do escoamento superficial urbanas. Estas pequenas intervenções que rompem concreto e criam espaços permeáveis no tecido urbano produzem benefícios notáveis, mas precisam de atenção técnica de forma a garantir seu bom desempenho a longo prazo. Para que uma rede de infraestrutura verde urbana voltada à gestão de águas pluviais seja efetiva, é necessário criar espaços interconectados, incorporar sistemas de abatimento da poluição difusa, além de adotar tecnologias que apoiem os sistemas de macrodrenagem. Este artigo traz o quadro atualizado da implantação de células de biorretenção na cidade de São Paulo, destacando seus benefícios e trazendo uma visão crítica de sua aplicação corrente. Discute-se seu projeto, como seus fatores estruturais e cálculos básicos para parâmetros geométricos, planejamento e considerações geográficas, monitoramento e manutenção, incluindo aspectos participativos de planejamento destas estruturas. Desta forma, o artigo mapeia o que tem sido feito e o que é necessário melhorar para possibilitar a aplicação efetiva de células de biorretenção, de forma a tornar estas SbN reconhecidamente parte do arcabouço de tecnologias correntes para drenagem pluvial urbana em São Paulo.</p>
2021-12-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2021 Maria Cristina Santana Pereira, Lucas Gobatti, Mariana Corrêa Soares, Brenda Chaves Coelho Leite, José Rodolfo Scarati Martinshttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/189316Floresta urbana, soluções baseadas na natureza e paisagem: planejamento e projeto na cidade de São Carlos (SP)2022-01-27T17:33:53-03:00Daniel Tonelli CaicheRenata Bovo PeresLuciana Bongiovanni Martins Schenk
<p>A urbanização e os conflitos gerados com o meio ambiente se apresentam como uma das mais desafiadoras questões dos nossos tempos, gerando a necessidade da criação de novas e diferentes abordagens sobre o território urbano como Floresta Urbana, Serviços Ecossistêmicos, Sistema de Espaços Livres e Infraestrutura Verde e, mais recentemente, Soluções baseadas na Natureza. Contudo, a incorporação desses conceitos em instrumentos normativos, bases para implantação de políticas públicas, ainda é um grande desafio nas cidades da América Latina. Diante do exposto, o objetivo desse artigo foi discutir e apresentar o caso do município de São Carlos (SP), como uma experiência de planejamento de Floresta Urbana com base em SbN, que se estrutura a partir de um Sistema de Espaços Livres, moldado por bases legais. O método utilizado dividiu-se em três partes, sendo a primeira um resgate histórico-temporal da criação das legislações e das cartografias de planejamento da última década, a segunda analisa a articulação desses instrumentos e dessas cartografias e na terceira parte apresenta-se um processo de planejamento e projeto de Paisagem, baseado em um Sistema de Espaços Livres e de Infraestrutura Verde. Os instrumentos marcaram, sequencialmente, um histórico de conquistas, como a criação de Áreas de Proteção e Recuperação de Mananciais - APREM; Áreas de Interesse Ambiental - AIA; Faixas Verdes Complementares - FVC; Parques Urbanos e a proposta de um Sistema de Parques Municipais - SIPAM. Contribui-se, assim, para a construção de caminhos para um planejamento mais sistêmico, ancorado em processos de construção cultural que integrem diferentes agentes e que sejam pautados na noção de interesse público e nas relações mais próximas entre homem e natureza.</p>
2021-12-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2021 Daniel Tonelli Caiche, Renata Bovo Peres, Luciana Bongiovanni Martins Schenkhttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/189209Soluções Baseadas na Natureza como instrumento de melhoria da arborização urbana, auxiliando na construção de cidades sensíveis à água e resilientes às mudanças climáticas2022-11-28T09:05:46-03:00Mariana MarchioniAnita RaimondiJuliana Caroline de Alencar da SilvaLuiz Fernando Orsini de Lima YazakiGiuliana Del Nero VelascoSérgio BrazolinCarlos Alberto da Silva FilhoGianfranco Becciu
<p class="p1">Diante do contexto de mudanças climáticas, torna-se cada vez mais imperativa a adoção de estratégias para a construção de paisagens mais resilientes, que consigam responder aos eventos climáticos extremos, como as chuvas intensas e os períodos de estiagem prolongados, que já podem ser observados e segundo às previsões serão ainda mais críticos nas próximas décadas. O conceito de cidades sensíveis à água estabelece os princípios para a construção de um ambiente urbano saudável, onde sejam agregados serviços ecossistêmicos, desempenhado pelos elementos naturais, ao território e a sua comunidade. A arborização urbana é essencial nesse processo, já que atua na manutenção de diversos processos de regulação, de provisão, culturais e de suporte. Apesar de sua importância a arborização urbana encontra nas grandes cidades um ambiente