Universos de sentido da população de baixa renda no Brasil: semânticas da estabilidade, da ascensão social e da mobilidade.
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v7i2p177-191Palavras-chave:
Comunicação, Consumo, Baixa renda, Semânticas básicas, Estabilidade, Ascensão, MobilidadeResumo
O objetivo da presente pesquisa foi identificar e compreender as semânticas básicas recorrentes no cotidiano da população de baixa renda no Brasil. Para tanto, o estudo baseou-se nas reflexões acerca da linguagem popular de Michel De Certeau (1996) e Agnes Heller (1987), a linguagem como jogo de Ludwig Wittgenstein (1989) e a erosão dos sentidos de Arjun Appadurai (2004). Integramos as considerações sobre a contemporaneidade por meio dos textos de Bauman (2008), Lipovetsky (1989, 2004a, 2004b) e Hall (1992) sobre os diferentes sujeitos e o sujeito pós-moderno. Os conhecimentos sobre o imaginário e a fantasia de Castoriades (1989) e a reflexividade de Zizek (2008), além das reflexões filosóficas a partir das metáforas das esferas de Sloterdijk (2006) contribuíram ainda para a formação o corpo teórico. A partir da semiótica de Peirce (1977) que nos fornece o caminho estruturante da análise, integramos os resultados obtidos na pesquisa empírica levada a cabo em diferentes projetos de pesquisa que totalizaram 8 grupos de discussão, 18 entrevistas em profundidade e mais de 100 horas de observação e observação participantes em distintas regiões no país, tanto no ambiente doméstico, quanto público, principalmente em situações de consumo. Os resultados desta bricolage metodológica nos levou a identificar três semânticas básicas recorrentes na construção dos sentidos do consumo da população de baixa renda, a semântica da estabilidade, a semântica da ascensão social e a semântica da mobilidade.
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