Competição por depósitos bancários: uma avaliação da rede de depósitos no sistema interfinanceiro brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-53575333mvm

Palavras-chave:

Cooperativas de crédito, Bancos comerciais, Competição, Análise de rede

Resumo

Este artigo busca analisar a competição entre postos de atendimento cooperativo e agências bancárias no mercado de depósitos. A pesquisa utiliza a análise da rede interfinanceira de depósitos de 2008 a 2019, com dados em nível de firma ou município. Foram consideradas cinco redes para cada macrorregião brasileira. As metodologias empregadas incluem o Quadratic Assignment Procedureg (QAP) e o Propensity Score Matching (PSM) para efeitos de tratamento médio sobre os tratados. Dois cenários são investigados: o mercado observado e uma simulação com a entrada de cooperativas de crédito nas agências bancárias. Os resultados revelam uma relação marginal de competição entre cooperativas de crédito e agências bancárias no mercado de depósitos. Adicionalmente, a entrada das cooperativas nos principais mercados resulta em redução da renda geral das empresas, indicando uma possível barreira à entrada. O atendimento dinâmico é apontado como o fator subjacente a essa barreira, já que as agências bancárias estão mais uniformemente distribuídas nos municípios, enquanto as cooperativas concentram-se em um único posto, em média.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Marcelo Henrique Shinkoda, Sem registro de filiação

    Pesquisador Economista Corecon-MG 8583

  • Valéria Gama Fully Bressan, Faculdade de Ciências Econômicas.Universidade Federal de Minas Gerais

    Professora

  • Marcelo José Braga, Universidade Federal de Viçosa

    Professor

Referências

Bacen (Banco Central do Brasil). s.d. “PROER – Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional”. https://www.bcb.gov.br/htms/proer.asp frame=1. Acesso em: 25 maio 2023.

Bacen (Banco Central do Brasil). 1964 “Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional – COSIF”. Brasília. https://www3.bcb.gov.br/aplica/cosif/completo. Acesso em: 23 maio 2021.

Bacen (Banco Central do Brasil). 2003. “Resolução no 3106”. Brasília. Acesso em: 31 maio 2021. https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/res/2003/pdf/res_3106_v1_O.pdf.

Bacen (Banco Central do Brasil). 2010. “Resolução nº 3859”. Brasília. https://www.bcb.gov.br/pre/normativos/busca/downloadNormativo.

asp?arquivo=/Lists/Normativos/Attachments/49615/Res_3859_v6_L.pdf. Acesso em: 23 maio 2021.

Bacen (Banco Central do Brasil). 2018. “Relatório da Economia Bancária”. Brasília: Banco Central do Brasil. https://www.bcb.gov.br/content/publicacoes/relatorioeconomiabancaria/reb_2018.pdf. Acesso em: 12 jan. 2020.

Bacen (Banco Central do Brasil). 2019. “Agenda BC#.” https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/bchashtag?modalAberto=sobre_agenda. Acesso em: 25 maio 2023.

Bacen (Banco Central do Brasil). 2022. “Resolução CMN n° 5.051”.https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/exibenormativo tipo=RESOLU%C3%87%C3%83O%20CMN&numero=5051. Acesso em: 25 maio 2023.

Brasil. 1971. “Lei 5.764”. Define a Política Nacional de Cooperativismo. Brasília. http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/L5764.htm. Acesso em: 23 maio 2021.

Bülow, A. M. e Machado, L. C. 2020. “Potencial de bancarização do cooperativismo de crédito nos municípios brasileiros desassistidos pelo SFN.” Prêmio ABDE-BID 2020. Coletânea de Trabalhos, 99-124. Rio de Janeiro: ABDE.

Caliendo, M. e Kopeinig, S. 2008. “Some Practical Guidance for The Implementation Of Propensity Score Matching.” Journal of Economic Surveys 22 (1): 31-72. https://doi.org/10.1111/j.1467-6419.2007.00527.x.

Church, J. R. e Ware, R. 2000. Industrial organization: a strategic approach. Homewood, IL.: Irwin McGraw Hill.

Dekker, D., Krackhardt, D. e Snijders, T. A. B. 2007. “Sensitivity of MRQAP tests to collinearity and autocorrelation conditions”. Psychometrika 72 (4): 563-581. https://doi.org/10.1007/s11336-007-9016-1.

