Cultura lúdica e utilização de objetos e materiais em brincadeiras de crianças Guarani de uma aldeia de Aracruz - ES
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.19880Palavras-chave:
Índios Sul-Americanos, Jogos e brinquedos, Desenvolvimento infantilResumo
Os materiais e objetos utilizados como suporte às atividades lúdicas infantis são importantes referências para a compreensão do diálogo simbólico entre as crianças e seu grupo social tendo, assim, relação direta com a realidade sócio-cultural em que estão inseridos, bem como para maior compreensão de sua própria cultura lúdica. Este artigo tem como objetivo a análise da cultura lúdica infantil de um grupo de crianças da etnia Guarani em uma situação específica - uma aldeia localizada na proximidade de núcleos urbanos e passando por situação de disputa territorial - com base no estudo dos materiais e objetos utilizados como suporte ao brincar. Foram acompanhadas 34 crianças de uma mesma aldeia por um período de 20 dias sendo, neste período, realizadas 100 sessões de observação sistemática e anotações livres em diário de campo. Os dados provenientes foram categorizados por natureza do material / objeto utilizado como suporte para a brincadeira, e grupos de brinquedo quanto ao gênero dos participantes: grupos de meninos, grupos de meninas, grupos mistos. Os resultados apresentaram importantes aproximações e distanciamentos com relação a pesquisas realizadas com outras etnias em outras regiões do Brasil, bem como confirmam a importância dos objetos de suporte nas atividades lúdicas. Ao contrário do exposto em etnografias clássicas, o grupo de crianças pesquisadas possui rica cultura lúdica, com utilização de diversos objetos e materiais, inclusive brinquedos industrializados e artesanais.Downloads
Referências
Benjamin W. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus,1984.
Censo demográfico Guarani / Tupiniquim. FUNAI – Aracruz – ES, 2006.
.Metraux Alfred. The Guarani. In: Steward JH. (Org). The Handbook of South American Indians – vol III: the tropical forest indians. Nova York: Cooper Square Publishers, 1963.
Schaden E. Aspectos fundamentais da cultura Guarani. São Paulo: EPU, EDUSP, 1962.
Fagundes AJFM. Descrição, definição e registro de comportamento. São Paulo: Edicon, 1982.
Danna MF, Mattos MA. Ensinando observação: uma introdução. São Paulo: Edicon, 1996.
Bichara ID. Crescer como índio às margens do Velho Chico: um desafio para as crianças Xocó. In: Koller S, Lordelo E, Carvalho AMA. Infância brasileira e contextos de desenvolvimento. São Paulo: Casado Psicólogo. Salvador: UFBA, 2002.
Nunes A. A sociedade das crianças A’wue-Xavante: por uma antropologia da criança. Lisboa: Ministério da Educação. Instituto de Inovação Educacional, 1999.
Gosso Y. Pexe oxemorai: brincadeiras infantis entre os índios Parakanã. Tese de Doutorado. Instituto de Psicologia,Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.
Pacheco R, Neves LGS. Índice do folclore capixaba. Edição do autor: Vitória, 1994.
Friedmann A. A arte de brincar: brincadeiras e jogos tradicionais. Petrópolis: Vozes, 2004.
Zatz S, Zatz A, Halaban S. Brinca comigo! tudo sobre o brincar eos brinquedos. São Paulo: Marco Zero, 2006.
Laraia Roque. Cultura: um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar,1999.
Cohn C. A experiência da infância e o aprendizado entre os Xikrin. In: Lopes da Silva A, Nunes A, Macedo AVLS.(org) Crianças indígenas: ensaios antropológicos. São Paulo: Global, 2002.
Leontiev A. Os princípios psicológicos da brincadeira pré-escolar. In: Vygotsky LS, Leontiev NA, Luria AR. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone, 1992.
Barth F. Ethnics groups and boundaries. The social organization of culture difference. Boston: Little, Brown and Company,1969.
Villar D. Uma abordagem crítica do conceito de “etnicidade” na obra de Fredrik Barth. Mana. 10(1):165-192, 2004.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
CODE OF CONDUCT FOR JOURNAL PUBLISHERS
Publishers who are Committee on Publication Ethics members and who support COPE membership for journal editors should:
- Follow this code, and encourage the editors they work with to follow the COPE Code of Conduct for Journal Edi- tors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf)
- Ensure the editors and journals they work with are aware of what their membership of COPE provides and en- tails
- Provide reasonable practical support to editors so that they can follow the COPE Code of Conduct for Journal Editors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf_)
Publishers should:
- Define the relationship between publisher, editor and other parties in a contract
- Respect privacy (for example, for research participants, for authors, for peer reviewers)
- Protect intellectual property and copyright
- Foster editorial independence
Publishers should work with journal editors to:
- Set journal policies appropriately and aim to meet those policies, particularly with respect to:
– Editorial independence
– Research ethics, including confidentiality, consent, and the special requirements for human and animal research
– Authorship
– Transparency and integrity (for example, conflicts of interest, research funding, reporting standards
– Peer review and the role of the editorial team beyond that of the journal editor
– Appeals and complaints
- Communicate journal policies (for example, to authors, readers, peer reviewers)
- Review journal policies periodically, particularly with respect to new recommendations from the COPE
- Code of Conduct for Editors and the COPE Best Practice Guidelines
- Maintain the integrity of the academic record
- Assist the parties (for example, institutions, grant funders, governing bodies) responsible for the investigation of suspected research and publication misconduct and, where possible, facilitate in the resolution of these cases
- Publish corrections, clarifications, and retractions
- Publish content on a timely basis