O repórter e a reportagem televisiva

a cobertura do atentado contra o Charlie Hebdo

Autores

  • Ana Paula Goulart Ribeiro Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Igor Sacramento Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2019.147446

Palavras-chave:

Televisão, cultura, Brasil, França, jornalismo

Resumo

Este artigo compara as coberturas dos programas Jornal Nacional (da TV Globo) e Le 20 Heures (do canal TF1) sobre o atentado terrorista ao jornal francês Charlie Hebdo em 7 de janeiro de 2015, a partir das diferentes formas de performance dos repórteres em duas culturas televisivas distintas: a brasileira, marcada pela subjetivação, e a francesa, pela descorporalização.

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Biografia do Autor

  • Ana Paula Goulart Ribeiro, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da UFRJ.

  • Igor Sacramento, Universidade Federal do Rio de Janeiro

    Doutor em Comunicação e Cultura pela UFRJ. Professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura da UFRJ e do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

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Publicado

2019-01-31

Como Citar

O repórter e a reportagem televisiva: a cobertura do atentado contra o Charlie Hebdo. (2019). Significação: Revista De Cultura Audiovisual, 46(51). https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2019.147446