Avanços no tratamento da esclerose múltipla através do anticorpo monoclonal Ocrelizumabe

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v53i1p35-41

Palavras-chave:

Esclerose Múltipla, Anticorpo, Diagnóstico

Resumo

Objetivos: Avaliar a efetividade e os riscos associados ao tratamento da esclerose múltipla com o anticorpo monoclonal Ocrelizumabe.

Métodos: O estudo consiste em uma revisão da literatura objetivando a busca de artigos que evidenciassem de forma quantitativa os efeitos do fármaco Ocrelizumabe para as formas remitente-recorrente e primariamente progressiva da esclerose múltipla. A busca ocorreu nas bases de dados PubMed, BVS, Cochrane Library e ScienceDirect a partir de 2011. Os artigos foram pré-selecionados através do título e resumo para leitura integral e de acordo com os critérios de inclusão e exclusão.  

Resultados: No total, foram recuperados 743 artigos, sendo considerados elegíveis 23 estudos para análise integral e destes, 20 foram excluídos por não se enquadrarem nos desfechos propostos, sendo incluídos três estudos. Todos os estudos comprovaram uma alta eficácia de Ocrelizumabe livre de infecções oportunistas.

Conclusão: apesar da natureza degenerativa da esclerose múltipla, os avanços tecnológicos na terapêutica através de fármacos como o Ocrelizumabe têm trazido resultados promissores, como a diminuição da taxa anual de surtos, do número de lesões por RM e da progressão da incapacidade. No entanto, devido a sua recente aprovação, não é possível avaliar os efeitos da utilização do anticorpo monoclonal a longo prazo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

1. Browne P, Chandraratna D, Angood C, Tremlett H, Baker C, Taylor BV, et al. Atlas of multiple sclerosis: A growing global problem with widespread inequity. Neurology. 2014;83(11):1022–4. doi: 10.1212/WNL.0000000000000768

2. Dargahi N, Katsara M, Tselios T, Androutsou ME, Courten M, Matsoukas J, et al. Multiple sclerosis: Immunopathology and treatment update. Brain Sciences. 2017;7(7):78. doi: 10.3390/brainsci7070078

3. Ministério da Saúde (2014). Pesquisa com dados do DATASUS sobre mobilidade em pacientes com esclerose múltipla é um dos destaques do 15o Encontro Anual de Esclerose Múltipla BCTRIMS .Recuperado de: http://datasus.saude.gov.br/noticias/atualizacoes/506-pesquisa-com-dados-do-datasus sobre-mobilidade-em-pacientes-com-esclerose-multipla-e-um-dos-destaques-do-15-encontro-anual-de-esclerose-multipla-bctrims-2014. Citado em 03 Dezmbro 2018.

4. DCNI (2016). Recomendações no Tratamento da Esclerose Múltipla e Neuromielite Óptica. Recuperado de :http://formsus.datasus.gov.br/novoimgarq/28121/4880987_312361.pdf
Citado em 03 Dezembro 2018.

5. Huang WJ, Chen WW, Zhang X. Multiple sclerosis: Pathology, diagnosis and treatments. Experimental and therapeutic Medicine. 2017;13(6):3163–66. doi: 10.3892/etm.2017.4410
6. Syed YY. Ocrelizumab: A Review in Multiple Sclerosis. CNS Drugs. 2018;2(9):883–90. doi: 10.1007/s40263-018-0568-7.

7. Yang H, Duchesneau E, Foster R, Guerin A, Ma E, Thomas NP. Cost effectiveness analysis of ocrelizumab versus subcutaneous interferon beta-1ª for the treatment of relapsing multiple sclerosis. J Med Econ. 2017;20(10):1056-65. doi: 10.1080/13696998.2017.1355310.

8. Menge T, Dubey D, Warnke C, Hartung H-P, Stüve O, Menge T, et al. Ocrelizumab for the treatment of relapsing-remitting multiple sclerosis. Expert Rev Neurother. 2016;16(10):1131-9. doi: 10.1080/14737175.2016.1227242

9. Howard J, Trevick S, Younger DS. Epidemiology of Multiple Sclerosis. Neurologic Clinics. 2016;34(4):919-39. doi: 10.1016/j.ncl.2016.06.016

10. Ciccarelli O, Barkhof F, Bodini B, Stefano N, Golay X, Nicolay K. Pathogenesis of multiple sclerosis : insights from molecular and metabolic imaging. Lancet Neurol. 2014;13(8):807–22. doi: 10.1016/S1474-4422(14)70101-2

