O que está acontecendo aqui? Da explicação das ações à atividade de explicar

Autores

  • Davide Sparti Universidade de Siena. Departamento de Ciências Sociais, Políticas e Cognitivas

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0103-20702014000200007

Resumo

O artigo é um trabalho de natureza metateórica que investiga uma gama de problemas ligados ao que fazemos quando explicamos as ações. A explicação é apresentada no quadro pragmático do explicar como prática teórico-comunicativa. O objetivo é analisar como certos atores sociais operam quando a praticam e esclarecer que tipo de atividade é a atividade por meio da qual explicamos as ações dos outros. A identificação e a descrição das ações são inseridas na atividade mais ampla de atribuir motivos e intenções, cuja finalidade é tornar as ações inteligíveis. A consequência dessa perspectiva é deslocar a questão da explicação do plano essencialmente epistemológico para o plano sociológico, ligado aos contextos e às circunstâncias em que se usa a explicação como recurso para agir e interagir.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Achinstein, P. (1977), “What is an explanation?”. American Philosophical Quaterly, 14: 1-15.

Brandom, R. (1988), “Varieties of understanding”. In: Rescher, R. (org.). Reason and rationality in natural science. Lanham, md, Lanham University Press.

Bromberger, S. ([1963] 1968), “An Approach to Explanation”. In: butler, R. J. (ed.). Analytical Philosophy. Oxford, Basil Blackwell.

Draper, S. W. (1988), “What’s going on in everyday explanation?”. In: Antaki, C. (org.). Analysing everyday explanation. Londres, Sage.

Dray, W. (1957), Laws and explanations in history. Oxford, Oxford University Press.

Drury, M. O’C. (1981), “Conversations with Wittgenstein”. In: Rhees, R. (ed.). Ludwig Wittgenstein: Personal Recollections. Oxford, Blackwell.

Fish, S. (1989), Doing what comes naturally: change, rhetoric and the practice of theory in literary and legal studies. Oxford, Clarendon Press.

Garfinkel, H. (1967), “What is Ethnometodology”. In: ______. Studies in ethnometodology. Engelwood Cliffs, nj, Prentice Hall.

Geertz, C. (1973), Interpretations of culture. Nova York, Basic Books.

Hacking, I. (1986), “Making up people”. In: Heller, T. C.; Sesna, M. & Wellbery, D. E. (orgs.). Reconstructing individualism. Stanford, Stanford University Press.

Hempel, G. & Oppenheim, P. (1948), “Studies in the logic of explanation”. Philosophy of Science, 15 (2): 135-175.

Pizzorno, A. (1989), “Spiegazione come reidentificazione”. Rassegna Italiana di Sociologia, xxx (2): 169.

Rorty, R. (1980), Philosophy and the mirror of nature. Nova Jersey, Princeton University Press.

Roth, P. A. (1989), “How narratives explain”. Social Research, 56 (2): 467-469.

Sparti, D. (1992), Se um leone potesse parlare: indagine sul comprendere e lo spiegare. Florença, Sansoni.

______. ([1995] 2002), Epistemologia delle scienze social. Bolonha, Il Mulino.

Spence, D. (1982), Narrative truth and historical truth: meaning and interpretation in psychoanalysis. Nova York/Londres, W. W. Norton & Company.

wittgenstein, L. (1953), Philosophical investigations. Oxford, Blackwell.

______. (1993), “Remarks on Frazer’s ‘Golden Bough’”. In: klagge, J. C. & nordmann, A. (orgs.). Philosophical occasions –Ludwig Wittgenstein: 1912-1951. Indianapolis, Hackett Publishing Company.

Wright-Mills, C. (1940), “Situated action and the vocabularies of motive”. American Sociological Review, 5: 904-913.

Downloads

Publicado

2014-12-01

Edição

Seção

Dossiê - Fundamentos da Sociologia

Como Citar

Sparti, D. (2014). O que está acontecendo aqui? Da explicação das ações à atividade de explicar . Tempo Social, 26(2), 109-122. https://doi.org/10.1590/S0103-20702014000200007