Sobre a diferença entre a palavra divina e a humana

Autores

  • Tomás de Aquino

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0102-25551993000100004

Resumo

1. Para entender o vocábulo palavra, é preciso saber que, como diz Aristóteles, aquilo que é expresso com a voz é signo do que há nas potências da alma. 2. Ora, é usual que na Sagrada Escritura se atribuam os nomes dos signos às realidades significadas, e, reciprocamente, como quando se diz: A pedra, porém, era Cristo (I Cor 10, 4). 3. Segue-se, pois, necessariamente, que se chame também palavra àquilo que está presente interiormente na nossa alma e que exteriormente é significado pela voz mediante a palavra. 4. Não tem a menor importância para esta nossa discussão se o nome palavra é mais adequado à realidade exterior, proferida pela voz, ou ao próprio conceito interior da alma. É, no entanto, evidente que o conceito interior na alma precede a palavra proferida vocalmente e é como que sua causa. 5. Se, pois, quisermos saber o que é essa palavra interior (o conceito) em nossa alma, examinemos o que significa a palavra proferida exteriormente pela voz.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

1993-06-01

Edição

Seção

Destaque