"Ninguém tem como falar da gente"

políticas outras para o teatro contemporâneo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v19i2p210-221

Palavras-chave:

Arte e política, Modos de criação e produção, Políticas da cena, Escrevivência, Cidade

Resumo

Na cena contemporânea do teatro, a cidade tem estado bastante presente, seja como suporte sensível, temática, base dramatúrgica ou material de trabalho. As relações entre cidade e violência, por exemplo, têm perpassado o trabalho de grupos como o Nóis de Teatro, de Fortaleza, e o Coletivo Bonobando, do Rio de Janeiro. Os locais de moradia dos integrantes e os percursos que fazem na cidade, assim como suas experiências de vida, corporeidades, memórias e vivências, são decisivos para seus processos de criação e também para seus modos de produção. Ao colocar em evidência as especificidades e as urgências dessas produções, que historicamente estiveram excluídas dos nichos hegemônicos das artes, consideramos que essas cenas podem atualizar e ampliar os debates entre arte e política no Brasil.

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Biografia do Autor

  • Adriana Schneider Alcure, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Professora do Curso de Direção Teatral e do Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Suporte pelo programa de bolsas para pesquisa Capes/Humboldt (agosto de 2018 a outubro de 2019.

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Publicado

2019-12-20

Edição

Seção

SALA ABERTA

Como Citar

"Ninguém tem como falar da gente": políticas outras para o teatro contemporâneo. (2019). Sala Preta, 19(2), 210-221. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3867.v19i2p210-221