altamente adverso ao seu desenvolvimento, principalmente no que se refere à disponibilidade hídrica, de nutrientes e de espaço para o seu crescimento adequado, sendo a queda das árvores urbanas durante chuvas intensas<span class="Apple-converted-space"> </span>responsável por danos ao patrimônio e às pessoas. O pivotamento, ou seja, a queda com o soerguimento de todo o sistema radicular, é causado pelo desenvolvimento inadequado do sistema radicular, que em áreas urbanas se dá devido principalmente a compactação do solo dos passeios públicos ou calçadas; a má distribuição da umidade por todo o volume de solo abaixo do calçamento também contribui para limitar o desenvolvimento das raízes, somado a isso temos muitas vezes a escolha inadequada de espécies que não observa as características do local. As áreas dos canteiros, responsáveis pela captação das águas das chuvas, não são suficientes para coletar um volume de água que permita um ambiente adequado desenvolvimento do sistema radicular e da árvore como um todo. Pavimentos permeáveis, que permitem a infiltração da água no solo e armazenam parte das águas pluviais, podem potencializar um habitat favorável ao desenvolvimento vegetal. Neste estudo foram simulados os processos hidrológicos nos passeios públicos com diferentes configurações com o objetivo de verificar o efeito da implantação de pavimentação permeável na disponibilidade hídrica como instrumento da manutenção da arborização urbana. Os resultados obtidos demonstram a potencialidade do uso destes sistemas para aumentar a disponibilidade hídrica no solo para mantenimento da arborização urbana.</p>
2022-11-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Mariana Marchioni, Anita Raimondi, Juliana Caroline de Alencar da Silva, Luiz Fernando Orsini de Lima Yazaki, Giuliana Del Nero Velasco, Sérgio Brazolin, Carlos Alberto da Silva Filho, Gianfranco Becciuhttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/188889Valoração monetária da arborização urbana baseada na magnitude da copa em Piracicaba/Brasil2022-01-27T17:46:38-03:00Flávio Henrique MendesHugo RomeroAntónio Manuel Saraiva LopesMaria de Assunção Ribeiro FrancoDemóstenes Ferreira da Silva Filho
<p>A arborização urbana proporciona importantes serviços ecossistêmicos, porém, cada vez mais ela compete pelo espaço com grandes superfícies cinzentas, o que a pode tornar um elemento secundário no planejamento das cidades. A valoração monetária das árvores urbanas aparece, então, como mais uma alternativa capaz de mostrar a relevância desses seres vivos. Existem diversos métodos que realizam este cálculo, entretanto, são complexos e não estão ao alcance da população, que almeja melhores condições climáticas. O objetivo desta pesquisa foi desenvolver um método simplificado de valoração baseado na relação entre a área da copa, o Índice de Área Foliar (IAF) e um parâmetro médio R$/m<sup>2</sup> de copa encontrado na literatura, ou seja, na magnitude da copa, uma vez que a maior parte dos serviços ecossistêmicos provém dela. O IAF pode ser estimado por meio de lentes olho de peixe a um preço razoável (menos que R$ 25,00), enquanto que a área de copa medida in loco (ou calibrada no passo). O presente estudo foi realizado em Piracicaba/SP/Brasil, na qual as 60.146 árvores urbanas podem retornar aproximadamente R$ 41 milhões (USD 8,2 milhões) por ano em serviços ecossistêmicos. Investigações como esta, as chamadas Soluções baseadas na Natureza (SbN), poderão auxiliar no planejamento, gestão e formulação de políticas públicas, e até como pagamento por serviços ambientais (descontos em IPTU) aos moradores que possuam árvores em frente à sua casa.</p>
2021-12-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2021 Flávio Henrique Mendes, Hugo Romero, António Manuel Saraiva Lopes, Maria de Assunção Ribeiro Franco, Demóstenes Ferreira da Silva Filhohttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/188679A participação comunitária em projetos de soluções baseadas na natureza na cidade de São Paulo: estudo das hortas urbanas, Horta da Dona Sebastiana, Agrofavela-Refazenda e Horta Popular Criando Esperança2022-01-27T17:59:13-03:00Babette Martins da CostaTatiana Sakurai