Deller, S. e Sundaram-Stukel, R. 2012. “Spatial patterns in the location decisions of US credit unions”. Annals of Regional Science 49 (2): 417-445. https://doi.org/10.1007/s00168-011-0457-1.

Ding, D. e Sickles, R. C. 2019. “Capital Regulation, Efficiency, and Risk Taking: A Spatial Panel Analysis of US Banks”. Panel Data Econometrics, 405-466.

https://doi.org/10.1016/B978-0-12 815859-3.00013-5.

Ferguson, C. e McKillop, D. G. 2000. “Classifying credit union development in terms of mature, transition and nascent industry types”. The Service Industries Journal 20 (4): 103-120. https://doi.org/10.1080/02642060000000049.

Fernandez, V. 2011. “Spatial linkages in international financial markets.” Quantitative Finance 11(2): 237-245. https://doi.org/10.1080/14697680903127403.

Firjan. s.d. “Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal”. Acesso em: 24 jun. 2023. https://www.firjan.com.br/ifdm/.

Freeman, L. C. 1978. “Centrality in social networks conceptual clarification”. Social Networks 1(3), 215-239. https://doi.org/10.1016/0378-8733(78)90021-7.

Frost, J., Gambacorta, L., Huang, Y., Shin, H. S. e Zbinden, P. 2019. “BigTech and the changing structure of financial intermediation”. Economic Policy 34 (100): 761-799. https://doi.org/10.1093/epolic/eiaa003.

Fukao, M. 1983. “The Theory of Exchange Rate Determination in a Multi-Currency World:” Bank of Japan Monetary and Economic Studies, 1 (2): 55-110. https://www.imes.boj.or.jp/research/papers/english/me1-2-4. pdf. Acesso em: 23 jun. 2023.

Hainmueller, J. 2012. “Entropy Balancing for Causal Effects: A Multivariate Reweighting Method to Produce Balanced Samples in Observational Studies”. Political Analysis 20 (1): 25-46. https://doi.org/10.1093/pan/mpr025.

Hainmueller, J. e Xu, Y. 2013. “Ebalance: A Stata Package for Entropy Balancing.” Journal of Statistical Software 54 (7): 1-18. https://doi.org/10.18637/jss.v054.i07.

Heinrich, C. e Maffioli, A.; Vazquez, G. 2010. “A Primer for Applying Propensity-Score Matching.” Inter-American Development Bank. Technical Notes No. IDB-TN-161, 56. https://publications.iadb.org/pt/publication/primer-applying-propensity-score-matching. Acesso em: 22 jun. 2023.

Jackson, D. A. e Somers, K. M. 1989. “Are probability estimates from the permutation model of Mantel’s test stable?” Canadian Journal of Zoology 67 (3): 766-769. https://doi.org/10.1139/z89-108.

Klinedinst, M. 2012. “Going Forward Financially Credit Unions as an Alternative to Commercial Banks”. Advances in the Economic Analysis of Participatory and Labor-Managed Firms 13, 3–21. https://doi.org/10.1108/S0885-3339(2012)0000013005.

Krackardt, D. 1987. “QAP partialling as a test of spuriousness”. Social Networks 9 (2): 171-186. https://doi.org/10.1016/0378-8733(87)90012-8.

Krackhardt, D. 1988. “Predicting with networks: Nonparametric multiple regression analysis of dyadic data”.

Social Networks 10 (4): 359–381. https://doi.org/10.1016/0378-8733(88)90004-4.

Mantel, N. 1967. “The Detection of Disease Clustering and a Generalized Regression Approach”. Cancer Research 27 (2_part 1): 209-220. https://aacrjournals.org/cancerres/article/27/2_Part_1/209/476508/The-Detection-of-Disease-Clustering-and-a. Acesso em: 24 jun. 2023.

Mcmullin, L. J.; Schonberger, B. 2020. “Entropy-balanced accruals”. Review of Accounting Studies 25 (1): 84-119. https://doi.org/10.1007/s11142-019-09525-9.

Nakane, M. I.; Weintraub, D. B. 2005. “Bank privatization and productivity: Evidence for Brazil”. Journal of Banking & Finance 29 (8-9): 2259-2289.https://doi.org/10.1016/j.jbankfin.2005.03.015

Oehlert, G. W. 1992. “A note on the delta method”. American Statistician 46 (1): 27-29. https://doi.org/10.108 0/00031305.1992.10475842.

