A resiliência e o morar na rua: estudo com moradores de rua - criança e adultos na cidade de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.38600Palavras-chave:
Resiliência, morador de rua, saúde mental, Saúde Pública.Resumo
O presente trabalho consistiu em aplicar a categoria Resiliencia no estudo de ex-moradores de lua da região central de São Paulo, que buscaram um outro modo de vida, no sentido de reconhecer a contribuição que esse conceito pode dar ao equacionamento de ações de saúde, em particular da saúde mental, voltadas às populações de rua, no contexto das metrópoles brasileiras. No estudo de caso, foram selecionados quatro adultos e uma criança, egressos de um grupo de moradores de nua de um bairro central da cidade de São Paulo, que, do ponto de vista investigativo, foram considerados como possíveis resilientes, ou seja, portadores de capacidade humana de fazer frente às adversidades da vida, superá-las e sairem delas fortalecidos ou, inclusive, transformados. Utilizando entrevistas abertas e semi-estruturadas, fotografias, registros no diário de campo e técnicas de observação, procedeu-se a uma descrição etnográfico da moradia e do modo de morar atual e anterior dos sujeitos participantes do estudo, assim como de suas características psíquicas e sua interação com o meio em que vivem ou viveram. A partir do reconhecimento da trajetória empreendida por eles, estes foram considerados positivamente como resilientes, com base nos conceitos heurísticos “busca de sentido” e “pontos fixos” internos e provenientes do entorno identificados nos sujeitos. Finalmente, reconhece-se a importância do conceito de resiliência em estudos desta natureza e a necessidade de difusão do mesmo para sua efetiva aplicação na área de Saúde Pública.Referências
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