<p>As hortas urbanas integram a categoria de Soluções Baseadas na Natureza (SbN) capazes de proporcionar benefícios tanto ambientais quanto sociais; entre estas, podemos citar a regulação de microclimas urbanos, o suporte à diversidade e segurança alimentar, o incentivo à educação ambiental e a resiliência de comunidades. O artigo tem como objetivo investigar se projetos dessa natureza, quando criados e geridos sob a iniciativa de comunidades, organizações de bairro e outros grupos sociais possuem maior eficiência, engajamento e continuidade em comparação a projetos de iniciativa privada e/ou pública, sem participação social em sua criação e desenvolvimento. Por meio de estudos de casos múltiplo, ao lado de entrevistas semi-estruturadas com lideranças, visitas de campo e pesquisa bibliográfica, foram selecionadas três hortas urbanas em contextos periféricos na cidade de São Paulo: a Horta da Dona Sebastiana, membro da Associação de Agricultores da Zona Leste e auxiliada por uma Organização Não Governamental; a AgroFavela-Refazenda, localizada em Paraisópolis, patrocinada por uma empresa multinacional; e a Horta Popular Criando Esperança, na Vila Nova Esperança, autônoma.</p> <p>O trabalho também discute o conceito de Justiça Ambiental como um interessante instrumento de análise, em uma cidade socialmente e ambientalmente desigual como São Paulo - na qual os riscos ambientais e a falta de investimento atingem desproporcionalmente populações mais pobres e vulneráveis. Como resultado, concluiu-se que projetos como as hortas urbanas podem ser ferramentas potenciais de redução de desigualdades ambientais e, quando com a participação de comunidades, também transformadores sociais. Ressalta-se a importância da implementação de SbNs em áreas periféricas, as quais sofrem mais injustiças ambientais e necessitam mais destas infraestruturas do que nas áreas nobres de São Paulo - onde muitas SBNs são atualmente construídas e amplamente divulgadas.</p>
2021-12-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2021 Babette Martins da Costa, Tatiana Sakuraihttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/189363Cerrado Resiliente: planejando a paisagem com Soluções Baseadas na Natureza (SbN)2022-11-28T09:42:18-03:00Caroline Ferreira FernandesLuiz Pedro de Mello CésarCamila Gomes Sant’Anna
<p>O planejamento da paisagem orientado pelas Soluções baseadas na Natureza (SbN) vem sendo apresentado em diversas pesquisas como uma forma de promover o desenvolvimento urbano em consonância com a trama verde e azul das cidades. Entretanto, o planejamento urbano tradicional desconsidera importantes funções desempenhadas pela natureza, o que associado ao crescimento desordenado e progressivo das cidades, desintegra o meio urbano do contexto em que ele se insere e contribui para um desequilíbrio ecossistêmico. Este fenômeno vem sendo observado nas cidades localizadas no cerrado brasileiro, tendo em vista o desmatamento da região e a contínua perda da biodiversidade. Soluções que tratam da conexão e preservação das dinâmicas naturais, inclusive a continuidade da troca gênica, podem ser responsáveis pela reintegração sistêmica de áreas degradadas, impactando comunidades e auxiliando na preservação da fauna e flora. Tal questão também se conecta com a necessidade de manutenção de cursos d’água vitais para o abastecimento de 6 das 8 principais bacias hidrográficas do Brasil. Diante disso, o objetivo deste estudo é estabelecer uma proposta de infraestrutura verde, em uma escala regional, tendo como recorte a Bacia do Paranoá no Distrito Federal, unidade hidrográfica importante para a manutenção dos recursos naturais da região e para a preservação dos biomas brasileiros. Para tanto, se vale de uma revisão bibliográfica e de uma estratégia de análise e diagnóstico baseada em McHarg (1964). Como resultado, apresenta uma série de estratégias para se planejar uma paisagem resiliente no contexto urbano. Entre elas está a criação de uma rede de paisagens multifuncionais que se conectam através do sistema hidrológico da região e da criação de corredores ecológicos, que visam integrar os elementos da infraestrutura verde dentro deste recorte. Dessa forma, destaca-se o uso de SbN no contexto do planejamento urbano, capaz de estabelecer uma relação harmoniosa entre cidade e meio ambiente. </p> <p> </p>
2022-11-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Caroline Ferreira Fernandes, Luiz Pedro de Mello César, Camila Gomes Sant’Annahttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/189324 Disseminação de ideias de Soluções Baseadas na Natureza: uma análise da implementação do Parque Orla de Piratininga, Niterói (RJ)2022-11-25T14:25:09-03:00Leticia Domingos VellozoLeticia Costa de Oliveira SantosNiklas Werner Weins
<p>No processo de colocar em prática as Soluções baseadas na Natureza (SbN) no nível local, as definições e conjuntos de ferramentas se difundem entre lugares em escala global. Healey (2012) afirma que ideias “viajantes” são muito moldadas por seus locais de origem e pelos canais pelos quais viajam, mas que a história completa só é contada quando se olha para o que acontece quando a ideia “pousa”. Baseado no marco teórico sobre comunidades epistêmicas de Haas (1992) e adotando as categorias de análise sobre a transferência de política de Stone et al. (2020), esta pesquisa visa delimitar os principais atores e respectivas comunidades envolvidas na implementação de SbN. Para isso, o presente artigo traz uma análise a partir do caso do Parque Orla de Piratininga, em Niterói (RJ), apresentado