Estudo de fogueiras e antracologia em contexto Proto-Jê do Sul

Autores

  • Leonardo Waisman de Azevedo Museu Nacional Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Rita Scheel-Ybert Museu Nacional Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2448-1750.revmae.2016.137349

Palavras-chave:

Jê do Sul, Fogueiras, Antracologia, Economia de combustíveis, Vegetação.

Resumo

O estudo de fogueiras Proto-Jê do Sul em sítios do nordeste do RS permitiu a compreensão de questões relacionadas à tecnologia de fogueiras e à economia de combustíveis destes grupos. Fez-se isso a partir de uma descrição qualitativa das fogueiras e da análise antracológica do carvão coletado em cada sítio. Encontramos elementos estruturais que operavam sobre a queima, sugerindo um conhecimento apurado sobre o processo de combustão correlato a seus usos. A análise antracológica permitiu a classificação dos tipos de lenha queimada, bem como a inferência de alguns elementos da vegetação das áreas de captação de recursos para queima.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Chabal, L. 1992. La représentativité paléo-écologique des charbons de bois archéologiques issus du bois de feu. Bulletin de la Société Botanique de France, 139: 2-3-4: 213-236.

Copé, S.M. 2006. Les grands constructeurs précoloniaux du plateau du sud du Brésil: étude de paysages archéologiques à Bom Jesus, Rio Grande do Sul, Brésil. Tese de doutorado. Paris, Universidade de Paris I, Panthéon, Sorbonne.

Copé, S.M. 2008. Escavações arqueológicas em
Pinhal da Serra, RS. Atividades de campo realizadas em 2008 e 2007. NuPArq, UFRGS,
Porto Alegre, RS.

Copé, S.M. 2009. Relatório de campo da campanha arqueológica de Pinhal da Serra – 10
de janeiro a 28 de fevereiro – NuPArq – UFRGS. NuPArq, UFRGS, Porto Alegre, RS.

Copé, S.M.; Saldanha, J.D.M.; Cabral, M.P.
2002. Contribuições para a pré-história do
Planalto: estudo da variabilidade de sítios
arqueológicos de Pinhal da Serra, RS. In:
Pesquisas, Antropologia, Instituto Anchietano
de Pesquisas, São Leopoldo, 58: 121-138.

Corteletti, R. 2012. Projeto arqueológico Alto
Canoas – Paraca: um estudo da presença Jê
no planalto catarinense. Tese de Doutorado.
MAE, USP, São Paulo.

Coudret, P.; Larriere, M.; Valentin, B. 1989. Comparer des foyers: Une entreprise difficile. In: Olive, M. ; Taborin, Y. Nature et function des foyers préhistoriques, Actes du Colloque International de Nemours 1987.
Mémoires du Musée de Préhistoire d’Île
de France, Association pour la Promotion
de la Recherche Archéologique en Île
de France, Musée de Préhistoire d’Île de
France, Nemours, 2: 37-45.

Crépeau, R.R. 1994. Mythe et rituel chez les
indiens Kaingang du Brésil Méridional. In:
Religiologiques, 10: 143-157.

Dron, J.L.; Ghesquière, E.; Marcigny, C.;
Chancerel, A.; Kinnes, I.; San Juan,
G.; Verron, G. 2003. Les structures de
combustion du Néolithique moyen en
Basse-Normandie (France): proposition
de classement typologique et fonctionnel.
In: Actes du Colloque de Bourg-en-Bresse
et Beaune, 7-8 octobre 2000. Éditions
Monique Mergail.

Freud, S. Aquisição e controle do fogo. In:
Novas conferências introdutórias sobre psicanálise e outros trabalhos (1932 – 1936). Volume
XXII, Imago, e-book.

Galvão, F.; Kuniyoshi, Y.S.; Roderjan, C.V. 1989. Levantamento Fitossociológico das
Principais Associação Arbóreas da Floresta
Nacional de Irati PR. Revista Floresta, 19(1).

Iriarte, J.; Behling, H. 2007. The expansion of
Araucaria Forest in the southern Brazilian
highlands during the last 4000 years and
its implications for the development of the
Taquara/Itararé Tradition. In: Environmental Archaeology, 12: 2: 115-127.

