Guia de relações multiespécies na Baía de Florianópolis - SC

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v30i1pe179745

Keywords:

Anthropology of the landscape, Anthropology of drawing, Fishing, Sea

Abstract

Based on ethnographic methods in movement,  the essays aims to describe stories of multispecies Assemblies disturbed by Anthropocene’s infrastructures in Florianópolis Bay, Santa Catarina, Brazil. For this, we are inspired by discussions of landscape anthropology. Against notions that treat the Landscape as an object-space unconnected to subject-inhabitants, we try to highlight the continuities between inhabitants - humans and non-humans - and the Landscape. To help us in the task of producing an ethnography that is less guided by human exceptionalism, we seek transdisciplinary dialogues between Anthropology and scientific fields often unrelated to ethnographies, such as Ecology, Biology, Literature, and Hydrography. Based on Tim Ingold’s reflections referents to skills, we coordinate such transversal dialogues with the knowledge learned or from) fisherman, fishes, tides, winds, and weeds infrastructures, to know how the infrastructures erected in the bay affected and affect more than human coordination. Finally, we seek to identify and describe the processes of a creative resurgence because of multispecies relations between the inhabitants of the landscape. The materialization of ethnography took place from a diversity of supports: from traditional scientific texts to critical descriptions in a literary poetic language, through ethnographic drawings made in and from the field work and exhibitions on websites and social media. In the end, we concluded that preserving is not enough, we must recover the disturbed landscape in the Florianópolis Bay. This most urgent task requires more than listening to its traditional inhabitants - humans, and no-humans: it is necessary to recognize their voices, their knowledge, and their resurgence strategies.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ABU-LUGHOD, Lila. 2018. “A escrita contra a cultura”. Equatorial 5(8): 193-226.

AKRICH, Madeleine. Como descrever objetos técnicos. Boletim Campineiro de Geografia, v. 4, n. 1, 2014.

ALMEIDA, Mauro. Caipora e outros conflitos ontológicos. Revista Antropológica da UFSCar, v.5, n.1, p. 7-28, 2013.

ANNI, I. S. A & PINHEIRO, P. C. Hábito alimentar das espécies de robalo Centropomus parallelus Poey, 1986 e Centropomus undecimalis Bloch 1792 no litoral norte de Santa Catarina e Sul do Paraná, Brasil. Anais do III Congresso Latino Americano de Ecologia, 10 a 13 de setembro de 2009.

AZEVEDO, Aina. Desenho e antropologia: recuperação histórica e momento atual. Cadernos de Arte e Antropologia, v. 5, n. 2, 2016.

AZEVEDO, Aina. Um convite à antropologia desenhada. METAgrahias: metalinguagem e outras figuras, v. 1, n. 1, 2016.

AZEVEDO, Aina & SCHROER, Sara Asu. Weathering: a graphic essay. Vibrant, v. 13, n.2, 2016.

BARBOSA, Gabriel C. & DEVOS, Rafael V. Paralaxe e “marcação por terra”: técnicas de navegação entre jangadeiros na Paraíba e Rio Grande do Norte (Brasil). Mana n. 23, v. 3, 2017.

BARBOSA, Gabriel C. & DEVOS, Rafael V. & VEDANA, Viviane. Paisagens como panoramas e ritmos audiovisuais: percepção ambiental da pesca da tainha. Revista GIZ (Online), v.1, n.1, p. 41-58, 2016.

BORGO, D. et al. Os padrões de distribuição dos peixes de uma laguna costeira aberta no Atlântico Oeste subtropical são influenciados pelas variações espaciais e sazonais? Biotemas, 28(3), setembro de 2015.

CARTAGENA, Betriz F. C. Estrutura e distribuição espaço-temporal da assembleia de peixes na região do Saco dos Limões, baía Sul – Florianópolis/SC. Dissertação (Mestrado em Ciências e Tecnologia Ambiental) Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí – SC, 2008.

COUPAYE, Ludovic. Cadeia operatória, transectos e teorias: algumas reflexões e sugestões sobre o percurso de um método clássico. In: Técnica e transformação: perspectivas antropológicas. Rio de Janeiro: ABA Publicações, 2017.

DANOWSKI, Débora & VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Há mundo por vir?. Florianópolis: Cultura e Barbárie. 2014.

DECARLI, Juarez C. Efeito da urbanização sobre as comunidades de macroinvertebrados aquáticos em uma ilha subtropical. Dissertação (Mestrado em Ecologia) Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2019.

DE CERTEAU, Michel. A invenção do cotidiano. Petrópolis-RJ: Ed. Vozes. 1998.