como um dos primeiros projetos no Brasil que acionam SbN de forma explícita. O objetivo é traçar o uso desse termo, documentando os envolvidos direta ou indiretamente em sua implementação para analisar seu posicionamento nos arranjos internacionais e locais que favorecem sua entrada e a disseminação. Conduzimos uma análise de documentos relevantes à implementação do parque de modo a identificar os atores e outros documentos relevantes. Concluímos que para a aterrissagem da ideia é tão fundamental ter um contexto local favorável, quanto atravessamento de diferentes escalas. Estes podem ser organizações transnacionais, que pautam agendas, ou indivíduos que atuam em várias arenas. Além disso, o momento de adoção do termo SbN no nosso estudo de caso é posterior ao momento da adoção da técnica, o que sugere que há uma dinâmica de alinhamento entre os envolvidos e as técnicas já aplicadas no local, em diálogo com diretrizes de políticas globais, transformando o vocabulário técnico. Finalmente, a transferência da ideia de SbN tanto depende de uma rede de atores quanto a fortalece.</p>
2022-11-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Leticia Domingos Vellozo, Leticia Costa de Oliveira Santos, Niklas Werner Weinshttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/190553Soluções baseadas na natureza: um exemplo na cidade de San Salvador2022-01-27T16:52:34-03:00Leyla Zelaya Alegría
<p>San Salvador, capital de El Salvador, é uma cidade intermediária localizada em uma área montanhosa. Possui sistema de drenagem limitado em assentamentos não planejados em encostas e riachos, o que resulta em inundações e deslizamentos de terra, devido às chuvas intensas em períodos curtos e cada vez mais frequentes. Uma das áreas com maior incidência de inundações urbanas nesta cidade é a microbacia Arenal Monserrat; Por esse motivo, foi selecionada para a implementação de medidas piloto de Soluções baseadas na Natureza (NBS), no âmbito do projeto City Adapt, executado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. A implementação começou com a elaboração de um mapeamento de atores, o desenvolvimento de uma avaliação de vulnerabilidade da microbacia, consultas com grupos focais para conhecer a percepção de risco, valorização dos ecossistemas presentes e sua ligação com os meios de subsistência utilizados pela população , a seleção das medidas de NBS a serem implementadas nos níveis de bacia, paisagem e comunidade local e a identificação com o serviço de ecossistema que ela aprimora; até o seu início e monitoramento e acompanhamento.</p> <p>Os principais resultados apresentados são: i) uma área intervencionada de 451 hectares, entre diferentes ecossistemas como cafezais, mata ciliar e área urbana destinada ao plantio de árvores frutíferas; b) um volume infiltrado de água superficial de 284.984 m<sup>3</sup> em um ano, proveniente da água captada nas valas de infiltração e nos poços de absorção, construídos na parte superior da microbacia; iii) um total de 54.529 árvores plantadas, entre café, frutíferas e espécies nativas.</p> <p>Com esses resultados, o próximo passo é a incorporação das medidas do SbN nos processos de planejamento urbano de médio e longo prazo.</p>
2021-12-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2021 Leyla Zelaya Alegríahttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/189501Quantificação dos benefícios derivados das Soluções baseadas na Natureza no contexto muito árido e densificado da metrópoles de Lima2022-11-28T10:31:46-03:00Carol Torres Limache
<p>O aumento da proporção de espaço verde no contexto altamente densificado de Lima, o Peru é considerado uma estratégia-chave ao desenvolvimento sustentável local. No entanto, pode ter complicações, exacerbando o estresse hídrico local. Portanto, quantificar a escala de benefícios obtidos pelas áreas vegetais locais, principalmente em termos de prioridades como a sensibilidade ao uso da água e a regulação da temperatura, é necessário otimizar a gestão da água necessária para sua preservação. A este respeito, a aplicação da ferramenta internacional, Green Area Ratio a nível local, poderia contribuir para um aumento na proporção da área de superfície vegetal de Lima que de modo multifuncional para melhorar a qualidade urbana em diferentes aspectos sociais, urbanos e ambientais. Os resultados mostram que sua aplicação no contexto árido de Lima exigiria principalmente a adaptação do sistema de pontuação da ferramenta, especialmente dos altos valores comumente atribuídos a alguns sistemas baseados na vegetação por versões estrangeiras. Isto faz com que a versão do Green Area Ratio sugerida neste estudo requeira mais pesquisas. Entretanto, ele pode ser usado como um quadro preliminar, baseado em evidências científicas, caso sua aplicação oficial seja considerada para apoiar às diretrizes locais de sustentabilidade e/ou planos de melhoria de qualidade das áreas verdes. Sua aplicação poderia reforçar a implementação de superfícies vegetais multifuncionais e Soluções baseadas na Natureza, adaptadas à aridez do contexto.</p>
