Quando o estado de exceção se torna permanente: reflexões sobre a militarização da segurança pública no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2020.158668

Palavras-chave:

Estado de exceção, Militarização, Polícia, Segurança pública, Intervenção militar

Resumo

Pretende-se refletir sobre as mudanças recentes no cenário político e institucional do Brasil. A sociedade brasileira, historicamente, construiu uma estrutura sólida de distribuição desigual de poder e de riquezas. Em grande parte, esta estrutura só foi possível em razão de altos padrões de exploração do trabalho e de elevados níveis de desigualdade, refletidos num judiciário e numa polícia violentos e racistas. Uma das características marcantes do estado brasileiro é a militarização de suas forças policiais e a policialização de suas forças armadas. Este processo vem se acirrando nas últimas décadas. O cenário atual de militares terem assumido, pelo voto direto, o poder máximo da nação parece ser o ápice do processo de militarização, e seus efeitos ainda carecem de análise cuidadosa. A proposta deste artigo, portanto, é, fazendo uso da noção de estado de exceção de Giorgio Agamben (2004), mostrar que a militarização corresponde à normalização do militarismo, com suas consequências em termos de limitações de direitos e legitimação da violência do estado, notadamente da polícia. A base empírica para a análise é o modelo de ocupação de territórios e intervenção ostensiva no Rio de Janeiro, instaurado pela intervenção federal militar do ano de 2018. A intervenção, neste sentido, não apenas serviu de laboratório para medidas repressivas e violentas de segurança, como também foi um teste de legitimação da gestão militarizada da segurança pública, com seu componente de construção permanente de um inimigo a ser abatido, dentro da lógica da guerra e do confronto armado. Seguindo, assim, Michel Foucault (1999), a política está se convertendo, no Brasil contemporâneo, na extensão da guerra por meios altamente militarizados.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Luís Antônio Francisco de Souza, Universidade Estadual Paulista

    Professor do Departamento de Sociologia e Antropologia e do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, Unesp, campus de Marilia.

  • Carlos Henrique Aguiar Serra, Universidade Federal Fluminense

    Professor do Departamento de Ciência Política e do Programa de Pós-graduação de Ciência Política da UFF.

Referências

Agamben, Giorgio. (2004), Estado de exceção. Tradução de Iraci D. Poleti. São Paulo, Boitempo.

Agamben, Giorgio. (2004a), Homo sacer: o poder soberano e a vida nua. Tradução de Henrique Burigo. Belo Horizonte, Editora da UFMG.

Agamben, Giorgio (2017), O uso dos corpos. São Paulo, Boitempo.

Alves, José Cláudio Souza. (2011), Dos barões ao extermínio: a história da violência na Baixada Fluminense. Rio de Janeiro, Sepe/apph-Clio.

Alves, José Cláudio Souza. Entrevista para o El País. Apud Simões, Mariana. (30 jan. 2019), “No Rio de Janeiro a milícia não é um poder paralelo. É o Estado”. El País. Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2019/01/29/politica/1548794774_637466.html, consultado em 31/1/2019.

Azzi, Veronica F. (2017), “Security for show? The militarisation of public space in light of the 2016 Rio Olympic Games. Contexto Internacional, 39 (3).

Bauman, Zygmunt. (1999), Globalização: as consequências humanas. Tradução de Marcus Penchel. Rio de Janeiro, Jorge Zahar.

Bauman, Zygmunt. (2003), Comunidade: a busca por segurança no mundo atual. Rio de Janeiro, Jorge Zahar.

Batista, Nilo. (2002), “Mídia e sistema penal no capitalismo tardio”. Revista Discursos Sediciosos, 7 (12): 271-288.

Batista, Nilo & Batista, Vera Malaguti (orgs.). (2012), Paz armada. Rio de Janeiro, Revan.

Bayley, David. (2001), Padrões de policiamento. São Paulo, Edusp.

Bayley, David. (2006), Changing the guard: developing democratic police abroad. Oxford, Oxford University Press.

Bbc. (15 dez. 2018), “O que são e como agem as milícias acusadas de matar Marielle Franco”. g1. Disponível em https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/12/15/o-que-sao-e-como-agem-as-milicias-acusadas-de-matar-marielle-franco.ghtml?fbclid=IwAR17N1xpfw8gydPZkOWdPpNc0pDrGJ9c5ERurwbgvoPnews3f_8uzn90_HA.

Beck, Ulrich. (2010), Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. São Paulo, Editora 34.