11. Garg N, Smith TW. An update on immunopathogenesis, diagnosis, and treatment of multiple sclerosis. Brain Behav. 2015;5(9):1–13. doi:10.1002/brb3.362

12. Alves B, Angeloni R, Azzalis L, Pereira E, Perazzo F, Rosa P, et al. Esclerose múltipla: revisão dos principais tratamentos da doença. Saúde E Meio Ambiente: Revista Interdisciplinar. 2015;3(2):19-34. doi: https://doi.org/10.24302/sma.v3i2.542

13. Dendrou CA, Fugger L, Friese MA. Immunopathology of multiple sclerosis. Nature Reviews Immunology, 2015;15(9):545-58. doi: 10.1038/nri3871

14. Filippini G. Ocrelizumab appears to reduce relapse and disability in multiple sclerosis but quality of evidence is moderate. Evid Based Med. 2017;22(6):215–6. doi: 10.1136/ebmed-2017-110721

15. Ministério da Saúde (2018). Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Esclerose Múltipla. Recuperado de: http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/abril/09/PORTARIA- Citado em 03 Dezembro 2018.

16. Thompson AJ, Banwell BL, Barkhof F, Carroll WM, Coetzee T, Comi G. Diagnosis of multiple sclerosis: revisions of the McDonald criteria. The Lancet Neurology. 2018;17(2):162-73. doi: 10.1016/S1474-4422(17)30470-2.

17. Silva VM, Nascimento VMS. Esclerose Múltipla : Imunopatologia , Diagnóstico e Tratamento. Interfaces Científicas - Saúde e Ambient. 2014;2(3):81–90.

18. Polman CH, O’Connor PW, Havrdova E, Hutchinson M, Kappos L, Miller DH. A randomized, placebo-controlled trial of natalizumab for relapsing multiple sclerosis. N Engl J Med. 2006;354:899-910. doi: 10.1056/NEJMoa044397

19. Rudick RA, Stuart WH, Calabresi PA, Confavreux C, Galetta SL, Radue EW. Natalizumab plus interferon beta-1a for relapsing multiple sclerosis. N Engl J Med. 2006;354:911-23. doi: 10.1056/NEJMoa044396

20. Fernández O, Fernández VE, Guerrero M. Tratamiento de la esclerosis múltiple. Med. 2015;11(77):4622-33. doi: https://doi.org/10.1016/j.med.2015.04.001

21. ANVISA (2017). Esclerose múltipla tem novo tratamento aprovado. Recuperado de: http://portal.anvisa.gov.br/rss/-/asset_publisher/Zk4q6UQCj9Pn/content/id/4097328. Citado em 03 Dezembro 2018.

22. Kappos L, Li D, Calabresi PA, O’Connor P, Bar-Or A, Barkhof F. Ocrelizumab in relapsing-remitting multiple sclerosis: a phase 2, randomised, placebo-controlled, multicentre trial. Lancet. 2011;378(9805):1779-87. doi: 10.1016/S0140-6736(11)61649-8.

23. ROCHE (2018) Ocrevus® (ocrelizumabe). Recuperado de: https://www.dialogoroche.com/content/dam/brasil/bulas/o/ocrevus/Bula-OCREVUS-Profissional.pdf Citado em 03 Dezembro 2018.

24. Hauser SL, Bar-Or A, Comi G, Giovannoni G, Hartung H-P, Hemmer B. Ocrelizumab versus Interferon Beta-1a in Relapsing Multiple Sclerosis. N Engl J. Med. 2017;376(3):221–34. doi: 10.1056/NEJMoa1601277.

25. Montalban X, Hauser SL, Kappos L, Arnold DL, Bar-Or A, Comi G. Ocrelizumab versus Placebo in Primary Progressive Multiple Sclerosis. N Engl J Med. 2017;376:209-220. doi: 10.1056/NEJMoa1606468

26. Li H, Hu F, Zhang Y, Li K. Comparative efficacy and acceptability of disease-modifying therapies in patients with relapsing–remitting multiple sclerosis: a systematic review and network meta-analysis. J Neurol. 2019. doi:10.1007/s00415-019-09395-w

Downloads

Publicado

2020-04-27

Edição

Seção

Artigo de Revisão

Como Citar

1.
Silva JG da, Pezzini MF, Poeta J. Avanços no tratamento da esclerose múltipla através do anticorpo monoclonal Ocrelizumabe. Medicina (Ribeirão Preto) [Internet]. 27º de abril de 2020 [citado 19º de abril de 2024];53(1):35-41. Disponível em: https://revistas.usp.br/rmrp/article/view/161404