2022-11-21T00:00:00-03:00Copyright (c) 2022 Carol Torres Limachehttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/189314Soluções baseadas na natureza (SbN) e drenagem urbana em cidades latino-americanas: desafios para implementar soluções fluídas em ambientes rígidos2022-01-27T17:02:56-03:00Valéria Nagy de Oliveira Campos
<p>Este artigo tem como tema a adoção de soluções baseadas na natureza (SbN) na drenagem de águas pluviais em cidades da América Latina, considerando que as SbN prestam serviços ambientais e contribuem para tornar as cidades mais resilientes. Pondera que, como evidenciado pelo confronto entre a realidade do setor e o desejável para sua adoção, existem questões a enfrentar tais como a falta de visão sistêmica na estrutura governamental e a inadequação do arranjo institucional responsável pelo setor. Objetivando aprofundar a reflexão sobre a adoção de SbN, em especial do ponto de vista da ação governamental em bacias “metropolizadas”, adota-se São Paulo e Cidade do México como estudos de caso. Tal reflexão apoia-se na revisão bibliográfica sobre aspectos conceituais e sobre a difusão e assimilação do tema na América Latina, bem como no exame de documentos relacionados à adoção de SbN na drenagem urbana e na adaptação a eventos extremos nas áreas de estudo. Como resultado, além da identificação dos desafios locais, a pesquisa indica como oportunidade aberta a existência do Comitê de Bacia Hidrográfica Alto Tietê e do <em>Consejo de Cuenca del Valle de México,</em> os quais podem incorporar o tema de modo mais incisivo em sua pauta. Aponta ainda que aproveitar esta oportunidade trará ganhos ao processo: por um lado, pode-se valer da experiência destes arranjos com processos participativos e, por outro, com a adoção de processos de cocriação, pode-se aprimorar os procedimentos destes colegiados e, por extensão, a governança. Contudo, o cenário, embora favorável, ainda está sendo delineado.</p>
2021-12-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2021 Valéria Nagy de Oliveira Camposhttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/172291A importância dos espaços públicos e áreas verdes pós-pandemia na cidade de São Paulo (SP)2021-01-13T20:20:27-03:00Deize Sbarai Sanches XimenesGérsica Moraes Nogueira da SilvaIvan Carlos MaglioJúlio Barboza ChiquettoLuís Fernando Amato-LourençoMaria da Penha VasconcellosPedro Roberto JacobiSonia Maria Viggiani CoutinhoVivian Aparecida Blaso Souza Soares César
<p>As cidades estão sofrendo profundas transformações no campo da saúde, cultura, relações sociais, e principalmente na vida urbana, provocando inúmeras reflexões e questionamentos ao modelo de cidade que poderá ser desfrutada pós-pandemia da COVID-19, destacando a importância e o papel dos espaços públicos e das áreas verdes em períodos excepcionais como no caso da pandemia e para o futuro da vida urbana. Diante da atual situação, este artigo tem por objetivo recomendar diretrizes de convivência e de uso adequado para as áreas verdes e espaços públicos, compatíveis com as exigências da saúde pública para o período da pandemia, até que se tenha uma vacina eficiente, e ao mesmo tempo, colaborar com diretrizes para uma qualidade de vida urbana com maior valorização das áreas verdes, vencida a pandemia. Esse estudo foi baseado na Pesquisa Emoções Momentâneas: Comportamentos e Hábitos Cotidianos Pós-Pandemia (XIMENES et al., 2020), nas revisões de literatura técnica e científica, nas análises das informações disponíveis e no mapeamento das áreas verdes do município de São Paulo. A ressignificação das cidades pós-pandemia deverá abordar a implementação de novas políticas públicas, e meios de apropriação e convivência dos espaços públicos, parques e áreas verdes da cidade de São Paulo, tornando-os mais humanizados, seguros e inclusivos; trabalhando estratégias integradas ao desenvolvimento urbano sustentável na retomada das atividades de lazer, cultura, gastronomia e entretenimento.</p>
2020-12-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2020 Deize Sbarai Sanches Ximenes, Gérsica Moraes Nogueira da Silva, Ivan Carlos Maglio, Júlio Barboza Chiquetto, Luís Fernando Amato-Lourenço, Maria da Penha Vasconcellos, Pedro Roberto Jacobi, Sonia Maria Viggiani Coutinho, Vivian Aparecida Blaso Souza Soares Césarhttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/171416Pensando o Desenho Ambiental: um estudo sobre os espaços verdes ao longo do Ribeirão Lavapés em Botucatu (SP)2021-01-13T20:12:06-03:00Karina Andrade Mattos