Perroux, F. 1977. “O conceito de polo de crescimento”. Em Economia regional, editado por Schwartzman, J. Belo Horizonte: Cedeplar. (Textos escolhidos).

Porter, M. E. 1989. “How Competitive Forces Shape Strategy”. Readings in Strategic Management, Editado por Asch, D., Bowman, C., 133-143. London: Palgrave. https://doi.org/10.1007/978-1-349-20317-8_10.

Rosenbaum, P. R. e Rubin, D. B. 1985. “Constructing a control group using multivariate matched sampling methods that incorporate the propensity score”. The American Statistician 39 (1): 33-38. https://doi.org/10.1080/00031305.1985.10479383.

Rubin, D. B. 2001. “Using Propensity Scores to Help Design Observational Studies: Application to the Tobacco Litigation”. Health Services & Outcomes Research Methodology 2, 169-188. https://doi.org/10.1023/A:1020363010465.

Salviano Junior, C. 2004. “Bancos estaduais: dos problemas crônicos ao Proes”. Banco Central do Brasil. Brasília,152 p. https://www.bcb.gov.br/htms/public/BancosEstaduais/livro_bancos_estaduais.pdf. Acesso em: 22 jun. 2023.

Schumpeter, J. A. 1985. “O fenômeno fundamental do desenvolvimento econômico”. A teoria do desenvolvimento econômico: uma teoria sobre lucros, capital, crédito, juro e o ciclo econômico. Traduzido por Possas, M. S. Rio de Janeiro: Nova Cultural.

Sescoop. s.d. Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas. https://pdgc.somoscooperativismo.coop.br/. Acesso em: 25 maio 2023.

Shinkoda, M. H.; Braga, M. J.; Bressan, V. G. F. 2022. “Inclusão financeira e inadimplência bancária: Assimetria das respostas em crises”. Revista Brasileira de Economia 76 (2): 248-288. https://doi.org/10.5935/0034- 7140.20220012.

Shinkoda, S. M. H. 2018. Conduta bancária nos segmentos de empréstimos e depósitos no Brasil. 2018. 168f.

Dissertação (Mestrado em Economia Aplicada) – Universidade Federal de Viçosa. https://locus.ufv.br//handle/123456789/21290. Acesso em: 22 jun. 2023.

Shinkoda, S. M. H.; Braga, M. J. 2019. “Fusões nas cooperativas de crédito e desenvolvimento do sistema financeiro do Brasil: competition-stability ou competition-fragility”. Prêmio ABDE-BID: edição 2019, 143-18. Rio de Janeiro: ABDE.

Shleifer, A. 1985. “A Theory of Yardstick Competition.” The RAND Journal of Economics 16 (3): 319-327. https://doi.org/10.2307/2555560

SIDRA (Sistema IBGE de Recuperação Automática). s.d. “Estimativas da População”. https://sidra.ibge.gov.br/tabela/6579. Acesso em: 24 jun. 2023.

Silva, M. O.; Lucinda, C. R. 2017. “Switching costs and the extent of potential competition in Brazilian banking.” EconomiA 18 (1): 117-128. https://doi.org/10.1016/j.econ.2016.09.009.

Simpson, W. 2001. “QAP: The quadratic assignment procedure.” North American Stata Users’ Group Meeting, 1 (2), 1-17.

SNAC (Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo). 2016. Cooperativismo de

crédito: boas práticas no Brasil e no mundo. Brasília: Farol Estratégias em Comunicação.

Watts, D. J.; Strogatz, S. H. 1998. “Collective dynamics of ’small-world9 networks”. Nature 393, p. 440-442. https://doi.org/10.1038/30918.

Downloads

Publicado

29-09-2023

Edição

Seção

Artigo

Dados de financiamento

Como Citar

Shinkoda, M. H., Bressan, V. G. F., & Braga, M. J. . (2023). Competição por depósitos bancários: uma avaliação da rede de depósitos no sistema interfinanceiro brasileiro. Estudos Econômicos (São Paulo), 53(3), 527-568. https://doi.org/10.1590/1980-53575333mvm