Benites, Afonso. (4 fev. 2019), “Plano Moro afrouxa regras para policiais que matam e sugere medidas que já foram barradas”. El País, Brasília. https://brasil.elpais.com/brasil/2019/02/04/politica/1549311947_740805.html, consultado em 9/2/2019.

Betim, Felipe. (28 dez. 2018), “Menos latrocínios e mais mortes por policiais. Qual é o legado da intervenção no Rio?”. El País, Rio de Janeiro. Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2018/12/27/politica/1545875863_659881.html?fbclid=IwAR0WpgN1lqQGLxNGSgnBB8H2ygYz2ht-lU3TDMbSPtOA9-HOrPWDBnAIqgw, consultado em 30/1/2019.

Bianchi, Paula. (29 jul. 2017), “Rio chama Exército contra violência pela 12ª vez em 10 anos. Adianta?”. Uol. Disponível em https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/07/29/rio-chama-exercito-contra-violencia-pela-12-em-10-anos-virou-rotina.htm, consultado em 23/4/2018.

Caldeira, Teresa Pires do Rio. (2001), Cidade de muros. Crime, segregação e cidadania em São Paulo. São Paulo, Edusp/Editora 34.

Cano, Ignacio & Duarte, Thaís. (2012),“No sapatinho”: a evolução das milícias no Rio de Janeiro (2008-2011). Rio de Janeiro, Fundação Heinrich Böll.

Correio Braziliense. (21/6/2013), “Após quebra-quebra, Polícia Federal faz levantamento de danos na Esplanada”. Correio Braziliense [online]. Disponível em https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2013/06/21/interna_cidadesdf,372629/apos-quebra-quebra-policia-federal-faz-levantamento-de-danos-na-esplanada.shtml.

Cruz, Ana Vládia Holanda et al. (2017), “A ditadura que se perpetua: direitos humanos e a militarização da questão social”. Psicologia: Ciência e Profissão, 37 (núm. esp.): 239-252. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932017000500239&lng=en&nrm=iso.

“Disputa entre tráfico e milícia deixa mais dois mortos em São Gonçalo”. (6 dez. 2017), O São Gonçalo. Disponível em https://www.osaogoncalo.com.br/seguranca-publica/39645/disputa-entre-trafico-e-milicia-deixa-mais-dois-mortos-em-sao-goncalo, consultado em 30/1/2019.

Douglas, Mary. (1976), Pureza e perigo. Tradução de Sónia Pereira da Silva. São Paulo, Perspectiva.

Elias, Norbert. (2001), A solidão dos moribundos. Rio de Janeiro, Jorge Zahar.

Fleury, Sônia. (maio/ago. 2012), “Militarização do social como estratégia de integração: o caso da UPP do Santa Marta”. Sociologias, ano 14 (30): 194-222.

Foucault, Michel. (2008), Segurança, território, população. Tradução de Eduardo Brandão. São Paulo, Martins Fontes.

Foucault, Michel. (1999), Em defesa da sociedade. Tradução de Maria Ermantina Galvão. São Paulo, Martins Fontes. 1999.

Frade, Laura. (2007), O que o congresso nacional pensa sobre a criminalidade. Brasília, tese de doutorado em sociologia, Universidade de Brasília, UnB.

Freixo, Adriano de; Serra, Carlos Henrique Aguiar & Medeiros, Dulcinéa de (jan./jun. 2012), “O Estado de direito no Brasil e suas incongruências: os direitos humanos em questão”. Contemporânea: Revista de Sociologia da UFSCar, 2 (1): 65-82.

Garland, David. (2008), A cultura do controle: crime e ordem social na sociedade contemporânea. Tradução de André Nascimento. Rio de Janeiro, Revan.

Goffman, Erving. (2001), Manicômios, prisões e conventos. Tradução de Dante Moreira Leite. São Paulo, Perspectiva.

Graham, Stephen. (2016), Cidade sitiadas: o novo urbanismo militar. São Paulo, Boitempo.

Gros, Frédéric. (2006), États de violence. Essai sur la fin de la guerre. Paris, Galimard,

Gusso, Luana de Carvalho Silva. (2013), Carne e culpa: notas sobre a gestão penal do sexo. Rio de Janeiro, Lumen Juris.

Huggins, Martha et al. (2006), Operários da violência: policiais torturadores e assassinos reconstroem as atrocidades brasileiras. Brasília, Editora da UnB.

