Ainda o ritmo: Meschonnic e a tradução de Homero

Autores

  • Guilherme Gontijo Flores Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i37p167-180

Palavras-chave:

Henri Meschonnic, Homero, Ritmo, Poesia, Métrica, Música

Resumo

Este breve texto busca pensar algumas condições para dar continuidade ao pensamento de Henri Meschonnic, considerando as contradições e desafios que constituem sua obra, sobretudo no que diz respeito às relações entre poesia, métrica e música. Se, como defende o poeta, teórico e tradutor francês, o ritmo não é o metro, o que o metro e a música fazem com o ritmo da linguagem? Não há resposta definitiva; e é por isso que a questão pede retornos e tensionamento. O que apresento aqui é uma reflexão sobre como Meschonnic optou por traduzir dois versos da Ilíada de Homero, para daí pensar a implicação do metro traduzido e sua relação com o ritmo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Guilherme Gontijo Flores, Universidade Federal do Paraná

    Professor Associado I de Língua e Literatura Latina Universidade Federal do Paraná e Doutor em Letras pela USP.

Referências

BENVENISTE, É. Problemas de linguística geral. São Paulo: Ed. Nacional, 1976.

CAMPOS, Haroldo de. Bere’shith: a cena da origem. São Paulo: Perspectiva, 1993.

CAMPOS, Haroldo de. Qohélet = O-que-sabe: Eclesiastes: poema sapiencial. São Paulo: Perspectiva, 2004a.

CAMPOS, Haroldo de. Éden: um tríptico bíblico. São Paulo: Perspectiva, 2004b.

FLORES, Guilherme Gontijo. Da tradução em sua crítica: Haroldo de Campos e Henri Meschonnic. Circuladô. São Paulo, ano IV, n. 4., 2016, pp. 9-25.

FLORES, Guilherme Gontijo & GONÇALVES, Rodrigo Tadeu. Algo infiel: corpo performance tradução. São Paulo/Florianópolis: n-1/Cultura e Barbárie, 2017.

FLORES, Guilherme Gontijo & CAPILÉ, André. Tradução-exu [ensaio de tempestades a caminho]. Belo Horizonte: Relicário, 2022.

KLEIN, Rony. De l’universel au texte: entre pensée juive e philosophie française dans les années 1960-1970. Pardès: études et culture juives. Paris, n. 49, 2011, p. 155-178.

MESCHONNIC, Henri. Pour la poétique. Paris: Gallimard, 1970.

MESCHONNIC, Henri . Les cinq rouleaux.: Le Chant des chants, Ruth, Comme ou les Lamentations, Paroles du Sage, Esther. 2.ed. Paris: Gallimard, 1986 [1970].

MESCHONNIC, Henri. Jona et le signifiant errant. Paris: Gallimard, 1981.

MESCHONNIC, Henri. Critique du rythme: Anthropologie historique du langage. Paris: Verdier, 1982.

MESCHONNIC, Henri. Politique du rythme, politique du sujet. Paris: Verdier, 1995.

MESCHONNIC, Henri. Poétique du traduire. Paris: Verdier, 1999.

MESCHONNIC, Henri. Gloires: traductions des psaumes. Paris: Desclée de Brouwer, 2001.

MESCHONNIC, Henri. La rime et la vie. Édition revue et augmentée. Paris: Gallimard, 2006 [1989].

MESCHONNIC, Henri. Poética do traduzir. Trad. Jerusa Pires Ferreira e Suely Fenerich. São Paulo, Perspectiva: 2010.

MESCHONNIC, Henri. Langage, histoire, une même théorie. Paris: Verdier, 2012.

NEUMANN, Daiane. Do sistema de signos à teoria do ritmo: Um olhar sobre os estudos da linguagem. Estudos da Lingua(gem). Vitória da Conquista, v.11, n. 2, 2013, p. 121-136.

VERSHAGEM, Marina Bento. "A tradução do ritmo em Henri Meschonnic a partir da teoria de Émile Benveniste”. Linguagem & Ensino. Pelotas, v. 23, n. 3, 2020, pp. 649-661.

Downloads

Publicado

2023-01-15

Como Citar

Flores, G. G. (2023). Ainda o ritmo: Meschonnic e a tradução de Homero. Revista Criação & Crítica, 37, 167-180. https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i37p167-180