The sacred and the quilombola's women: religious experiences and the rezadeiras at the community of Baixão, Bahia, Brazil

Authors

  • Washington Santos Nascimento Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Vivian Ingridy Carvalho Lima Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v30i1pe172066

Keywords:

Gender, Religious experience, Symbols, Ancestry

Abstract

The article intends to understand the religious experience of women prayers from the Quilombola do Baixão Community, located in the Southwest region of Bahia. The research carried out during the period from October 2016 to March 2018, which had Oral History as its working methodology, made it possible to understand how images and symbols related to Catholicism and African-based knowledge are in continuous negotiation processes and engender in other networks that regulate the daily life of the community, translating into what we define as the religious experience in the Baixão community. For the apprehension of this experience, the figure of two rezadeiras, better known as Dona Tuga and Dona Bezinha, is the key element and represents memory, knowledge, and especially, the symbolic presence of an ancestor. Its altars have become the center of our analysis because they tell a lot about the history of their prayers and the community, it is a sacred and socially identified space.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

  • Washington Santos Nascimento, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

    Professor at the State University of Rio de Janeiro. 

  • Vivian Ingridy Carvalho Lima, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

    Mestra em Relações Étnicas e contemporaneidade pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, com graduação em Pedagogia pela mesma instituição. Graduada em Psicologia pela Universidade Federal da Bahia.

References

BÂ, Amadou H. A tradição viva. In: KI-ZERBO, Joseph (Coord.). História geral da África: metodologia e pré-história da África. São Paulo: Ática, 1982.

BARTH, Frederich. Temáticas permanentes e emergentes na análise da etnicidade. In: VERMEULEN, H; GOVERS, C (orgs.) Antropologia da etnicidade: para além de Ethnic groups and boundaries. Lisboa: Fim de Século, 1994, p. 19-44.

BERNARDINO-COSTA, Joaze; GROSFOGUEL, Ramon. Decolonialidade e perspectiva negra. Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, p. 15-24, 2016.

CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo: a situação da mulher negra na América Latina a partir de uma perspectiva de gênero, 2011. Disponível em: https://www.geledes.org.br/enegrecer-o-feminismo-situacao-da-mulher-negra-na-america-latina-partir-de-uma-perspectiva-de-genero/. Acesso em: 13 mai. 2020.

CONCEIÇÃO, Alaíze S. “Têm alguém que reza de olhado ai?!”: Cultura, Benzeções e Religiosidades no Recôncavo (1950-1970). Universitas Humanas, v. 12, n 1-2, p.79-89, 2015.

ELIADE, Mircea. Imagens e Símbolos. Lisboa: Arcádía, 1972.

_____. O sagrado e o profano. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

GEERTZ, Cliford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.

GOMES, Camila M. Gênero como categoria de análise decolonial. Civitas, v. 18, n. 1, p. 65-82, jan.-abr. 2018.

GOLDMAN, Marcio. O dom e a iniciação revisitados: o dado e o feito em religiões de matriz africana no brasil. Mana, v. 18, n. 2, p. 269-288, 2012.

GRUZINSKI, Serge. A colonização do imaginário: sociedades indígenas e ocidentalização no México espanhol. Séculos XVI-XVIII. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

HALBWACHS, Maurice. A Memória Coletiva. Tradução de Beatriz Sidou. 2. ed. São Paulo: Centauro, 2006.

JUNG, Carl. G. Chegando ao inconsciente. In: JUNG, C. G. (Org.) O homem e seus símbolos. Tradução Maria Lúcia Pinho. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

LEITE, M. J. S. Movimento Social Quilombola: processos educativos. Curitiba: Appris, 2016.

LIMA, Vivian. I. de C.; NASCIMENTO, Washington. S. Nações, fronteiras e relações étnicas na comunidade indígena-quilombola do Baixão (Vitória da Conquista, BA). Revista Ciências Sociais Unisinos, v. 54, p. 21-36, 2018.

MEIHY, Jose. C. S. B. Manual de história oral. São Paulo: Loyola, 2005.

MEIHY, Jose. Desafios da história Latino-americana: o caso do Brasil. In: ALBERTI, V. et al. (orgs.) História oral: desafios para o século XXI. Rio de Janeiro, Editora Fiocruz, 2000.

MCCLINTOCK, Anne. Couro imperial: raça, gênero e sexualidade no embate colonial. Trad. Plínio Dentzien. Campinas: Editora da Unicamp, 2010.

PIMENTEL, Pedro Guimarães. O processo de sacralização do malandro e a ressignificação da personalidade histórica. Mneme - Revista de Humanidades, v. 12, n.29, 2011.

POLLACK, Michael. Memória, esquecimento e silêncio. Estudos Históricos, vol. 2, n. 3, p. 3-15, 1989.

POLLACK, Michael. Memória e identidade social. Estudos Históricos, vol. 5, n. 10, 1992, p. 200-212.

PORTELLI, Alesssandro. Memória e diálogo: desafios da história oral para a ideologia do século XXI. In: FERREIRA, M. M; ALBERTI, V. (eds.) História oral: desafios para o século XXI. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2000.

POUTIGNAT, P.; STREIFF-FERNART, J. Teorias da etnicidade: seguido de Grupos étnicos e suas fronteiras de Fredrik Barth. São Paulo: UNESP, 1998.

PÓVOAS, Ruy. C. Da Porteira para Fora: mundo de preto em terra de branco. Ilhéus: Editus, 2011.

PRANDI, Reginaldo. De africano a afro-brasileiro: etnia, identidade, religião. Revista USP, São Paulo, n.46, p. 52-65, junho/agosto 2000.

PRANDI, Reginaldo. Introdução. In: PRANDI, Reginaldo (Org.) Encantaria Brasileira: o livro dos mestres, caboclos e encantados. Rio de Janeiro: Pallas, 2011.

SANSI, Roger. Fazer o santo: dom, iniciação e historicidade nas religiões afro-brasileiras. Análise Social, vol. XLIV (1.º) 139-160, 2009.

SCOTT, Joan W. Gênero: uma categoria útil para análise histórica. Educação & Realidade, vol. 20, n. 2, p. 71-79, 1995.

SILVEIRA, É. S. História Oral e memória: pensando um perfil de historiador etnográfico. MÉTIS: história & cultura, v. 6, n.12, 2007.

Published

2021-08-04

Issue

Section

Articles and Essays

How to Cite

Nascimento, W. S., & Lima, V. I. C. . (2021). The sacred and the quilombola’s women: religious experiences and the rezadeiras at the community of Baixão, Bahia, Brazil. Cadernos De Campo (São Paulo, 1991), 30(1), e172066. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v30i1pe172066