A hora de Quatro Quadras de Terra: por uma leitura a partir dos pressupostos do teatro épico

Autores

  • Beatriz Yoshida Protazio Universidade Estadual de Maringá. Programa de Pós-Graduação em Letras.

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v11i2p37-52

Palavras-chave:

teatro brasileiro, teatro dialético, reforma agrária

Resumo

Este artigo busca analisar, sob a luz do materialismo histórico-dialético, a dramaturgia de Quatro Quadras de Terra, de 1963, escrita por Oduvaldo Vianna Filho. Para tanto, realizou-se a leitura cerrada do texto, de modo que fosse possível empreender uma análise em relação dialógica com os seus contextos de produção e de circulação, garantindo o primado do objeto literário, que é fundamental para o campo dos estudos literários a que este trabalho responde. O resultado deve ser a confirmação da obra como objeto incontornável para o entendimento da cultura em geral e da literatura e do teatro brasileiros em especial.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Beatriz Yoshida Protazio, Universidade Estadual de Maringá. Programa de Pós-Graduação em Letras.

    Universidade Estadual de Maringá (doutorado em andamento). Estudos Literários. Orientador: Alexandre Villibor Flory.

Referências

ADORNO, Theodor W. Filosofia da nova música. São Paulo: Perspectiva, 2009.

BARCELLOS, Jalusa. CPC da UNE: uma história de paixão e consciência. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.

BRECHT, Bertolt. Estudos sobre teatro. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978.

BRECHT, Bertolt. Santa Joana dos Matadouros. São Paulo: Cosac Naify, 2009.

CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. 7. ed. São Paulo: Nacional, 1973.

CARVALHO, Sérgio. Atitude modernista no teatro brasileiro (palestra de 2003 sobre politização da cena em São Paulo). Dramaturgia Dialética, São Paulo, 3 abr. 2020a. Disponível em: https://sergiodecarvalho.com/2020/04/03/atitude-modernistano-teatro-brasileiro-palestra-de-2003-sobre-politizacao-da-cena-em-sao-paulo/. Acesso em: 12 mar. 2021.

CARVALHO, Sérgio. Notas sobre dramaturgia modernista e desumanização. Dramaturgia Dialética, São Paulo, 5 abr. 2020b. Disponível em: https://sergiodecarvalho.com/2020/04/05/notas-sobre-dramaturgia-modernista-edesumanizacao/. Acesso em: 12 mar. 2021.

COSTA, Iná Camargo. A hora do teatro épico no Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

COSTA, Iná Camargo. Nem uma lágrima: teatro épico em perspectiva dialética. São Paulo: Expressão Popular, 2012.

COSTA, Iná Camargo. Sinta o drama. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.

DA SILVA, Roberta Alves. A grande família: intelectuais de esquerda, Rede Globo e censura durante a ditadura militar (1973-1975). 2015. 216 f. Dissertação (Mestrado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, 2015.

FRANCO, Maria Sylvia de Carvalho. Homens livres na Ordem Escravocrata. São Paulo: Editora Unesp, 1997.

FREITAS FILHO, José Fernando Marques de. Com os séculos nos olhos: teatro musical e expressão política no Brasil, 1964-1979. 2006. 386 f. Tese (Doutorado em Literatura) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2006.

GATTI, Luciano. Benjamin e Brecht: a pedagogia do gesto. Cadernos de Filosofia Alemã: Crítica e Modernidade, [s. l.], n. 12, p. 51-78, 2008. DOI: 10.11606/issn.2318-9800.v0i12p51-78. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/filosofiaalema/article/view/64797. Acesso em: 28 mar. 2021.

GONÇALVES, Felipe et al. Linguagens artísticas em cursos de formação da Escola Nacional Florestan Fernandes – Centro-Oeste: uma proposta metodológica em construção. Revista NUPEART, Florianópolis, v. 15, n. 1, p. 33-48, 2016. DOI: 10.5965/2358092515152016033. Disponível em: https://www.revistas.udesc.br/index.php/nupeart/article/view/7532. Acesso em: 28 mar. 2021.

