RAZÃO E DESRAZÃO EM POLÍTICA: SOBRE A ALEGADA “CIÊNCIA POLÍTICA” DE MAQUIAVEL

Autores/as

  • Diogo Pires Aurélio Professor, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2015.102689

Palabras clave:

acontecimentos, ciência, estado, incerteza, ação, fortuna, virtude

Resumen

Maquiavel é geralmente considerado um precursor, senão mesmo o criador, da ciência política. Tal interpretação vê na obra do Florentino uma sistematização da racionalidade intrínseca à ação humana. Com tonalidades distintas, podemos vê-la em autores tão diferentes como Hegel, Meinecke ou Leo Strauss, que atribuem a Maquiavel a intuição do estado como princípio subjacente à autonomia do político e ao realismo. Estará, no entanto, esse princípio realmente presente na obra de Maquiavel? O presente texto questiona semelhante hipótese, sustentando, ao invés, que o Florentino pertence a um universo de pensamento onde o moderno conceito de estado se encontra ausente. Pelo contrário, a mistura de razão e desrazão, que é inerente à ação política, mas que o postulado fundador da ciência política dos modernos – o mito do estado, como lhe chama Cassirer – virá ocultar, ainda se encontra a descoberto.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Publicado

2015-08-23

Cómo citar

Aurélio, D. P. (2015). RAZÃO E DESRAZÃO EM POLÍTICA: SOBRE A ALEGADA “CIÊNCIA POLÍTICA” DE MAQUIAVEL. Cadernos Espinosanos, 32, 15-41. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2015.102689