Julien, M.; Olive, M.; Perlés, C.; Pigeot, N.;
Taborin, Y.; Thiebault, S.; Valladas, H.; Wattez, J. 1987. Le feu apprivoisé, Le feu dans la
vie quotidienne des hommes préhistoriques.
Musée de Préhistoire d’Île-de-France.

Klauberg, C.; Paludo, G.F.; Bortoluzzi, R.L.C.;
Mantovani, A. 2010. Florística e Estrutura
de um Fragmento de Floresta Ombrófila
Mista no Planalto Catarinense. Revista
Biotemas, 23 (1): 37-47.
Lavina, R. 1994. Os Xokleng de Santa Catarina:
uma etnohistória e sugestões para os arqueólogos.
Dissertação de mestrado. UNISINOS, São
Leopoldo.
Lorenzi, H. 1992. Árvores brasileiras: manual
de identificação e cultivo de plantas
arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa:
Ed. Plantarum, 352p.
Leroi-Gourhan, A. 1988. El hombre y la materia
(evolución y técnica). Madrid, Taurus.
Mabilde, A. 1987/1899. Apontamentos sobre
os indígenas selvagens da nação “Coroados”
que habitam os sertões do Rio Grande do
Sul. Annuario do Estado do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre.
March, R.J. 1992. L’utilisation du bois dans les
foyers préhistoriques: une approche expérimentale. Bulletin de la Société Botanique de
France, 139: 2-3-4: 245-253.
Métraux, A. 1946. The Caingang. In: Steward,
J. Handbook of South American Indians.
United States Government Printing Office,
Washington.
Orilac, C.; Orilac, M. 1980. Les structures de
combustion et leur interprétation archéologiques: quelques exemples en Polynésie.
Journal de la Société des Océanistes, T. XXXVI,
n° 66-67: 61-76.
Petry, L.; Tettamanzy, A.L.L.; Freitas, A.E.C.
2007. O papel do mito nas narrativas orais
dos Kaingang na Bacia do Lago Guaíba,
Porto Alegre, RS. Organon, v.21, nº42.
Prevost-Demarkar, S. 2002. Les foyers et les
fours domestiques en Egée au Néolithique
et à l’Age du Bronze. Civilisations, Revue
internationale d’anthropologie et de sciences
humaines, 48: 223-237.
Saldanha, J.D.M. 2005. Paisagem, lugares e cultura material: uma arqueologia espacial nas terras
altas do sul do Brasil. Dissertação de mestrado. Porto Alegre, PUCRS.
Sawczuk, A.R. 2009. Florística e Estrutura Horizontal no Período 2002 - 2008 de um Fragmento de Floresta Ombrófila Mista no Centro Sul
do Estado do Paraná. Campus de Irati.139p.
Dissertação de mestrado, Universidade
Estadual do Centro-Oeste.
Scheel-Ybert, R. 2004a. Teoria e método em
antracologia. 1. Considerações teóricas e
perspectivas. Arquivos do Museu Nacional,
Rio de Janeiro, 62: 1: 3-14.
Scheel-Ybert, R. 2004b. Teoria e método em
antracologia. 2. Técnicas de campo e laboratório. Arquivos do Museu Nacional, Rio de
Janeiro, 62: 4: 343-356.
SIDOL. Sistema de Identificação Dendrológica Online – Floresta Ombrófila Mista. Disponível
em: www.florestaombrofilamista.com.br/,
acessado em setembro de 2014.
Taborin, Y. 1989. Le foyer: Document et
concept. In: Olive, M. & Taborin, Y. Nature
et function des foyers préhistoriques, Actes du
Colloque International de Nemours 1987.
Mémoires du Musée de Préhistoire d’Île
de France, 2: 77-80. Association pour la
promotion de la Recherche Archéologique
en Île de France, Musée de Préhistoire d’Île
de France, Nemours.
Théry-Parisot, I. 2001. Économie des combustibles au Paléolithique. Expérimentation,
taphonomie, anthracologie. Dossier de documentation archéologique nº20, Paris, CNRS
Editions.

Downloads

Publicado

2016-12-24

Como Citar

Estudo de fogueiras e antracologia em contexto Proto-Jê do Sul. (2016). Revista Do Museu De Arqueologia E Etnologia, 27, 231-237. https://doi.org/10.11606/issn.2448-1750.revmae.2016.137349