People on records

bureaucracy and health-illness process

Authors

  • Wagner Guilherme Alves da Silva Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v29i1p38-52

Keywords:

Dor, Pessoa, Adoecimento no Trabalho, Burocracia, Estado

Abstract

This paper analyzes the complex administrative relationships in a Rehabilitation Center for Work. In such a place people turn into patients, and pain into medical cases. At the root of this procedure, there are various mechanisms of social representation of people through administrative files that build people through the portrait undertaken by an analyst of the worker's illness situation. It was found that the so-called causal nexus between illness and working conditions performed by the doctor at the Center is deeply related to the representations graphed in the files. It is guided by notions such as autonomy and independence, both values ​​of the ideology of individualism. In this way, work, body and pain portrayed in the files respond not only to the objective record of narrated situations, but, above all, they are informed by broader frames such as university, religious and worldviews. Furthermore, it was noticed that the diagnosis is undertaken by different social agents, at different scales that, when filling out the forms, build frames through which the clinical "case" becomes intelligible. Therefore, I am interested in pursuing the process of social production of patients through representations in medical records, reports, certificates and other documents.

Downloads

Download data is not yet available.

References

AUGÉ, Marc. (1986) Ordre biologique, ordre social: la maladie, forme elementaire de l'evénement. In: AUGÉ, M.; HEWRZLICH, C. Le Sens du Mal: Anthropologic, Histoire, Sociologie de la maladie. Paris: Éditions des Archives Contemporaines.

BIHEL, João. (2004) Ciência, Tecnologia e Saúde Mental. In: LEIBING, A. Tecnologias do corpo: Uma antropologia das medicinas no Brasil. Rio de Janeiro: NAU Editora.

CASTRO, Celso.; CUNHA, Olívia.M.G. (2005) “Quando o campo é o arquivo”. EstudosHistóricos, n. 36, pp. 3-5.

CAROSO, Carlos Alberto. (1998) Nem Tudo na Vida tem Explicação: Explorações Sobre Causas de Doenças e Seus Significados. In. DUARTE, L.F.D; LEAL, O. F. (orgs). Doença, Sofrimento e Perturbação: perspectivas etnográficas. Rio de Janeiro: Fio Cruz.

CARRARA, Sérgio. (1996) O tributo a Vênus: a luta contra a sífilis no Brasil da passagem do século aos anos 40. Rio de Janeiro: Fiocruz.

CUNHA, Olívia. M. G da. (2005) “Do ponto de vista de quem? Diálogos, olhares e etnografias dos/nos arquivos”. Estudos Históricos, 26: 7-32.

DAS, Veena. (2007) “The figure ofabducted woman: The citizen as sexed”. In: Life and Words: Violence and the descente intotheordinary. Berkeley: University of California Press. pp. 18-37.

DUARTE, Luiz Fernando Dias. (1986) Da vida nervosa (nas classes trabalhadoras urbanas). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor-CNPq.

_______. (1994) A outra saúde: mental, psicossocial, físico-moral?. In: ALVES, P. C.; MINAYO, M. C. S. (orgs.). Saúde e doença: um olhar antropológico. Rio de Janeiro: FioCruz. Pp. 83-90.

_______. (1998) A investigação antropológica sobre doença, sofrimento e perturbação: uma introdução. In: DUARTE, L. F. D.; LEAL, O. F. (orgs.). Doença, sofrimento e perturbação. Perspectivas etnográficas. Rio de Janeiro: Fiocruz,. Pp. 9-27.

FOUCAULT, Michel. (1979) Microfísica do Poder. São Paulo: Editora Paz e Terra.

_______. (2005) Em defesa da sociedade – Curso no Collège de France (1975-1976). Trad. Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes.

GOFFMAN, Erving. (2002)“Footing”. Em: RIBEIRO, B. T.; GARCEZ, P. M. (orgs.) Sociolinguística Interacional. São Paulo: Loyola.

GUEDES, Simoni, (1992) Jogo de Corpo: um estudo da construção social de trabalhadores. Tese (Doutorado em Antropologia Social), Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

HULL, Matthew. (2012) Documents and bureaucracy. Annual Review of Anthropology, v. 41, pp. 251-267.

MENEZES, Rachel. (2000) Difíceis decisões. Uma abordagem antropológica da prática médica em CTI. 2000. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva), Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.

MINAYO, Maria Cecília.( 1994) O Desafio do Conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec/Abrasco.

NARDI, Henrique. (1998) O Ethos Masculino e o Adoecimento Relacionado ao Trabalho. In: DUARTE LFD; LEAL O. F.(orgs) Doença, Sofrimento e Perturbação: perspectivas etnográficas. Rio de Janeiro: Fio Cruz.

VIANNA, Adriana. (2014) Etnografando documentos: uma antropóloga em meio a processos judiciais. In: CASTILHO, Sérgio R. R.; LIMA, Antonio C. S.; TEIXEIRA, Carla C. (orgs.). Antropologia das práticas de poder: reflexões etnográficas entre burocratas, elites e corporações. Rio de Janeiro: Faperj.

______. (2014) Violência, Estado e Gênero: considerações sobre corpos e corpus entrecruzados. In: LIMA, A. C. S.; GARCÍA-ACOSTA, Virgínia (Org.). Margens da violência: Subsídios ao estudo do problema da violência nos contextos mexicano e brasileiro. Brasília: ABA, p. 209-237.

Published

2020-05-13

Issue

Section

Articles and Essays

How to Cite

Alves da Silva, W. G. (2020). People on records: bureaucracy and health-illness process. Cadernos De Campo (São Paulo, 1991), 29(1), 38-52. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v29i1p38-52