DELEUZE, G. Kafka: Por uma literatura menor. Rio de Janeiro: Imago, 1977. DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 1995.

GALERA, Daniel. 2019. “Ondas catastróficas”. Serrote 32: 208-223: https://www.revistaserrote.com.br/2019/10/ondas-catastroficas-por-daniel-galera/

GARCIA, Amanda Veloso. Contribuições da abordagem ecológica no entendimento da relação ser humano/ambiente: os problemas de uma abordagem racionalista do conhecimento. Clareira, v. 3, n. 1, 2016.

GELL, Alfred. A tecnologia do encanto e o encanto da tecnologia. Concinnitas, ano 6, v. 1, n. 8, julho de 2005.

GIBSON, James J. The ecological approach to visual perception. Classic Edition, Psychology Press, 2014.

HARAWAY, Donna. O manifesto das espécies de companhia: cães, pessoas e a outridade significante.

Trad.: Sandra Michelli da Costa Gomes. In: Chicago: Prickly Paradigm Press, 2003.

HARTMANN, L. 1999. “Oralidade, Corpo e Memória entre Contadores e Contadoras de Causo Gaúchos.” Horizontes Antropológicos 5(12): 267-277.

HELMREICH, Stefan. Um antropólogo debaixo d’água: paisagens sonoras imersivas, ciborgues submarinos e etnografia transdutora. Caderno Eletrônico de Ciências Sociais, v. 3, n. 1, 2015.

INGOLD, Tim. What is an animal? Londres e Nova York: Routledge. 1988.

INGOLD, Tim. Estar vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Trad. Fábio Creder. Rio de Janeiro: Vozes, 2015.

KOPENAWA, Davi. A queda do céu. São Paulo: Cia das Letras. 2015.

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Cia das Letras. 2019. KUSCHNIR, Karina. Desenhando cidades. Sociologia&Antropologia. v.02.04: 295-314, 2012.

KUSCHINIR, Karina. Desenho etnográfico: onze benefícios de usar um diário gráfico no trabalho de campo. Revista Pensata, v. 7, n. 1, 2018.

LATOUR, Bruno. 2004. Redes que a razão desconhece: laboratórios, bibliotecas, coleções. Tramas da Rede Sulina, Porto Alegre.

LEFEBVRE, Henry. O direito à cidade. São Paulo: Moraes, 1991 (p1-26).

LEITE, R. Proença. Contra-usos e espaço público: notas sobre a construção social dos lugares na Mangetown. Revista Brasileira de Ciências Sociais – Vol.17n. 49 (p.115-172), 2002.

LEÓN, Ángela. 2018. Guia Fantástico de São Paulo. 2ª edição. São Paulo: Lote 42.

LEPECKI, André. Corepolítica e coreopolícia. Ilha: Revista de Antropologia. 13(1): 41-60, 2011.

MARTINS, I. M. Conhecimento ecológico de pescadores artesanais sobre peixes de interesse comercial: contribuições para o manejo e conservação na baía de Tijucas, SC. Dissertação (Mestrado em Ecologia) – Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2012.

MELLO, Giovanni L. Efeito da salinidade, da temperatura e da privação alimentar no desempenho de juvenis de robalo-flecha, Centropomus undecimalis. Tese (Doutorado em Aquicultura) Centro de Ciências Agrarias, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014.

MOREIRA, Matheus C. Diversidade, ocorrência e distribuição da fauna de invertebrados demersal das baías Norte e Sul de Florianópolis (SC), Brasil. Dissertação (Mestrado em Ecologia) Centro de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2011.

MURAKAMI, Haruki. O assassinato do comendador vol. 2: Metáforas que vagam. Editora Alfaguara. Trad. Rita Kohl. 2020.

NODARI, Alexandre. A literatura como antropologia especulativa. Revista da ANPOLL (Online), v. 1, p. 75-85, 2015.

PEREIRA, V. C. Blackout poetry: uma poética do corte como rasura. Literatura e Sociedade, n. 24, 2017.

RANCIÈRE, Jacques. A partícula do sensível. São Paulo: Editora 34, 2009.

SAER, Juan José. O conceito de ficção. Tradução de Joca Wolff. Sopro, 15, p. 1-4, 2009.

SANTOS, Paulo César. Espaço e memória: o aterro da baía Sul e o desencontro marítimo de Florianópolis. Dissertação (Mestrado em História) Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 1997.

