O desenfeitiçamento em Bocage sem distrações conceituais
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9133.v31i2pe204407Keywords:
Disenchantment, France, Culture, TraditionAbstract
Gostaria, portanto, de compartilhar com vocês minha experiência - uma etnografia praticada em meu próprio país - para questionar noções que vocês comumente usam, como "cultura" ou "tradição", ou para examinar a questão dos "marcadores simbólicos" da função de desenfeitiçador, que, segundo a teoria antropológica, seriam indispensáveis. Este exercício nos levará a realizar o trabalho comparativo que vocês esperam de mim e a questionar as posições a partir das quais falamos dos outros como antropólogos. Termino com a noção de "crença", termo que, de minha parte, bani do meu vocabulário porque evoca a adesão dos outros a certas ontologias, deixando na sombra aquilo a que nós mesmos aderimos como, por exemplo, uma concepção particular de ser humano. Examinarei a forma como são apresentados em minha etnografia em Bocage, em primeiro lugar, o conceito de tradição em sua relação com o conceito de território; em seguida, a suposta necessidade de "marcadores simbólicos" para a função do desenfeitiçador; e, por fim, o conceito de cultura, que nos fará reconsiderar o uso da noção de crença na antropologia e talvez na medicina.
Downloads
References
Favret-Saada, Jeanne.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Copyright (c) 2022 Cadernos de Campo (São Paulo, 1991)
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
I authorize Cadernos de Campo Journal of Anthropology to publish the work of my authorship/responsibility, as well as I take responsibility for the use of images, if accepted for publication.
I agree with this statement as an absolute expression of truth. On my behalf and on behalf of eventual co-authors I also take full responsibility for the material presented.
I attest to the unpublished nature of the work submitted