Italiani, Rafael. (2 dez. 2015), “Polícia prende 17 do PCC em tribunal do crime”. O Estado de S. Paulo, São Paulo. Disponível em http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,policia-prende-17-do-pcc-em-tribunal-do-crime,10000003679, consultado em 23/4/2018.

Johnston, Les & Shearing, Clifford. (2003), Governing security: explorations in policing and justice. Nova York/Londres, Rutledge.

Leite, Márcia S. P. (2012), “Da ‘metáfora da guerra’ ao projeto de ‘pacificação’: favelas e políticas de segurança pública no Rio de Janeiro”. Revista Brasileira de Segurança Pública, 6 (2): 374-389.

Lima, Roberto Kant de. (1995), A polícia da cidade do Rio de Janeiro: seus dilemas e paradoxos. Rio de Janeiro, Forense.

Lima, Tarcísio. (2018), Relatório 5, Vozes sobre a intervenção. In: Observatório da Intervenção. Disponível em https://drive.google.com/file/d/1MB8rshox_wecNNkvj4PKNGp8xipUSp9h/view, consultado em 5/2/2019.

Lopes Jr., Aury. “Lei 13.491/2017 fez muito mais do que retirar os militares do tribunal do júri”. (20 out. 2017), Consultor Jurídico. Disponível em https://www.conjur.com.br/2017-out-20/limite-penal-lei-134912017-fez-retirar-militares-tribunal-juri, consultado em 20/3/2018.

Machado da Silva, Luiz Antônio (org.). (2008), Vida sob cerco: violência e rotina nas favelas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Nova Fronteira.

Machado da Silva, Luiz Antônio. (fev. 2013), “Cidades controladas. O controle do crime violento na cidade do Rio de Janeiro”. Le Monde Diplomatique Brasil, 67.

Martín, María. (24 jul. 2016), “Como a milícia se infiltrou na vida do Rio”. El País, Rio de Janeiro. Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2016/07/21/politica/1469054817_355385.html.

“Milícias expulsam os traficantes de drogas e já controlam 92 favelas da cidade”. (dez. 2006; atualizado abr. 2012), O Globo. Disponível em https://oglobo.globo.com/rio/milicias-expulsam-os-traficantes-de-drogas-ja-controlam-92-favelas-da-cidade-4541224.

Monteiro, Raul. (jan. 2019), “Governo amplia rol de comissionados que podem tornar ‘ultrassecretos’ dados públicos”. Política Livre. Disponível em http://www.politicalivre.com.br/2019/01/governo-amplia-rol-de-comissionados-que-podem-tornar-ultrassecretos-dados-publicos/, consultado em 5/2/2019.

Nóbrega Jr., José Maria Pereira da. (2010), “A militarização da segurança pública: um entrave para a democracia brasileira”. Revista de Sociologia e Política, 18 (35): 119-130. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-44782010000100008&lng=en&nrm=iso.

“Novo comandante do Exército reclama de ‘preconceito’ contra tortura”. (24 nov. 2018). Blog da Cidadania. Disponível em https://blogdacidadania.com.br/2018/11/novo-comandante-do-exercito-reclama-de-preconceito-contra-tortura/?fbclid=IwAR0YcKeEjiYrq7P1Q4hE_wMBTrQk3vUjP-z8NXH9EKiZQCz0RHkI2oOBIY8, consultado em 2/2/2019.

“Novo secretário-executivo do mec é militar”. (29 mar. 2019), G1. Disponível em https://g1.globo.com/educacao/noticia/2019/03/29/novo-secretario-executivo-do-mec-e-

-nomeado.ghtml?fbclid=IwAR24IbrD3qkAn6aObUYNgzp7j7u-BLq2dz8rvR_82Jo7rV2D7ZSDhD0QoOY, consultado em 31/3/2019.

Nunes, Pablo & Silva, Pedro Paulo dos Santos da (11 jul. 2018), “Um vácuo de informações sobre a intervenção federal no Rio”. El País. Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2018/07/10/opinion/1531255156_146315.html fbclid=IwAR3A19eI64y9S3w5gxLnZTTWhep0fO58oju81y0jvNk4jmJmNgh-4DI5Tw0, consultado em 29/1/2019.

“O que se sabe sobre a intervenção federal no rj e quem é quem no comando militar”. (19 fev. 2018), El País, São Paulo. Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2018/02/16/politica/1518809925_167595.html, consultado em 30/1/2019.