MENEZES, Manoela Paiva. A contradição entre drama burguês e teatro épico na obra de Oduvaldo Vianna Filho. 2017. 101 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) – Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC), Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Marília, SP, 2017.

PROTAZIO, Beatriz Yoshida. Teatro épico no Brasil 1961-1964: A questão agrária na dramaturgia do Teatro de Arena e do Centro Popular de Cultura (CPC). Dissertação (Mestrado) – Curso de Letras, Programa de Pós-graduação em Letras, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, PR, 2019.

ROSENFELD, Anatol. O teatro épico. São Paulo: Perspectiva, 2014.

SCHWARZ, Roberto. As ideias fora do lugar. São Paulo: Penguin Companhia das Letras, 2014.

STEDILE, João Pedro (org.). A questão agrária no Brasil: história e natureza das Ligas Camponesas 1954-1964. São Paulo: Expressão Popular, 2006.

SZONDI, Peter. Teoria do drama moderno (1880-1950). São Paulo: Cosac Naify, 2015.

SZONDI, Peter. Teoria do drama burguês [século XVIII]. São Paulo: Cosac Naify, 2004.

TOLEDO, Paulo Bio; NEIVA, Sara Mello. Mutirão em Novo Sol e o experimentalismo político no teatro brasileiro da década de 1960. Aspas, São Paulo, v. 5, n. 2, p. 67-80, 2015. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/aspas/article/view/102249. Acesso em: 28 mar. 2021.

TOLEDO, Paulo Bio; RIBEIRO, Paula Chagas Autran. Experimentalismo e politização na dramaturgia brasileira da década de 1960: do Seminário de Dramaturgia no Teatro de Arena à peça Mutirão em Novo Sol. Cena, [s. l.], n. 19, 2016. DOI: 10.22456/2236-3254.60701. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/cena/article/view/60701. Acesso em: 28 mar. 2021.

VIANNA FILHO, Oduvaldo. Teatro de Oduvaldo Vianna Filho . Rio de Janeiro: Ilha/Muro. 1981. v. 1.

VILLARES, Rafael de Souza. Por uma dramaturgia nacional-popular: o teatro de Oduvaldo Vianna Filho no CPC da UNE (1960-1964). 2012. 266 f. Dissertação (Mestrado em Artes da Cena) – Programa de Pós-Graduação do Instituto de Artes, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2012.

VILLAS BÔAS, Rafael Litvin. Teatro político e questão agrária, 1955-1965: contradições, avanços e impasses de um momento decisivo. 2009. 233 f. Tese (Doutorado em Literatura) – Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2009.

VILLAS BÔAS, Rafael Litvin. Desafios do teatro político contemporâneo. Revista Terceira Margem, Rio de Janeiro, v. 18, n. 30, p. 197-226, 2014. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/tm/article/view/9756/7573#:~:text=H%C3%A1%20diversos%20fatores%20que%20tornam,Brasil%2C%20ª%20aus%C3%Aancia%20de%20mecanismos. Acesso em: 28 mar. 2021.

VILLAS BÔAS, Rafael Litvin; GONÇALVES, Felipe. Quando Camponeses Entram em Cena: trabalho teatral do MST e a interface com a linguagem audiovisual. Revista Brasileira de Estudos da Presença, [s. l.], v. 9, n. 4, p. 1-29, 2019. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/presenca/article/view/91022. Acesso em: 28 mar. 2021.

XAVIER, Nelson. Mutirão em Novo Sol. São Paulo: Expressão Popular, 2015.

Downloads

Publicado

2022-12-04

Como Citar

A hora de Quatro Quadras de Terra: por uma leitura a partir dos pressupostos do teatro épico. (2022). Revista Aspas, 11(2), 37-52. https://doi.org/10.11606/issn.2238-3999.v11i2p37-52