<p>Na busca pela qualidade ambiental, tem se discutido muito sobre a importância dos espaços verdes e seus benefícios. Diversas pesquisas, nas últimas décadas, têm destacado estratégias de infraestrutura verde, de modo a melhorar as cidades, através de um equilíbrio entre as relações humanas e o meio. No entanto, observa-se que a aplicação desses princípios ainda é um desafio diante dos métodos tradicionais de planejamento urbano, que regem as decisões projetuais, mesmo naquelas cidades que se destacam pela sua gestão ambiental. Assim, diante deste contexto, o presente trabalho tem como objetivo abrir a discussão sobre o Planejamento e o Desenho Ambiental no município de Botucatu, no Centro-Oeste Paulista, através de um estudo sobre os espaços verdes urbanos ao longo do Ribeirão Lavapés. Para isso, foram adotados diferentes materiais e métodos: pesquisa bibliográfica e documental, estudo de campo e cartografia. Os resultados direcionam para duas principais constatações: primeiro, que a área estudada apresenta diversas possibilidades de tratamento de seus espaços verdes urbanos; e segundo, que pesquisas dessa natureza devem ser aprofundadas, de modo a incentivar a implementação de infraestrutura verde em áreas urbanas consolidadas, principalmente em cidades de pequeno e médio porte, de maneira a destacar a importância da natureza na paisagem urbana.</p>
2020-12-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2020 Karina Andrade Mattoshttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/171431O papel das comunidades para a construção de cidades resilientes: o caso do Jardim de chuva do Largo das Araucárias, Pinheiros-SP2021-01-13T20:24:04-03:00Elis Cristina Morales dos Santos
<p>Atualmente a maioria dos grandes centros urbanos, a exemplo da cidade de São Paulo, têm enfrentado desafios como enchentes recorrentes, aumento das ilhas de calor, contaminação do solo, desigualdade social, dentre outros, os quais resultam da somatória da história local aos crescentes efeitos das Mudanças Climáticas, fazendo com que cidades e seus habitantes experienciem seus limites físicos e anímicos, colocando à prova suas capacidades de resiliência. Frente a esta realidade, nascem novas formas de se pensar e construir as cidades, como o conceito de biofilia, e também de reivindicação, com crescente participação dos moradores, os quais respondem aos desafios através de intervenções urbanísticas que transformam significativamente a paisagem e a dinâmica local. Assim, este artigo tem como objetivo analisar o papel de intervenções paisagísticas originárias de coletivos e comunidades locais para construção de cidades resilientes. E ao trazer uma análise do Largo das Araucárias, faz ainda um paralelo com o conceito de cidades biofílicas.</p>
2020-12-30T00:00:00-03:00Copyright (c) 2020 Elis Cristina Morales dos Santoshttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/146509Infraestrutura Verde: uma estratégia de conexões da paisagem em Londrina-PR2021-01-13T20:33:46-03:00André Silva OlakAna Luiza Favarão LeãoNancy CifuentesKarin Schwabe Meneguetti
<p>Na busca de sustentabilidade ambiental, muito tem se falado a respeito da ecologia da paisagem. Já há algumas décadas, diversas pesquisas têm definido estratégias de implementação de infraestruturas verdes com o objetivo de melhorar a integração entre áreas verdes e urbanizadas. Este artigo propõe um sistema de espaços livres urbanos estruturados por quatro elementos principais localizados na Microbacia do Ribeirão Cambé, na cidade de Londrina (PR). Por meio de uma conexão entre o parque Arthur Thomas, o lago Igapó I, o córrego Tucanos e o córrego Capivara, o sistema proposto busca desempenhar múltiplas funções relativas ao equilíbrio hidrológico/ecológico da bacia e das áreas florestadas. A integração formaria um conjunto de espaços públicos destinados ao lazer e ao convívio social, estabelecendo uma relação da natureza com a paisagem urbana local.</p>
2020-05-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2020 ANDRE SILVA OLAKhttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/146744A travessia facilitada2021-01-13T20:28:05-03:00Marcelo Aflalo
<p>O simples ato de atravessar um obstáculo urbano, nas grandes cidades brasileiras, exige um esforço desnecessário e traz riscos para os cidadãos. As grandes avenidas, rios, linhas férreas e outras grandes fissuras urbanas são parcamente atravessadas por pontes desenhadas exclusivamente para o trânsito motorizado, sem levar em conta o pedestre ou o ciclista. As estruturas dominantes são desprovidas de valores estéticos e drenam a identidade das cidades, subtraindo a qualidade da paisagem. Esse texto apresenta uma proposta de requalificação desses equipamentos.</p>
2020-05-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2020 Marcelo Aflalohttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/159536Cartografia Participativa aplicada ao Desenho Ambiental2021-01-15T11:34:32-03:00Yasminni Parra Tomaz