Observatório da Intervenção. Disponível em http://observatoriodaintervencao.com.br/, consultado em 10/2/2019.

Observatório da Intervenção. (16 fev. 2018-16 ago. 2018), Relatório 05, Vozes sobre a intervenção. Disponível em https://drive.google.com/file/d/1MB8rshox_wecNNkvj4PKNGp8xipUSp9h/view, consultado em 5/2/2019.

O Estado de S. Paulo. (20 jun. 2013a), “Festa e fúria, as três faces do movimento nas ruas”. O Estado de S. Paulo, pp. 23-24.

O Estado de S. Paulo. (15 jun. 2013b), “Ministros criticam intervenção policial”. O Estado de S. Paulo, p. 17.

Oliveira, J. P. de. (2014), “Pacificação e tutela militar na gestão de populações e territórios”. Mana, 20 (1): 125-161.

Olliveira, Cecília; Couto, Maria Isabel; Hirota, Renata & Spagnuolo, Sérgio. (5 abr. 2018), “Tá tudo dominado”. The Intercept Brasil. Disponível em https://theintercept.com/2018/04/05/milicia-controle-rio-de-janeiro/?fbclid=IwAR1Ae2eB-WcWMt5CSlbdnXNdOTEl5xUoth155SSvbDabflB8-JRVuTV0Vwc, consultado em 30/1/2019.

Paoliello, Tomaz & Miklos, Manoela. (4 October 2017), “Militarização da segurança pública no Rio e em todo o mundo”. Open Democracy. Disponível em https://www.opendemocracy.net/democraciaabierta/manoela-miklos-tomaz-paoliello/militariza-o-da-seguran-p-blica--no-rio-e-em-todo-o-, consultado em 07/2/2019.

Pires, Carol. (22 jan. 2019), “Os Bolsonaros, Queiroz, as milícias e a morte de Marielle”. Revista Época. Disponível em https://epoca.globo.com/os-bolsonaros-queiroz-as-milicias-a-morte-de-marielle-23392403?fbclid=IwAR31UXuUu0yqZd7XOJ7tS9uaey2qOrETOnEw5susCwZahdR_lSbvYyML7OE, consultado em 20/2/2019.

“Quatro escolas públicas do df passam a ter ‘modelo militar’ já no começo do ano letivo”. (31 jan. 2019), Tv Globo e g1 df. Disponível em https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2019/01/31/quatro-escolas-publicas-do-df-passam-a-ter-modelo-militar-ja-no-comeco-do-ano-letivo.ghtml utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=g1&utm_content=post&fbclid=IwAR2t2rckeHzeEXEWlvJj81VhgEt6nAXWf-aTMycJXreyz-nDPMjOkj2GHyI, consultado em 20/2/2019.

Ramalho, Sérgio & Demori, Leandro. (22 mar. 2018), “Outro miliciano de CPI na qual Marielle Franco trabalhou esteve na Câmara – horas antes do crime”. The Intercept Brasil. Disponível em https://theintercept.com/2018/03/21/outro-miliciano-marielle-franco-camara-crime/, consultado em 20/2/2019.

“Relembre dez grandes chacinas que marcaram o Brasil”. (2010), Terra. Disponível em http://www.terra.com.br/noticias/infograficos/chacinas-brasil/chacinas-brasil-10.htm.

Rodrigues, André & Siqueira, Raiza. (2012), “As Unidades de Polícia Pacificadora e a segurança pública no Rio de Janeiro”. In: Unidades de Polícia Pacificadora: debates e reflexões. Rio de Janeiro, Comunicações do Iser, n. 67, ano 31.

Schmitt, Carl. (1992), O conceito de político. Tradução de Álvaro L. M. Valis. Petrópolis, Vozes.

Schmitt, Gustavo. (20 jan. 2019), “Desde o início do governo Bolsonaro, 41 militares assumiram postos-chave”. O Globo.

Disponível em https://oglobo.globo.com/brasil/desde-inicio-do-governo-bolsonaro-41-militares-assumiram-postos-chave-23386718?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=O%20Globo.

Serra, Carlos Henrique Aguiar & Souza, Luís Francisco de. (2018), “Estado de exceção, gestão militarizada dos ilegalismos e as novas configurações da infâmia no Brasil contemporâneo”.

Revista NEP – Núcleo de Estudos Paranaenses da ufpr, 4 (2): 141-163. Disponível em https://revistas.ufpr.br/nep/article/view/63831.

