A Questão Negra No Mundo Moderno

Autores

  • Nkolo Foé

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1983-6023.sank.2011.88812

Palavras-chave:

Negritude, Pós-colonialismo, Emancipação, Iniciativa histórica

Resumo

O objetivo deste artigo é uma análise da Questão Negra na história moderna. A compreensão radical desta questão exige uma apreensão clara das mudanças do capitalismo moderno. O modo de produção capitalista prioriza os homens e as raças de acordo com seus talentos e suas contribuições intelectuais ou tecnicas à economia. Para legitimar a escravidão, o capitalismo usa o argumento da “inferioridade congênita” do Negro. Este argumento reaparece cada vez que o capitalismo tenta de acelerar o processo de acumulação ou de superar uma crise sistêmica. É o que aconteceu durante os últimos anos, apesar do fato de que as lutas nacionais de libertação e as independências africanas conseguiram afirmar a humanidade dos Negros e a historicidade das sociedades africanas. Os movimentos de reforma ou de revolução social na África apareceram como portadores de um ideal de transformação qualitativa da Condição Negra em nome da retomada da iniciativa histórica. Isso implicou a exigência de ruptura e de saída do Império. Mas os movimentos conservadores como a Negritude e o Pós-colonialismo encararam o destino do Negro no seio do Império. Este artigo tenta esclarecer os termos do confronto que envolve os níveis gnosiológicos (ex.: a questão da razão ou da intuição relacionada à mente negra); metodológicos (ex.: a questão da hermenêutica e da inteligibilidade do real); epistemológicos (ex.: a questão da historia, da geografia e da etnologia); ontológicos (ex.: a questão da flexibilidade ou não do ser); culturais (ex.: a questão da mestiçagem); políticos (ex.: a questão do ajustamento ou de resistência à ordem do mundo).

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Biografia do Autor

  • Nkolo Foé
    Professor da Ecole Normale Supérieure, Université de Yaoundé ,Camarões

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Publicado

2011-12-06

Edição

Seção

Artigos

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