From My High Balconies: Distance and Communication in the Work of Cecília Meirele

Authors

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2022.199535

Keywords:

Cecília Meireles, Mar absoluto e outros poemas, Romanceiro da Inconfidência, Chronicle, Balcony

Abstract

In the work of Cecilia Meireles, the balcony is, recurrently, a place of permanence of the poetic persona. It is expressive that this border area is evident: although it belongs to the house, it projects out of it. In this way, the balcony presents a proximity between the private space of the home and the public space of the street. In addition to providing this contact, it is highlighted as a towering location and, for this reason, ensures a distinct view of the ground floor. It is common yet that this distinction accentuates the maritime contemplation and, therefore, highlights the location by the sea. The balcony, thus, mobilizes three central topics in Cecilian poetics: the aspect of boundary, the specificity of the look and the maritime points. These aspects demonstrate a conjugation between "worlds" and a prism that is only possible through the privileged view of the balconies and the "crooked eyes". Based on these considerations, this article aims to explore the meanings of the multiple balconies in the work in verse and in prose of Cecilia Meireles, especially in poems from Mar absoluto e outros poemas and Romanceiro da Inconfidência, and in chronicles published in periodicals throughout the 1940s

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

  • Paola Resende, Universidade Federal de Minas Gerais

    Doutoranda em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais.

References

ANDRADE, Carlos Drummond de. Boitempo: Esquecer para lembrar. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

ANDRADE, Mário de. O movimento modernista. Conferência lida no Salão de Conferências da Biblioteca do Ministério das

Relações Exteriores do Brasil. Rio de Janeiro: Edição da Casa do Estudante, 1942.

ARRIGUCCI, Davi. Fragmentos sobre a crônica. In: ARRIGUCCI, Davi. Enigma e comentário. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, pp. 51-66.

AUERBACH, Erich. Mimesis: a representação da realidade na literatura ocidental. São Paulo: Perspectiva, 2015.

BANDEIRA, Manuel. Andorinha, andorinha. Carlos Drummond de Andrade (Org.). São Paulo: Global, 2015.

BLUMENBERG, Hans. La inquietud que atravessa el río. Barcelona: Edicions 62, 1992.

BLUMENBERG, Hans. Naufrágio com espectador. Tradução Manuel Loureiro. Lisboa: Vega, 1990.

CANDIDO, Antonio. A vida ao rés-do-chão. In: CANDIDO, Antonio [et al.]. A crônica: o gênero, sua fixação e suas transformações no Brasil. Campinas, SP: Editora da Unicamp; Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1992, pp. 13-22.

DEBRET, Jean Baptiste. Viagem pitoresca e Histórica ao Brasil. Tradução Sérgio Milliet. São Paulo: Livraria Martins, 1940.

FREUD, Sigmund. O infamiliar. Tradução Ernani Chaves. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.

FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime de economia patriarcal. São Paulo: Global, 2006.

GOUVÊA, Leila Vilas Boas. Pensamento e “Lirismo puro” na Poesia de Cecília Meireles. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.

Li Po, Tu Fu. Poemas chineses; tradução de Cecília Meireles. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996.

LORCA, Federico García. Romancero gitano e outros poemas. Tradução Oscar Mendes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

MCGRAVAN JR., James Holt. “Shelley, Virginia Woolf, and the Waves: A Balcony of One's Own”, South Atlantic Review, Vol. 48, No. 4 (nov., 1983), pp. 58-73.

MEIRELES, Cecília. “A casa”, A Manhã, Rio de Janeiro, 29 de junho de 1947.

MEIRELES, Cecília. A lição do poema: cartas de Cecília Meireles a Armando Côrtes-Rodrigues. Organização de Celestino Sachet. Ponta Delgada: Instituto Cultural, 1998.

MEIRELES, Cecília. “Ainda a propósito de ‘Play Grounds’”, Diário de Notícias, 26 de setembro de 1936.

MEIRELES, Cecília. “Casas...”, Folha da Manhã, São Paulo, 20 de julho de 1950.

MEIRELES, Cecília. “Debaixo da noite e diante do mar”, O Jornal, Rio de Janeiro, 3 de novembro de 1929.

MEIRELES, Cecília. “O ‘anti-Moisés’”, A Manhã, Rio de Janeiro, 5 de maio de 1943.

MEIRELES, Cecília. “O deslumbrante cenário”, Diário de Notícias, “Letras e artes”, Rio de Janeiro, 25 de outubro de 1953.

MEIRELES, Cecília. “Mais poesia”, A Manhã, Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 1942.

MEIRELES, Cecília. Mar absoluto e outros poemas; apresentação João Adolfo Hansen. São Paulo: Global, 2015.

MEIRELES, Cecília. O espírito vitorioso. Tese apresentada ao concurso da cadeira de literatura da Escola Normal do Distrito Federal, 1929.

MEIRELES, Cecília. Poesia completa. São Paulo: Global, 2017.

MEIRELES, Cecília. Romanceiro da Inconfidência. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.

MEIRELES, Cecília. “Portinari, o lavrador”, A Manhã, 21 de fevereiro de 1943.

MEIRELES, Cecília. Retrato natural. Global: São Paulo, 2014.

MEIRELES, Cecília. “Uns óculos”, A Manhã, Rio de Janeiro, 12 de abril de 1944.

MELO NETO, João Cabral. Poesia completa. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2020.

MOURA, Murilo Marcondes de. O mundo sitiado: a poesia brasileira e a Segunda Guerra Mundial. São Paulo: Editora 34, 2016.

SERPA, Alberto de. Poesia; com ilustrações de Paulo Ferreira. Lisboa: Inquérito, 1944.

SHAKESPEARE, William. Romeu e Julieta. Tradução José Francisco Botelho. São Paulo: Penguin Classics, Companhia das Letras, 2016.

WOOLF, Virginia. As ondas. Tradução Thomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica 2021.

Published

2022-07-07

How to Cite

Resende, P. (2022). From My High Balconies: Distance and Communication in the Work of Cecília Meirele. Opiniães, 20, 61-84. https://doi.org/10.11606/issn.2525-8133.opiniaes.2022.199535