<p>Este artigo faz uma associação entre a cartografia social e o desenho ambiental. A cartografia social traz novas contribuições à cartografia tradicional, quebrando o paradigma de que os mapas devam ser feitos apenas pelos órgãos governamentais e institucionais, buscando fazer com que as pessoas produzam seus próprios mapas, sendo estes então, críticos e participativos. O mapeamento participativo tem uma função social, na medida em que auxilia na gestão do território, identificando os seus usos tradicionais, conflitos, fragilidades, potencialidades e empoderando esses indivíduos, por estimulá-los a agir sobre o território para transformá-lo ou assegurar seus direitos sobre ele. O objetivo desse trabalho é mostrar como as metodologias participativas estudadas, intituladas mapeamento participativo e mapeamento afetivo, podem contribuir para o desenho ambiental nas suas instâncias iniciais visando à participação popular no planejamento urbano, na medida em que suas visões sobre o território são organizadas, articuladas e dialogadas com a comunidade ou com agentes externos ou através de iniciativas próprias de transformação da realidade vivida. A metodologia aplicada nesse artigo foi a de uma pesquisa bibliográfica e documental, com o intuito de estabelecer um panorama da construção do desenho ambiental de modo participativo através do mapeamento participativo e dos mapas afetivos. No recorte da área de estudo foram selecionadas experiências em que a cartografia social foi utilizada como apoio para sensibilização da comunidade e princípio das atividades de desenho ambiental no meio urbano.</p>
2020-12-31T00:00:00-03:00Copyright (c) 2020 Yasminni Parra Tomazhttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/146717POTENCIAL DE APLICAÇÃO DE INFRAESTRUTURA VERDE NA BACIA DE DRENAGEM DO CÓRREGO BELINI2019-06-04T09:30:27-03:00Maria Cristina Santana PereiraJosé Rodolfo Scarati MartinsRafael Sampaio Martins
<p>Este estudo analisa a potencialidade de aplicação de infraestrutura verde na bacia de drenagem do córrego Belini. É uma área ocupada por residências que, embora sejam de alto padrão, apresenta problemas, poucos em relação ao resto da cidade, mas típicos de áreas urbanas, como inundações e precariedade dos sistemas de mobilidade. Devido à presença de muitas áreas verdes, é uma região propícia para a implementação de infraestrutura verde. Assim sendo, será apresentado um plano com diretrizes, que foi adaptado do zoneamento ambiental desenvolvido por Schutzer e aplicado por Bonzi, em busca de que os processos naturais convivam de forma mais harmoniosa com a ocupação da bacia.<strong><br></strong></p>
2019-05-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2019 Maria Cristina Santana Pereirahttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/146608CÓRREGO PIRAJUSSARA: RESPIRAR PARA REVIVER2019-06-04T09:30:27-03:00Marli Aparecida Perim
<p>O presente artigo trata da infraestrutura verde como uma ferramenta para aperfeiçoar a relação entre cidade e natureza e minimizar os efeitos da urbanização, motivando a resiliência dos ecossistemas urbanos. Este trabalho analisa a proposta de destamponamento dos córregos urbanos como contribuição aos projetos de corredores verdes, voltados a proporcionar maior sustentabilidade urbana. Mais especificamente foi estudado o caso do córrego Pirajussara, pertencente a bacia do rio Pinheiros, na cidade de São Paulo, tamponado na maior parte de sua extensão. A proposta de destamponamento, a exemplo de realizações em outros países, atinge a várzea do rio Pinheiros, junto ao corredor verde Ibirapuera-Villa Lobos, partindo da Cidade Universitária (CUASO), um dos núcleos do corredor Ibirapuera-Villa Lobos, aumentando a colaboração dos recursos hídricos no projeto de corredor verde. O trabalho foi parte da disciplina Desenho Ambiental, do programa de pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. A incorporação do córrego destamponado ao corredor amplia a utilização do espaço verde pela população dos bairros do entorno e cria mais um espaço de resiliência urbana.</p> <div id="icpbravoaccess_loaded"> </div>
2019-05-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2019 Marli Aparecida Perimhttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/146747O RESSURGIMENTO DO PIRARUNGÁUA: CAMINHOS E DESCAMINHOS DAS ÁGUAS URBANAS2019-06-04T09:30:27-03:00Juliana Maria de Souza FreitasMaria de Assunção Ribeiro Franco
<p>O presente trabalho busca promover a reflexão a respeito das transformações na relação das cidades com seus rios, relação esta moldada a partir do sistema de crenças e valores de cada época. Para isso constrói um breve panorama da evolução da dialética rios-sociedade no intuito de compreender o ambiente com sua historicidade e explora dois estudos de casos, sendo o primeiro sobre o córrego Cheong-Gye, em Seul, Coréia do Sul, e o segundo, o córrego Pirarungáua, em São Paulo, Brasil. Como critério para a escolha dos casos, optou-se pela diversidade, tanto em relação aos motivos que nortearam o projeto, quanto ao seu caráter e contexto de inserção urbana.</p>