Serra, Carlos Henrique Aguiar & Souza, Luís Francisco de. (2018), “Militarização e punição: algumas reflexões”. Teoria e Debate, 1: 1-8.

Serra, Carlos Henrique Aguiar & Rodrigues, Thiago. (2014), “Estado de Direito e punição: a lógica da guerra no Rio de Janeiro”. Revista Paranaense de Desenvolvimento (on-line), 35: p. 91-108.

Serra, Carlos Henrique Aguiar e Zaccone, Orlando. (2012), “Guerra é paz: os paradoxos da política de segurança de confronto humanitário”. In: Batista, Nilo & Batista, Vera Malaguti (orgs.). Paz armada. Rio de Janeiro, Revan.

Silva, Vinicius Felix da. (2018), O Estado de Exceção Pacificador: modulações e paradigmas da exceção em Agamben e na política pública de pacificação do Rio de Janeiro. Santo André, dissertação de mestrado em Ciências Humanas, Universidade Federal do ABC, UFABC.

Simões, Mariana. (30 ene. 2019), “No Rio de Janeiro a milícia não é um poder paralelo. É o Estado”. El País. Disponível em https://brasil.elpais.com/brasil/2019/01/29/politica/1548794774_637466.html, consultado em 31/1/2019.

Souza, Luís Antônio Francisco de. (mar. 2012), “A militarização da segurança pública”. Le Monde Diplomatique, 56.

Toledo, Luiz Fernando. (20 dez. 2018), “Governo decreta sigilo de gastos com transição de Temer a Bolsonaro”. Uol Notícias – Estadão Conteúdo, São Paulo. Disponível em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia estado/2018/12/20/governo-decreta-sigilo-de-gasto-com-transicao.htm?utm_source=facebook&utm_medium=social-media&utm_campaign=noticias&utm_content=geral&fbclid=IwAR1pUP2cLV3mtPUuPDNvbve4yMO0EtlNTcVgpFk6j7_bhvdBCA0H_V6wFhQ, consultado em 5/2/2019.

Tudo sobre. Estadão: Amarildo de Souza. Disponível em https://tudo-sobre.estadao.com.

br/caso-amarildohttp://observatoriodaintervencao.com.br/, consultado em 10/2/2019.

Valente, Rubens. (20 jan. 2019), “Militares já se espalham por 21 áreas do governo Bolsonaro, de banco estatal à Educação”. Folha On-Line. Disponível em https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/01/militares-ja-se-espalham-por-21-areas-do-governo-bolsonaro-de-banco-estatal-a-educacao.shtml utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=compfb&fbclid=IwAR36pEG23Dp0OB_WbS8HRR0oNI4gj9HAcIcpoqUaAXq5Y5-rd-o3meGbN18, consultado em 31/3/2019.

Velasquez, Douglas Pohlmann. (mar. 2015), “A (in)constitucionalidade da Força Nacional de Segurança Pública”. Jus. Disponível em https://jus.com.br/artigos/37331/a-in-constitucionalidade-da-forca-nacional-de-seguranca-publica, consultado em 20/4/2018.

Vilela, Pedro Rafael. (23 fev. 2018), “Intervenção militar na segurança do Rio atinge os mais pobres e não resolve violência”. Brasil de Fato, Brasília (df). Disponível em https://www.brasildefato.com.br/2018/02/23/intervencao-militar-na-seguranca-do-rio-atinge-os-mais-pobres-e-nao-resolve-violencia, consultado em 23/4/2018.

Wacquant, Loïc. (1999), Les prisons de la misère. Paris, Raisons d’Agir.

Zaccone, Orlando. (2013), Indignos de vida: a forma jurídica da política de extermínio de inimigos na cidade do Rio de Janeiro. Niterói, rj, tese de doutorado, Universidade Federal Fluminense.

Zaverucha, Jorge. (2005), FHC, forças armadas e polícia: entre o autoritarismo e a democracia, 1999-2002. Rio de Janeiro, Record.

Zaverucha, Jorge. (nov. 2008), “De FHC a Lula: a militarização da agência brasileira de inteligência”. Rev. Sociol. Polít., 16 (31): 177-195.

Downloads

Publicado

2020-08-05

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Quando o estado de exceção se torna permanente: reflexões sobre a militarização da segurança pública no Brasil. (2020). Tempo Social, 32(2), 205-227. https://doi.org/10.11606/0103-2070.ts.2020.158668