Prevalência de encaminhamentos às doenças musculoesqueléticas segundo a classificação estatística internacional de doenças (CID-10): reflexões para formação do fisioterapeuta na área de musculoesquelética
DOI:
https://doi.org/10.590/1809-2950/13158722012015Resumo
A dor musculoesquelética pode ser caracterizada como aguda ou crônica e é o sintoma mais prevalente na população mundial. É possível afirmar que estará presente na vida de todos os adultos. A incidência tem aumentado muito nos últimos anos em função das mudanças nos hábitos de vida, meio ambiente, além do estresse e aumento das cobranças no mundo corporativo. Os gastos com esse agravo são cada vez maiores e suas consequências físicas, psicológicas e sociais são evidentes. Embora com significativo impacto na vida das pessoas com dor musculoesquelética, poucas são as reflexões que relacionam ensino, demandas de serviços e as doenças musculoesqueléticas. Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo descritivo, tipo levantamento, que teve como objetivo descrever o perfil dos encaminhamentos aos serviços de Fisioterapia e procedimentos relacionados a Classificação Estatística Internacional de Doenças, CID-10, na cidade de Ribeirão Preto e fornecer reflexões para a formação profissional no Brasil. Os resultados apontaram uma maior frequência de encaminhamentos do sexo feminino (70,52%), a dor lombar baixa representou a CID-10 mais frequente (12,14%) e os profissionais Fisioterapeutas, Fisiatras e Médicos Clínicos foram os que mais encaminharam, com 48,57% dos casos. A maioria dos encaminhamentos foi para serviços ambulatoriais (57,55%). Com os resultados, almejou-se fornecer aos gestores dos serviços de saúde e aos responsáveis pela formação em saúde elementos para organizar a demanda de cuidado aos usuários, capacitação de servidores e fundamentar iniciativas de pesquisa, acompanhamento, prevenção desse agravo, além de atualizar as estratégias de ensino.Downloads
Referências
Paiva SMA. Qualidade da assistência hospitalar: avaliação a satisfação dos usuários durante seu período de internação [tese]. São
Paulo: Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de
São Paulo; 2006.
Batista KBC, Gonçalves OSJ. Formação dos profissionais de
saúde para o SUS: significado e cuidado. Rev Saúde Soc.
;20(4):884-99.
Schmidt MI, Duncan BB, Silva GA, Menezes AM, Monteiro CA,
Barreto SM, et al. Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil:
carga e desafios atuais. Lancet. 2011;377(9781):1949-62.
European Commission. Indicators for monitoring musculoskeletal
problems and conditions: musculoskeletal problems and functional
limitation. Oslo: University of Oslo; 2003.
Souza, et al. Encaminhamentos às doenças musculoesqueléticas
Beaglehole R, Ebrahim S, Reddy S, Voute J, Leeder S. Prevention of
chronic diseases: a call to action. Lancet. 2007;370(9605):2152-7.
WHO. Preventing chronic diseases: a vital investment. Geneva:
World Health Organization. 2005;(1):143-51.
Fricker J. Pain in Europe report. 1 ed. Londres: Pain; 2003.
Crombie IK, Croft PR, Linton SJ, Leresche L, Von Korff M.
Epidemiology of pain. Seattle: IASP Press; 1999.
Miranda VS, de Carvalho VB, Machado LAAC, Dias JM. Prevalence of
chronic musculoskeletal disorders in elderly Brazilians: a systematic
review of the literature. BMC Musculoskelet Disord. 2012;13(82)11p.
Rossetto EG, Dellaroza MSG, Kreling MCGD, Cruz DAL, Pimenta
CAM. Epidemiologia da dor em crianças, adultos e idosos - análise
e crítica. Arq Bras Neurocir. 1999; 18: 213-24.
Ferreira GD. Prevalence and associated factors of back pain in
adults from southern Brazil: population-based study. Rev Bras
Fisioter. 2011;15(1):31-6.
Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional - COFFITO.
Perfil de Atuação do Fisioterapeuta. 1998. Resolução n.183.
Ipeadata. Desenvolvimento humano dos municípios brasileiros.
Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil [Internet].
[Acesso em 10 jun 2013] Disponível em: <http://www.pnud.org.br/
atlas/ranking/IDHM.htm>
Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE Cidades.
[Acesso em 23 jun 2013] Disponível em <http://www.cidades.ibge.
gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=354340
Bridges PH, Bierema LL, Valentine T. The propensity to adopt
evidence-based practice among physical therapists. BMC Health
Services Research. 2007;7(103)9p.
Santos JB, Jr GAP, Bliacheriene AC, Forster AC. Protocolos Clínicos
e de Regulação: acesso à rede de saúde. In: Ferri SMN, Ferreira JBB,
Almeida EF, Santos JS (Orgs.). Protocolos clínicos e de regulação:
motivações para elaboração e uso. Rio de Janeiro: Elsevier; 2012.
Ministério da Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil
-2022. Secretaria de Vigilância em Saúde. 2011;(1):1-675.
Filippin LI, Wagner MB. Evidence based Physical Therapy: a new
perspective. Rev Bras Fisioter. 2008;12(5):432-3.
Delitto A, George SZ, Dillen LV, Whitman JM, Sowa G, Shekelle
P, et al. Low back pain clinical practice guidelines linked to the
International Classification of Functioning, Disability, and Health
from the Orthopaedic Section of the American Physical Therapy
Association. J Orthop Sports Phys Ther. 2012;42(4):A1-A57.
Brosseau L, Tugwell P, Wells GA, Robinson VA. Philadelphia panel
evidence-based clinical practice guidelines on selected rehabilitation interventions for low back pain. Phys Ther. 2001b;81(10):1641-74.
Hanratty CE, Mcveigh JG, Kerr DP, Basford JR, Finch MB, Pendleton
A, et al. The effectiveness of physiotherapy exercises in subacromial
impingement syndrome: a systematic review and meta-analysis.
Seminars in Arthritis and Rheumatism. 2012;42(3):297-316.
Pribicevic M, Pollar H, Bonell R, De Luca K. A systematic review
of manipulative therapy for the treatment of shoulder pain.
Osteopathic Scientific. 2011;6(3):86-97.
Brosseau L, Tugwell P, Robinson VA, Graham ID. Philadelphia panel
evidence-based clinical practice guidelines on selected rehabilitation interventions for knee pain. Phys Ther. 2001;81(10):1675-700.
Zhang W, Moskowitz RW, Nuki G, Abramson S. OARSI recommendations for the management of hip and knee osteoarthritis, part II:
OARSI evidence-based, expert consensus guidelines. Osteoarthritis
and Cartilage. 2008;16(2):137-62.
Ladeira CE. Evidence based practice guidelines for management
of low back pain: physical therapy implications. Rev Bras Fisioter.
;15(3):190-9.
Pereira LM, Obara K, Dias JM, Menacho MO, Guariglia DA, Schiavoni
D, et al. Comparing the Pilates method with no exercise or lumbar
stabilization for pain and functionality in patients with chronic
low back pain: systematic review and meta-analysis. Clin. Rehabil.
;26(1):10-20.
World Confederation for Physical Therapy (WCPT). Guideline
for physical therapist professional entry level education. WCPT.
;(1):15-87.
Walker M. Physical therapy offers evidence-based solution to musculoskeletal pain. Phys Ther. 2008;(5):227-36.
Ministério da Saúde. Política nacional de atenção integral à saúde
do homem. Brasília: Ministério da Saúde; 2008.
Rebelatto JR, Botomé SP. Fisioterapia no Brasil: fundamentos para
uma ação preventiva e perspectivas profissionais. 2.ed. São Paulo:
Manole; 1999.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Fisioterapia e Pesquisa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-ShareAlike 4.0 International License.