2019-05-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2019 Juliana Maria de Souza Freitas, Maria Assunção Ribeiro Francohttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/157819URBANISMO SUSTENTÁVEL + RESILIÊNCIA URBANA2019-06-04T09:30:27-03:00Maria de Assunção Ribeiro Franco2019-05-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2019 Maria de Assunção Ribeiro Francohttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/157818WORKSHOP INTERNACIONAL: SUSTENTABILIDADE URBANA + RESILIÊNCIA EM WASHINGTON DC2019-06-04T09:30:27-03:00Juliana Maria de Souza FreitasLaís Padilha LeiteMaria de Assunção Ribeiro Franco
<p>O Workshop Internacional: <em>Urban Sustainability + Resilience in Washington DC</em> (Sustentabilidade Urbana + Resiliência em Washington DC) aconteceu no dia 05 de dezembro de 2018 na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAUUSP - e teve como principal objetivo oferecer aos alunos da Pós-graduação do Programa de Arquitetura e Urbanismo novas abordagens ligadas à temática da infraestrutura verde e da resiliência urbana através de um estudo de caso: a Praça do Relógio, situada na Cidade Universitária.</p> <p>O evento, proposto como parte das atividades relacionadas ao LABVERDE<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a>, contou com a participação do Professor Dr. Dwane Jones da <em>University of the District of Columbia</em> (Universidade do Distrito de Columbia) em Washington DC, onde atua como diretor do <em>Center for Sustainable Development & Resilience</em> (Centro para Desenvolvimento Sustentável & Resiliência)<em>, </em>dos professores Drª Maria de Assunção Ribeiro Franco e Dr. Paulo Renato Mesquita Pellegrino, ambos da FAUUSP, e de estudantes de pós-graduação de ambas universidades<em>.</em></p> <p> </p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a> O Laboratório Verde, LABVERDE, está atualmente sob a coordenação e organização da Professora Drª Maria Franco e vice coordenação do Professor Dr. Paulo Pellegrino</p>
2019-05-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2019 Juliana Maria de Souza Freitas, Laís Padilha Leite, Maria de Assunção Ribeiro Francohttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/147431PINHEIROS: AS RESILIÊNCIAS DE UM SÍTIO URBANO2019-06-04T09:30:27-03:00Noemi Yolan Nagy Fritsch
<p>O presente artigo tem como objetivo verificar se a área envoltória do que conhecemos hoje como Largo da Batata, no bairro de Pinheiros, é um ponto de resiliência social e urbana dentro da cidade de São Paulo. As análises das diversas ocupações do sítio urbano de Pinheiros, tradicional bairro paulistano, desde a sua ocupação oficial, em 1560, pelos padres jesuítas, pertencentes à Companhia de Jesus, até as ocupações informais de coletivos urbanos que dela se apropriaram a partir de 2014, são imprescindíveis para tal propósito. Através deles, traçam-se paralelos entre as políticas públicas e conectividades urbanas e movimentos sociais delas decorrentes. Da mesma forma, a abordagem de conceitos como topofilia, locus e genius loci são essenciais para a compreensão dos fenômenos de resiliência, apontados no decorrer desta explanação, ocasionados pelas diversas formas de apropriação deste sítio, considerado um dos mais antigos da cidade de São Paulo.</p>
2019-05-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2019 Noemi Yolan Nagy Fritschhttps://revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/151318EQUIPAMENTOS URBANOS E RESILIÊNCIA NO BAIXO PINHEIROS2019-06-04T09:30:27-03:00Juliana Monticelli
<p>Resiliência urbana é um conceito que se refere à capacidade de regeneração de uma determinada região frente a eventos externos. Atualmente, nas cidades brasileiras, como ocorre na cidade de São Paulo, as Operações Urbanas Consorciadas são as formas de realizar intervenções urbanísticas. Estas operações são projetos complexos que abrangem grandes áreas da cidade, transformando significativamente a paisagem e a dinâmica de quem habita o local. Este artigo tem como objetivo analisar os recentes projetos de intervenção urbana na região de Pinheiros, com enfoque nos equipamentos comunitários que surgiram após a implantação da Operação Urbana Faria Lima. O recorte do artigo será na região hoje chamada Baixo Pinheiros, trecho que vem sendo enxergado atualmente como um polo de renovação, vitalidade e resiliência em São Paulo. Entender como se dá esta dinâmica entre mudança e regeneração de uma dada região é importante para pensarmos como a partir de intervenções urbanas mais amplas, dando enfoque aos espaços públicos, aliadas a inciativas locais e parcerias público/privado é possível tornar nossas cidades mais sustentáveis.</p>
2019-05-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2019 Juliana Monticelli