SANTOS, P. R. A pesca artesanal do Miragaia (Pogonias cromis, Sciaenedae) e consequências da sobreexplotação, no estuário da Lagoa dos Patos. Dissertação (Mestrado em Biologia de Ambientes Aquáticos Continentais) – Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Rio Grande. Rio Grande, 2015.

SANTOS, P. R. dos & EINHARDT, A. C. M. C. & VELASCO, Gonzalo. A pesca artesanal do Miragaia (Pogonias cromis, SCIAENIDAE) no estuário da Lagoa dos Patos. Bol. Inst. Pesca, Sâo Paulo, 42(1): 89-101, 2016.

SAUTCHUCK, C. E. O arpão e o anzol: técnica e pessoa no estuário do Amazonas (Vila Sucuriju, Amapá). Tese (Doutorado em Antropologia) – Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília, Brasília, 2007.

SAUTCHUCK, C. E. Flor d’água: fotografia e etnografia. PROA – Revista de Antropologia e Arte, n.

V. 1. Campinas, 2014.

SCHWEDERSKY, Larissa. Habilidades, técnicas e movimento: uma abordagem ecológica dos ciclo- entregadores de Florianópolis – SC. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2019.

SIMMEL, Georg. A ponte e a porta. Tradução de Simone Maldonado: Revista Política e Trabalho nº 12, p. 05-09, 1996.

SOUZA (Jr), Oswaldo G. de. Pesca e etnoecologia da pescada-amarela – Cynoscion acoupa (Lacèpede 1801) na costa Norte do Brasil. Tese (Doutorado em Ecologia Aquática e Pesca) Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2017.

SQUIRE, Corrine. 2014. “O que é narrativa?” Civitas 14(2): 272-284. STENGERS, Isabelle. No tempo das catástrofes. São Paulo: CosacNaif. 2015

STRATHERN, Marilyn. O efeito etnográfico e outros ensaios. São Paulo: CosacNaif. 2014.

TSING, Anna. The mushroom at the end of the world: on the possibility of life in capitalist ruins. Reino Unido: Princeton University Press.

TSING, Anna. Viver nas ruinas: paisagens multiespécies no Antropoceno. Brasília: IEB Mil Folhas, 2019.

TSING, Anna & GAN, Elaine. How things hold: a diagram of coordination in a Satoyama Forest.

Social Analisysm v. 62, issue 4, winter 2018.

TSING, Anna & MATHEWS, Andrew & BUBANDT, Nils, Patchy Anthropocene: Landscape Structure,Multispecies History, and the Retooling of Anthropology. Current Anthropology, Volume 60, Supplement 20, 2019.

UEXKÜLL, Jacob von. Dos animais e dos homens: digressões pelos seus próprios mundos. Trad. Alberto Candeias e Aníbal Garcia Pereira. Lisboa: Livros do Brasil, 1982.

UEXKÜLL, Thure von. A teoria da Unwelt de Jakob von Uexkül. Galáxia, n. 7, 2014.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Metafísicas canibais: elementos para uma antropologia pós- estrutural. São Paulo: Cosac Naify, 2015.

Inquérito Civil nº 1.33.000.002571/2016-58 do Ministério Público Federal de Santa Catarina.

Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 da Presidência da República Federativa do Brasil.

SEM AUTOR. Passarela da ponte Pedro Ivo Campos será interditada para continuidade da obra de manutenção. Governo de Santa Catarina. Florianópolis, 29 de abril de 2020, disponível em https://www.sc.gov.br/noticias/temas/transportes-e-estradas/passarela-da-ponte-pedro-ivo-campos-sera-interditada-para-continuidade-da-obra-de-manutencao, acesso em: 01 de dezembro de 2020.

SEM AUTOR. Interditada passarela para pedestres na Ponte Colombo Salles. Ministério Público de Santa Catarina. Florianópolis, 12 de agosto de 2014, disponível em https://mpsc.mp.br/noticias/interditada-passarela-para-pedestres-na-ponte-colombo-salles, acesso em: 01 de dezembro de 2020.

FOX Sports. P!nk the border collie wins back-to-back titles at the 2019 WKC Masters Agility. 2019. Disponível em: https://youtu.be/hxMsVbFr1Bc - acesso em 01 de dezembro de 2020.

Canal Felipe Reis. 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/user/Felipe161851?app=desktop - acesso em 01 de dezembro de 2020.

Published

2021-07-08

Issue

Section

Chimeras

How to Cite

Oliveira, I. T. . G. de. (2021). Guia de relações multiespécies na Baía de Florianópolis - SC. Cadernos De Campo (São Paulo, 1991), 30(1), e179745. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v30i1pe179745