Otto Maria Carpeaux: O que Não Pôde Ser Dito
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-8051.cllh.2017.142468Resumo
Reconstituir vidas na forma escrita é também navegar sobre os silêncios de seus protagonistas. Neste ensaio, que é parte de um universo de estudo maior focado nos intelectuais judeus perseguidos pelo nazifascismo e refugiados no Brasil, enveredamos pelos silêncios de um desses personagens, Otto Maria Carpeaux (Viena, 1908 – Rio de Janeiro, 1978) e pelas descobertas que resultaram da análise de documentos obtidos em arquivos na Áustria e em Israel, os quais revelam aspectos até então não registrados pela historiografia no que se refere tanto às origens do autor quanto ao seu passado de perseguições na Europa. Além do interesse intrínseco à própria trajetória de Carpeaux, tais descobertas confirmam que, em seu caso, o exílio não significou o fim da violência.
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